Mimosa skinneri var. carajarum

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Planta do gênero Mimosa, José Joaquim Freire, séc. XVIII. Da coleção Brasiliana Fotográfica [1]
Planta do gênero Mimosa, José Joaquim Freire, séc. XVIII. Da coleção Brasiliana Fotográfica [1]
Classificação científica
Superdomínio: Biota
Reino: Plantae
Sub-reino: Viridiplantae
Infrarreino: Streptophyta
Superdivisão: Embryophyta
Divisão: Tracheophyta
Subdivisão: Euphyllophyta
Ordem: Fabales
Família: Fabaceae
Género: Mimosa
Espécie: Mimosa skinneri
Variedade: Mimosa skinneri var. carajarum

Mimosa skinneri var. carajarum, também conhecida como maria-dormideira, é uma variedade de uma espécie do gênero Mimosa que se diferencia das outras variedades por uma combinação particular de características e por ser endêmica da Serra dos Carajás, no estado do Pará.[2][3]

Taxonomia[editar | editar código-fonte]

A variedade foi descrita em 1991 por Rupert Charles Barneby.

Forma de Vida[editar | editar código-fonte]

Trata-se de uma erva, de substrato terrícola.

Descrição[editar | editar código-fonte]

Espécie herbácea, ereta alcança por volta dos 50 cm. É reconhecida pelas pequenas inflorescências (2,5-4 mm de diâmetro), folhas com um ou dois pares de pinas, pedúnculos de 25 a 70 mm de comprimento, frutos não aculeados (isto é, sem acúleo). As folhas são sensíveis ao toque. Esta variedade em particular pode ser diferenciada das outras da espécie pelos seus craspédios estipitados; com ramos, pecíolos e pedúnculos glabros.[2][3]

Distribuição[editar | editar código-fonte]

É endêmica dos campos ferruginosos da Serra dos Carajás, no Pará, também chamados de cangas.[4] Por vezes se apresenta em margens de lagos. Pertence ao domínio fitogeográfico da Amazônia e pode ser encontrada em regiões de campo rupestre, característica de áreas montanhosas acima de 900m e solos litólicos associados a afloramento de minerais, neste caso os de ferro.[2]

De acordo à Lista Oficial de Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção publicada em portaria de junho de 2022 pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) esta variedade está criticamente em perigo, isto é, se encontra em risco extremamente alto de extinção a curto prazo.[5][6] A ameaça à sua conservação vem principalmente da exploração mineradora do Projeto Grande Carajás, que afeta a qualidade do hábitat da espécie e em menor grau da ocupação agropecuária que decorreu dessa atividade.[7] Em 2021 o Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do estado do Pará (IDEFLOR-Bio) elaborou um Plano de Conservação que visa a proteção desta espécie, entre outras da região.[8]

Notas[editar | editar código-fonte]

Contém texto em CC-BY-SA 4.0 de Mimosa in Flora e Funga do Brasil.

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. «[Mimosa]». Brasiliana Fotográfica. Consultado em 12 de maio de 2023 
  2. a b c «Mimosa skinneri var. carajarum». Reflora. Consultado em 12 de maio de 2023 
  3. a b Mattos, Cilene Mara Jordão de; Silva, Wanderson Luis da Silva e; Carvalho, Catarina Silva de; Lima, Andressa Novaes; Faria, Sérgio Miana de; Lima, Haroldo Cavalcante de (setembro de 2018). «Flora das cangas da serra dos Carajás, Pará, Brasil: Leguminosae». Rodriguésia: 1147–1220. ISSN 0370-6583. doi:10.1590/2175-7860201869323. Consultado em 12 de maio de 2023 
  4. Oliveira, Carmen; Pinho, Uriel (8 de dezembro de 2017). «O mais completo estudo sobre a flora das cangas de Carajás». Museu Emílio Goeldi. Consultado em 12 de maio de 2023 
  5. Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira (SiBBr). «Mimosa skinneri var. carajarum». Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira (SiBBr). Consultado em 12 de maio de 2023 
  6. «Lista Oficial de Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção - Anexo 1 Portaria MMA Nº 148, de 7 de junho de 2022». Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira (SiBBr). 7 de junho de 2022. Consultado em 12 de maio de 2023 
  7. CNCFlora (24 de maio de 2012). «Mimosa skinneri var. carajarum». Centro Nacional de Conservação da Flora - CNCFlora. Consultado em 12 de maio de 2023 
  8. Gutiérrez, Mariana (21 de dezembro de 2021). «Flora e fauna amazônica em perigo de extinção recebem plano de ação territorial». WWF Brasil. Consultado em 12 de maio de 2023 

Ligações Externas[editar | editar código-fonte]