Muyesser Abdul’ehed

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Muyesser Abdul’ehed
Nascimento década de 1980
Gulja
Cidadania Turquestão Oriental
Etnia Uigures
Ocupação poetisa, professora de línguas
Prêmios

Muyesser Abdul'ehed (nascida em c. 1985, em Ghulja, na China) é uma poetisa, professora e ativista uigur. Ela denunciou publicamente os campos de trabalhos forçados de civis de etnia uigure pelas autoridades chinesas. Morando na Turquia, desde 2013, ela trabalha como professora da língua uigur para as crianças em diáspora.[1]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Muyesser Abdul'ehed nasceu em Ghulja, cidade localizada no norte de Xinjiang (atual China), em meados da década de 1980.[2] Muyesser estudou Medicina na Universidade de Pequim, na China, e, posteriormente, fez mestrado em saúde pública em uma Universidade da Malásia. Enquanto estudante universitária, ela começou a escrever poesia em língua uigur e, durante a pós-graduação, decidiu seguir a carreira de escritora.[carece de fontes?]

Em 2013, Muyesser Abdul'ehed instalou-se na Turquia, onde criou a organização Ayhan Education, com o objetivo de ensinar a língua uigur entre as comunidades em diáspora.[3] Ela também criou uma revista em língua uigur escrita por crianças chamada Trevo-de-quatro-folhas.[4][5] Em 2020, por causa da pandemia de COVID-19, ela teve de adaptar as aulas de uigur para o formato virtual.[4]

Em 2020, ela mudou-se para Istambul.[3] Por ter denunciado publicamente a existência de campos de trabalhos forçados, ela está sem contato com sua família desde 2017.[6][7][8] Ela crê que seu primo, Erpat Ablekrem, um jogador de futebol profissional, foi enviado para o campo por ter tido contato com ela.[carece de fontes?]

Obra[editar | editar código-fonte]

Como escritora, a sua obra poética e o seu romance tratam a experiência dos uigures nos campos de trabalhos forçados.[3] A Kheyr-khosh, quyash (Saudação ao Sol) também trata como os campos de trabalhos forçados afetam o dia a dia das mulheres.[9]

  • Kheyr-khosh, quyash (2020)[3]
  • Missing you is painful (2012)[10]

Reconhecimento[editar | editar código-fonte]

Em 2020 foi uma das 100 Mulheres que apareceram à lista da BBC, anunciada em 23 de Novembro de 2020.[11]

Veja também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Muyesser Abdul'ehed Hendan on the BBC 100 Women 2020 List» (em anglès). 25 de novembro de 2020. Consultado em 29 de novembro de 2020 
  2. Freeman, Joshua L. «Uighur Poets on Repression and Exile | Joshua L. Freeman». The New York Review of Books (em inglês). Consultado em 11 de março de 2023 
  3. a b c d Freeman, Joshua L. «Uighur Poets on Repression and Exile». The New York Review of Books (em anglès). Consultado em 9 de novembro de 2020 
  4. a b Serhan, Story by Yasmeen. «Saving Uighur Culture From Genocide». The Atlantic. ISSN 1072-7825 
  5. «The Capital of East Turkestan Is Now in Turkey». News About Turkey (em inglês). Consultado em 9 de novembro de 2020 
  6. «Uygurs reflect on 10th anniversary of deadly riots in Xinjiang». South China Morning Post (em anglès). 5 de julho de 2019. Consultado em 9 de novembro de 2020 
  7. «'The Night Is Thick': Uyghur Poets Respond To The Disappearance Of Their Relatives». World Uyghur Congress (em anglès). 7 de março de 2019. Consultado em 9 de novembro de 2020 
  8. «Relatives of China's oppressed Muslim minority are getting blocked online by their own family members, who are terrified to even tell them how bad their lives are». Campaign for Uyghurs (em anglès). 17 de maio de 2019. Consultado em 9 de novembro de 2020 
  9. «Corona, Moria und unser europäisches Wir.». cms.falter.at. Consultado em 9 de novembro de 2020 
  10. «Missing you is painful». www.goodreads.com. Consultado em 9 de novembro de 2020 
  11. «BBC 100 Women 2020: Who is on the list this year?». BBC News (em inglês). 23 de novembro de 2020