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Marie Angélique Arnauld

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Marie Angélique Arnauld
Marie Angélique Arnauld
Nascimento 8 de setembro de 1591
Paris
Morte 6 de agosto de 1661 (69 anos)
Magny-les-Hameaux
Sepultamento Ilha de França
Cidadania Reino da França
Progenitores
  • Antoine Arnauld
Irmão(ã)(s) Agnès Arnauld, Henri Arnauld, Robert Arnauld d'Andilly, Antoine Arnauld, Catherine Arnauld
Ocupação religiosa católica, escritora, filósofa
Religião Igreja Católica

Marie Angélique Arnauld (Paris, 8 de setembro de 1591 - Paris, 6 de agosto de 1661), também conhecida por Mère Angélique, foi uma freira cisterciense, filósofa e escritora francesa. Foi abadessa do mosteiro Port-Royal-des-Champs, que se tornou um centro do jansenismo sob seu comando.

Vida[editar | editar código-fonte]

Nascida Jacqueline Arnauld, foi neta da nobre Catarina de Médici, filha do advogado Antoine Arnauld e e irmã do filósofo de mesmo nome, Antoine Arnauld. Desde criança, foi designada pela família a se tornar freira e madre superiora, entrando em um monastério aos 8 anos de idade. Em sua crisma, adotou o nome Angélique, e abandonou o Jacqueline. Aos 11 anos se tornou abadessa de Port-Royal, um pequeno convento em Paris. Em 1608 lançou uma reforma no convento, abolindo a propriedade privada e instituindo propriedade comunal, restaurou a lei do silêncio, instituiu dieta vegetariana, entre outros.[1][2]

Defendia que a escolha da abadessa deveria ser feia pelas próprias freiras do convento, e não por decisão do rei, o que foi aprovado em 1629 pelo Rei Luís XIII.[1]

Filosofia e obra[editar | editar código-fonte]

Sua teologia segue a via negativa, também chamada teologia negativa, de que Deus não pode ser compreendido pelos humanos.[1]

Em 1742-44 foram publicados três volumes das Cartas da Reverenda Madre Marie-Angélique Arnauld, abadessa e reformadora de Port-Royal (Lettres de la Révérende Mère Marie-Angélique Arnauld, abbesse et réformatrice de Port-Royal), uma coletânea de mais de 1300 cartas de Angélique.[1] Se dizia discípula de Santo Agostinho, que foi o autor mais citado em suas cartas, depois da Bíblia.[1]

Seus discursos feitos na década de 1650 foram publicados em um livro de 1757 intitulado Speeches or Conferences of Reverend Mother Marie-Angélique Arnauld, Abbess and Reformer of Port-Royal.[1]

Também foi autora do Relatório escrito por Madre Angélique Arnauld (Rélation écrite par la Mère Angélique Arnauld, defendendo sua reforma no convento, e Comentário sobre a Regra de São Benedito, sobre a virtude da humildade.[1]

Referências

  1. a b c d e f g «Arnauld, Angelique | Internet Encyclopedia of Philosophy» (em inglês). Consultado em 17 de julho de 2024 
  2. «CATHOLIC ENCYCLOPEDIA: Arnauld». www.newadvent.org. Consultado em 17 de julho de 2024