Newton Miranda
Nota: Não confundir com Newton Barreira.| Newton Miranda | |
|---|---|
 Newton Miranda | |
| Vice-governador do Pará | |
| Período | 1961-1964 |
| Antecessor(a) | Moura Carvalho |
| Sucessor(a) | Agostinho Monteiro |
| Deputado estadual pelo Pará | |
| Período | 1959-1961 |
| Dados pessoais | |
| Nascimento | 26 de junho de 1927 Belém, PA |
| Morte | 26 de agosto de 1980 (53 anos) Belém, PA |
| Partido | PSD (1950–1965) |
| Profissão | advogado, jornalista |
Newton Burlamaqui de Miranda, mais conhecido como Newton Miranda, (Belém, 26 de junho de 1927 — Belém, 26 de agosto de 1980) foi um advogado, jornalista e político brasileiro, outrora vice-governador do Pará.[1]
Dados biográficos[editar | editar código-fonte]
Filho de José Porfírio de Miranda Neto e Dóris Burlamaqui de Miranda. Filiado ao PSD sob a influência política de Magalhães Barata, figurou como suplente de deputado estadual em 1950 e 1954, antes de eleger-se para o respectivo cargo em 1958.[2] Quando Aurélio do Carmo foi eleito governador do Pará em 1960, houve uma disputa em separado onde Newton Miranda elegeu-se vice-governador. Primeiro titular do cargo escolhido por voto direto e também o mais jovem a ocupá-lo,[nota 1] teve sua vitória questionada por não ter a idade mínima de 35 anos,[3] contudo exerceu o mandato até 1964 quando o presidente Castelo Branco cassou Aurélio do Carmo e Newton Miranda com base no Ato Institucional Número Um, outorgado pelo Regime Militar de 1964.[4][5][6]
Privado de seu direitos políticos, retomou a carreira de advogado e chegou ao conselho seccional da Ordem dos Advogados do Brasil. Membro do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, foi jornalista em O Liberal.[1] Irmão de Burlamaqui de Miranda,[7] primo de Newton Barreira (eleito vice-governador do Pará ao lado de Fernando Guilhon em 1970) e Edson Bona (deputado federal pelo estado).[8][9] Faleceu em Belém, vítima de câncer.[1]
Notas
- ↑ Apenas metade dos vinte estados brasileiros existentes em 1947 instituiu o cargo de vice-governador após as eleições daquele ano, preenchendo-o por via indireta mediante escolha das Assembleias Legislativas, sendo que, entre 1950 e 1962, a escolha do vice-governador ocorreu por voto direto numa eleição dissociada do titular da chapa. Os deputados estaduais paraenses criaram o cargo de vice-governador em 1959 elegendo Moura Carvalho como seu primeiro titular numa decisão tomada às vésperas da morte do governador Magalhães Barata.
Referências
- ↑ a b c Redação (27 de agosto de 1980). «Falecimentos. Primeiro Caderno, p. 20». bndigital.bn.gov.br. Jornal do Brasil. Consultado em 29 de outubro de 2021
- ↑ BRASIL. Tribunal Regional Eleitoral do Pará. «Resultado das eleições gerais no Pará – 1945 a 2006». Consultado em 29 de outubro de 2021
- ↑ Redação (29 de agosto de 1963). «Pará perde seu vice por pouca idade. Primeiro Caderno, p. 09». bndigital.bn.gov.br. Jornal do Brasil. Consultado em 29 de outubro de 2021
- ↑ BRASIL. Presidência da República. «Ato Institucional Número Um de 09/04/1964». Consultado em 29 de outubro de 2021
- ↑ Redação (10 de junho de 1964). «Castelo suspende direitos políticos do governador do Pará por dez anos. Primeiro Caderno, p. 04». bndigital.bn.gov.br. Jornal do Brasil. Consultado em 29 de outubro de 2021
- ↑ Ingo Müller (1 de abril de 2014). «"A constituição foi rasgada", diz governador deposto na ditadura». g1.globo.com. G1 Pará. Consultado em 29 de outubro de 2021
- ↑ BRASIL. Câmara dos Deputados. «Biografia do deputado Burlamaqui de Miranda». Consultado em 29 de outubro de 2021
- ↑ BRASIL. Fundação Getúlio Vargas. «Biografia de Newton Barreira no CPDOC». Consultado em 29 de outubro de 2021
- ↑ BRASIL. Câmara dos Deputados. «Biografia do deputado Edison Bona». Consultado em 29 de outubro de 2021
