Mamacuna

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Sítio arqueológico de Pachacamac, Mamacona, no vale de Lurín, 31 km ao sul de Lima (Peru). Residência das mulheres eleitas para dedicar ao culto do sol.

Mama-Cuna era, na mitología inca, a soma sacerdotisa que instruía e vigiava às Acllas, Ñustas ou Vírgens do Sol durante o Império inca para que se dedicassem a seu dever religioso.[1] Por extensão chama-se também assim ao edifício onde eram enclausuradas e à instituição de ensino em geral.[2][3]

Origem[editar | editar código-fonte]

A origem histórica da educação feminina remonta-se à primeira Coya Mama Ocllo esposa de Manco Cápac, rainha que instrui às mulheres nos ofícios alocados para as mulheres da época, a fiar, tecer algodão e lã e fazer de vestir para si e para seus maridos e filhos. Pachacútec parece ter difundido a educação feminina em todo o âmbito do Tahuantinsuyo. Também ensinava às mulheres a cozinhar, tecer e atender ao inca.

Função[editar | editar código-fonte]

Bem como o Amauta representa a máxima caracterização do homem de saber, a Mamacuna constitui o elemento reitor da pedagogia feminina. Seu centro de ação foi o Acllahuasi ou casa das escolhidas, dedicada à preparação feminina e ensino prático por antonomásia. Preparam-se as mulheres para o lar, as tarefas domésticas ou o sacerdócio.[4] Esta educação tem também um sentido de casta e matizes peculiares, porque é a preparação de uma elite característica e outra de tipo menor, doméstica, forjada através do exemplo e experiência quotidianas.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Enciclopedia Británica. « Chosen Women». Consultado el 7 de febrero de 2019.
  2. Borja, Arturo Jiménez; Mendoza, Alberto Bueno (20 de abril de 2017). «BREVES NOTAS ACERCA DE PACHACAMAC». Arqueología y Sociedad (em espanhol). 0 (4): 15–21. ISSN 0254-8062. Consultado em 27 de setembro de 2018 
  3. Gonzales, Odi (8 de março de 2017). «Sospechoso de pensamiento, palabra, obra y omisión. El Inca Garcilaso y la lingüística andina». Desde el Sur (em espanhol). 9 (1): 39–72. ISSN 2415-0959. doi:10.21142/DES-0901-2017. Consultado em 27 de setembro de 2018 
  4. Gentile, Margarita (2007). «Mamacuna y monjas de clausura. Notas para unos derroteros institucionales andinos (siglos XV-XVI)». Arqueología y Sociedad 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]