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Mário Juruna: diferenças entre revisões

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Na [[década de 1970]], ficou famoso ao percorrer os gabinetes da [[Funai]], em [[Brasília]], lutando pela demarcação da terra para os índios, portando sempre um [[Gravador (eletrônico)|gravador]] ''para registrar tudo o que o branco diz'' e constatar que as autoridades, na maioria das vezes, não cumpriam a palavra.
Na [[década de 1970]], ficou famoso ao percorrer os gabinetes da [[Funai]], em [[Brasília]], lutando pela demarcação da terra para os índios, portando sempre um [[Gravador (eletrônico)|gravador]] ''para registrar tudo o que o branco diz'' e constatar que as autoridades, na maioria das vezes, não cumpriam a palavra.


Foi eleito [[deputado federal]] pelo [[Partido Democrático Trabalhista|PDT]] ([[1983]]-[[1987]]), representando o [[Rio de Janeiro]]. Sua eleição teve uma grande repercussão no país e no mundo. Foi o responsável pela criação da Comissão Permanente do Índio, que levou o problema indígena ao reconhecimento formal. Em [[1984]], denunciou o empresário [[Calim Eid]] por tentar suborná-lo para votar em [[Paulo Maluf]], candidato dos militares à presidência da República no colégio eleitoral.<ref>{{citar web | url= http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos/mem070820021.htm | titulo= Tributo a um chefe indígena | autor= Ulisses Capozzoli | acessodata= [[31 de outubro]] de [[2010]] | publicado= Observatório da Imprensa}}</ref> Votou em [[Tancredo Neves]], candidato da oposição democrática.
Analfabeto, foi eleito [[deputado federal]] pelo [[Partido Democrático Trabalhista|PDT]] ([[1983]]-[[1987]]), representando o [[Rio de Janeiro]]. Sua eleição teve uma grande repercussão no país e no mundo. Foi o responsável pela criação da Comissão Permanente do Índio, que levou o problema indígena ao reconhecimento formal. Em [[1984]], denunciou o empresário [[Calim Eid]] por tentar suborná-lo para votar em [[Paulo Maluf]], candidato dos militares à presidência da República no colégio eleitoral.<ref>{{citar web | url= http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos/mem070820021.htm | titulo= Tributo a um chefe indígena | autor= Ulisses Capozzoli | acessodata= [[31 de outubro]] de [[2010]] | publicado= Observatório da Imprensa}}</ref> Votou em [[Tancredo Neves]], candidato da oposição democrática.


Não conseguiu se reeleger em [[1986]], mas continuou ativo na política por vários anos. Findo o mandato e abandonado pela tribo, ficou na miséria, vindo a falecer em decorrência de [[diabete]]s.
Não conseguiu se reeleger em [[1986]], mas continuou ativo na política por vários anos. Findo o mandato e abandonado pela tribo, ficou na miséria, vindo a falecer em decorrência de [[diabete]]s.

Revisão das 23h15min de 5 de fevereiro de 2011

Mário Juruna (Barra do Garças, 3 de setembro de 1942 ou 1943Brasília, 18 de julho de 2002) foi o primeiro deputado federal brasileiro pertencente a uma etnia indígena.

Nasceu na aldeia xavante Namurunjá, próxima a Barra do Garças, no estado de Mato Grosso e era filho do cacique Apoenã. Viveu na floresta, sem contato com a civilização, até os 17 anos, quando se tornou cacique.

Na década de 1970, ficou famoso ao percorrer os gabinetes da Funai, em Brasília, lutando pela demarcação da terra para os índios, portando sempre um gravador para registrar tudo o que o branco diz e constatar que as autoridades, na maioria das vezes, não cumpriam a palavra.

Analfabeto, foi eleito deputado federal pelo PDT (1983-1987), representando o Rio de Janeiro. Sua eleição teve uma grande repercussão no país e no mundo. Foi o responsável pela criação da Comissão Permanente do Índio, que levou o problema indígena ao reconhecimento formal. Em 1984, denunciou o empresário Calim Eid por tentar suborná-lo para votar em Paulo Maluf, candidato dos militares à presidência da República no colégio eleitoral.[1] Votou em Tancredo Neves, candidato da oposição democrática.

Não conseguiu se reeleger em 1986, mas continuou ativo na política por vários anos. Findo o mandato e abandonado pela tribo, ficou na miséria, vindo a falecer em decorrência de diabetes.

Referências

  1. Ulisses Capozzoli. «Tributo a um chefe indígena». Observatório da Imprensa. Consultado em 31 de outubro de 2010 

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