Omar Al-Mukhtar

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Omar Al-Mukhtar
Omar Al-Mukhtar
Omar Al-Mukhtar
Outros nomes O Leão do Deserto (Asad al- Sahra)
Conhecido(a) por Liderou a resistência Líbia contra a colonização italiana
Nascimento 20 de agosto de 1862
Zawiyat Janzur, Cirenaica, Líbia, Império Otomano
Morte 16 de julho de 1931
Suluq, Líbia Italiana
Nacionalidade Líbio
Ocupação Professor de Alcorão
Religião Muçulmano (Ibadismo)

Omar Mukhtar, também conhecido como Omar al-Mukhtar (em árabe: عمر المختار), nascido em 20 de agosto de 1862 e falecido em 16 de setembro de 1931), foi um dirigente religioso e militar líbio, conhecido pelos apelidos Xeque dos mártires (Shaykh al- Shuhada) e O Leão do Deserto (Asad al- Sahra). Organizou e liderou por quase vinte anos (a partir de 1912) a resistência colonial dos nativos contra o controle italiano na Líbia. Foi capturado e enforcado pelos italianos em 1931. É considerado herói nacional da Líbia.[1][2]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Origens da resistência[editar | editar código-fonte]

Omar al-Mukhtar nasceu em 1862 em Cirenaica entre Barca e Maraua, naquele tempo este território estava controlado pelo Império Otomano. Passou sua juventude na pobreza, e estudou durante oito anos na escola corânica Giarabube, na cidade santa Senussi de Tariqa, antes de continuar seus estudos em Zawiyat Janzur. Converteu-se ao saber popular do Corão, e como Iman se uniu mais tarde à confraria dos Senussi.

Com a invasão dos italianos, Omar Al-Mukhtar organizou um movimento de resistência com um contingente entre 2 000 3 000 guerrilheiros; ele conhecia o território árido e o deserto da Líbia, desta maneira, sem muitas dificuldades, cortou as linhas de comunicação do inimigo e realizou emboscadas frequentes. Em 1923, aos 63 anos, e por delegação de Idris I, Omar al-Mukhtar se tornou chefe da guerrilha anti-italiana na Líbia.

Captura e execução[editar | editar código-fonte]

Em 1930 Mussolini determinou ao vice-governador de Cirenaica, o general Rodolfo Graziani, a tarefa de deter a resistência de Omar al-Mukhtar.

Prisão de Omar Al-Mukhtar

Graziani se apoderou dos bens dos Sanussi e os soldados italianos queimaram muitas aldeias, usaram também armas químicas (gás mostarda e fosgênio) para envenenar os poços de água potável e os fecharam com cimento. A agricultura Senussi foi devastada e milhares de líbios foram deportados a campos de concentração (ver: Crimes de Guerra da Itália). Graziani também construiu uma barreira de 270 quilômetros de arame farpado entre o porto de Bardia e o Oasis de Giarabube, sede da Irmandade Senussi. No verão de 1931, Omar al-Mukhtar tinha somente 700 homens. Em 11 de setembro de 1931 foi descoberto pela aviação italiana e foi ferido no braço. Capturado pelos esquadrões líbios a cavalo, foi levado a Bardia e mais tarde foi transferido para Bengasi.

Foi julgado no Palácio Littorio de Bengasi e no dia 15 de setembro foi condenado a morte por ordem de Benito Mussolini. A execução teve lugar às 9 da manhã de 16 de setembro de 1931 em Soluk, a 56 quilômetros ao sul de Bengasi, em plena Cirenaica. Para lá se dirigiram vinte mil líbios para presenciar a execução de Omar Al-Mukhtar, cujas últimas palavras foram as de um conhecido verso do Corão: "Inna li-llāhi wa inna ilaihi Ragi" ("a Deus pertencemos e a Ele voltaremos").

Frases célebres[editar | editar código-fonte]

  • "Sobreviverei a meu verdugo", antes de ser capturado pelo exército fascista italiano na Líbia (16 de setembro de 1931).[3]
Omar Al-Mukhtar com os Mujahideen líbios

Referências[editar | editar código-fonte]

Notas[editar | editar código-fonte]

  1. الصَّلَّابي, علي محمد. الشيخ الجليل عمر المختار: نشأته، وأعماله، واستشهاده المكتبة العصرية. صيدا-لبنان: [s.n.] p. 3. ISBN 9953-34-698-4 
  2. الشريف, ناصر الدين محمد (1999). الجواهر الإكليلية في أعيان علماء ليبيا من المالكية. دار البيارق: [s.n.] p. 348. ISBN 9957-13-050-1 
  3. http://en.wikiquote.org/wiki/Last_words

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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