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O despovoamento de Miróbriga, terá ocorrido, segundo os testemunhos arqueológicos até agora apurados, no {{séc|IV d.C.}}, altura da decadência do império romano registado amiúde em outras cidades. |
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Revisão das 13h40min de 19 de junho de 2013
O local arqueológico de Miróbriga situa-se nas proximidades da cidade portuguesa de Santiago do Cacém.
História
-hfqe3wf pmytwº9erºhtwefhgcfgsdfgdnhgugal. Foi classificada de Imóvel de Interesse Público, em 1940.
A cidade romana estende-se por mais de 2 km, apresentando ruínas de edifícios de habitação, ruas pavimentadas, um hipódromo, termas, uma ponte e um fórum.
O Fórum de Miróbriga encontra-se localizado numa zona chamada de "Castelo Velho", o topónimo de castelo, no sul indica inúmeras vezes ocupação pré-romana. É o caso de Mirobriga. Foi ocupada já desde a Idade do Bronze, e do Ferro onde beneficiou das trocas comerciais púnicas no século IV a.C.
A partícula "briga" parece indicar a celtização da zona. A ocupação propriamente romana dá-se no século I d.C., e possivelmente teria o estatuto de Estipendiária. A sua origem etimológica deriva de dois vocábulos celtas antigos miro/more (mar) e briga (fortaleza), pelo que o topónimo significa Fortaleza do Mar. Na época pré-romana era o povoado principal dos mirobricenses, uma das tribos dos célticos, uma confederação tribal cujo território se situava a sul do dos lusitanos e a norte do território dos cónios (que correspondia aos atuais Algarve e sul do distrito de Beja), ou seja, do sul do rio Tejo (antigo Tagus) ao rio Guadiana (antigo Anas), correspondendo, em grande parte, ao atual Alentejo, Península de Setúbal, Ribatejo, a sul do rio Tejo, e parte da Estremadura espanhola.
Na época flaviana o desenvolvimento da cidade foi intenso, podendo mesmo ter chegado a obter o estatuto de Municipium, juntamente com Bracara Augusta e Conímbriga. O que seria provável é que controlava muito possivelmente um território relativamente afastado de si, como é o caso de Sines.
O despovoamento de Miróbriga, terá ocorrido, segundo os testemunhos arqueológicos até agora apurados, no século IV d.C., altura da decadência do império romano registado amiúde em outras cidades.
Património
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/d/db/Mir%C3%B3briga_by_Henrique_Matos_01.jpg/250px-Mir%C3%B3briga_by_Henrique_Matos_01.jpg)
Podemos apreciar um fórum, muito possivelmente construído no século I d.C., e as termas que terão sido edificadas na centúria seguinte, um templo, com o propósito cultual. Este mesmo templo está destacado no seio da urbe. Ocupa um lugar central no fórum. Existe uma outra estrutura com funções igualmente cultuais, segundo Dom Fernando de Almeida - o Templo de Vénus.
As termas são das mais bem conservados no país. Temos as termas este, edificadas no século II d.C., e as termas oeste que viram o nascer do dia por volta da segunda metade do mesmo século. Tanto a escolha topográfica para a implantação, como os materiais para a sua construção foram escrupolosamente pensadas. Existe uma zona de entrada, com salas para massagens, vestiário, e zona de água fria (frigidarium) e água quente (caldarium).
O hipódromo é o único registado em Portugal. Mede 369 X 75 metros, e teria provavelmente bancadas de madeira.
Foram também postas a descoberto várias habitações contendo pinturas murais.
- BARATA, Maria Filomena. Os Balneários de Miróbriga.
- BARATA, Maria Filomena. «As Habitações Romanas de Miróbriga e os Ritos Domésticos Romanos», in Revista Portuguesa de Arqueologia, vol. 2, n.º 2, 1999.
- BARATA, Maria Filomena. «Trabalhos Arqueológicos na Ponte Romana de Miróbriga», in Vipasca, n.º 8, Aljustrel.
- MARECO, Patrícia. «Ruínas Romanas de Miróbriga», in Sítios Arqueológicos e Centros de Interpretação, em Portugal: Alentejo e Algarve, pp 108-119.
- MARQUES, João António. Pontes Históricas do Alentejo. Lisboa: IPPAR, 2005. ISBN 972-8736-87-8
Legislação
- Decreto n.º 30762, de 26 de setembro de 1940, que classifica como imóvel de interesse público a «área do Castelo Velho, com as ruínas da cidade romana adjacente descobertas na herdade dos Chão Salgados, subúrbios de Santiago do Cacém.»
- Decreto n.º 32973, de 18 de agosto de 1943, que classifica como imóvel de interesse público a «área do Castelo Velho, com as ruínas da cidade romana adjacente», no concelho de Santiago do Cacém, distrito de Setúbal.
- Portaria n.º 1135/91, de 5 de novembro, que fixa o perímetro da zona especial de protecção das Ruínas Romanas de Miróbriga.
Ver também
Ligações externas
- Miróbriga
- Estação Arqueológica de Miróbriga
- Câmara Municipal de Santiago do Cacém - Informação arquelógica