Nitócris I

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Nitócris I
Nitócris I
Nascimento século VII a.C.
Morte 586 a.C.
Sepultamento Templo Mortuário de Ramessés III
Progenitores
Ocupação soberano
Título faraó, princesa

Nitócris I, também conhecida como Nitócris, a Grande, foi uma adoradora divina de Amom que ocupou o cargo entre 656 e 586 a.C., na época XXVI dinastia egípcia.[1]

Nitócris era filha do rei Psamético I, que no início do seu reinado não controlava politicamente todo o Egito, já que apenas governava a região do Delta do Nilo.

Os eventos que permitem reconstituir a sua ascensão ao cargo de adoradora divina encontram-se registados na chamada "estela da adopção", erigida em Carnaque. Em 655 a.C. Psamético enviou a sua filha Nitócris num barco de Saís para Tebas, onde chegou passados dezasseis dias. Esta cidade, situada no sul do Egito, era a sede do poder das adoradoras divinas de Amom, cargo que na época tinha suplantado o de sumo sacerdote de Amom e que gozava de poder político na região. Xepenupete II, adoradora divina em funções, adoptou Nitócris como sua sucessora, acto através do qual se reconhecia a soberania do pai de Nitócris. Esta entronização serviu motivos políticos, funcionando como momento de reunificação do Egito.

Em 594 a.C. Nitócris adoptou como sucessora Anquesneferibré, com a qual viria a governar durante nove anos. Faleceu em 585 a.C., já no reinado de Apriés.[2]

Referências

  1. Aidan Dodson & Dyan Hilton, The Complete Royal Families of Ancient Egypt, Thames & Hudson (2004), p.247
  2. I. E. S. Edwards, John Boardman, John B. Bury, S. A. Cook, The Cambridge Ancient History, p.733

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