Parides hahneli
Parides hahneli | |||||||||||||||
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Estado de conservação | |||||||||||||||
Dados deficientes [1] | |||||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||
Parides hahneli Staudinger, 1882[2] |
Parides hahneli é uma espécie de borboleta neotropical da família dos papilionídeos (Papilionidae). É endêmica do Brasil, nos estados de Rondônia, Mato Grosso, Amazonas e Pará.[1] O estado de conservação da espécie é variável, de "dados insuficientes" a "em perigo de extinção", conforme estimativas de 2007 e 2018.
Descrição e ecologia
[editar | editar código-fonte]Parides hahneli possui cauda. A asa anterior tem três faixas ou manchas amarelo-acinzentadas; a asa posterior possui a mesma cor, ocupando a maior parte da asa. Uma descrição técnica é fornecida por Rothschild, W. e Jordan, K. (1906).[3] Alimenta-se de plantas do gênero Aristolochia.[4]
Distribuição e habitat
[editar | editar código-fonte]Parides hahneli é uma espécie rara, com uma distribuição desigual. Sua área de ocorrência foi estimada em cerca de 189 mil quilômetros quadrados. Vive nas margens de rios arenosos situados junto aos afluentes da bacia amazônica.[4]
Taxonomia
[editar | editar código-fonte]Parides hahneli é um membro do grupo de espécies chabrias.[5]
Os membros são:
- Parides chabrias[6]
- Parides coelus
- Parides hahneli
- Parides mithras
- Parides pizarro[7]
- Parides quadratus[8]
Conservação
[editar | editar código-fonte]A União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN / IUCN) a considera uma "espécie deficiente de dados". Anteriormente, a UICN a considerou "rara" (1986, 1988, 1990 e 1994) e "vulnerável" (1985). Em 1985, a coleta excessiva foi considerada sua principal ameaça. Em 2018, a falta de fluxo gênico e perda de habitat foram indicados como fatores de risco.[4] Em 2007, foi classificada como em perigo na Lista de espécies de flora e fauna ameaçadas de extinção do Estado do Pará;[9] em 2018, com a rubrica de "dados insuficientes" no Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).[10][11] Em 5 de dezembro de 2022, foi citada na Portaria ICMBio N.º 1.145, de responsabilidade do ICMBio e do Ministério do Meio Ambiente,[12] como uma das espécies do Pará a serem contempladas nos programas de conservação do Plano de Ação Nacional para a Conservação dos Insetos Polinizadores (vigência 2023-2027).[13]
Referências
- ↑ a b Grice, H.; Freitas, A. V. L.; Rosa, A.; Marini-Filho, O.; Dias, F. M. S.; Mega, N.; Casagrande, M.; Mielke, O. (2019). «Parides hahneli». Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas. 2019: e.T16242A145166125. doi:10.2305/IUCN.UK.2018-2.RLTS.T16242A145166125.en. Consultado em 18 de abril de 2023
- ↑ Staudinger, O. (1882). «On three new and interesting species of Rhopalocera». Proceedings of the Zoological Society of London. 3: 396-398, pl. 24. Consultado em 27 de abril de 2023. Cópia arquivada em 27 de abril de 2023
- ↑ Rothschild, W.; Jordan, K. (1906). «A Revision of the American Papilios». Novitates Zoologicae. 13 (3): 412-752 (4 figs.), pls. 4-9. Consultado em 27 de abril de 2023. Cópia arquivada em 27 de abril de 2023
- ↑ a b c Grace, H.; Freitas, André Victor Lucci; Rosa, Augusto; Marini-Filho, Onildo (Abril de 2018). «Parides hahneli IUCN Redlist assessment». Consultado em 18 de abril de 2023
- ↑ Möhn, Edwin (2007). Butterflies of the World. Part 26: Papilionidae XIII. Keltern, Bade-Vurtemberga: Goecke & Evers
- ↑ «Parides chabrias chabrias». Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira (SiBBr). Consultado em 27 de abril de 2023. Cópia arquivada em 18 de abril de 2023
- ↑ «Species: Parides pizarro (Rabo-De-Andorinha)». Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira (SiBBr). Consultado em 27 de abril de 2023. Cópia arquivada em 18 de abril de 2023
- ↑ «Species: Parides quadratus». Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira (SiBBr). Consultado em 27 de abril de 2023. Cópia arquivada em 18 de abril de 2023
- ↑ Extinção Zero. Está é a nossa meta (PDF). Belém: Conservação Internacional - Brasil; Museu Paraense Emílio Goeldi; Secretaria do Estado de Meio Ambiente, Governo do Estado do Pará. 2007. Consultado em 2 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 2 de maio de 2022
- ↑ «Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção» (PDF). Brasília: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Ministério do Meio Ambiente. 2018. Consultado em 3 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 3 de maio de 2018
- ↑ «Parides hahneli (Staudinger, 1882)». Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira (SiBBr). Consultado em 27 de abril de 2023
- ↑ «Portaria ICMBio N.º 1.145, de 5 de dezembro de 2022» (PDF). Brasília: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Ministério do Meio Ambiente. Consultado em 26 de abril de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 26 de abril de 2022
- ↑ «Plano de Ação Nacional para a Conservação dos Insetos Polinizadores». Brasília: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Ministério do Meio Ambiente. Consultado em 26 de abril de 2023. Cópia arquivada em 26 de abril de 2022
- Espécies com dados insuficientes
- Fauna endêmica do Brasil
- Lepidópteros do Pará
- Insetos do Amazonas
- Fauna endêmica de Mato Grosso
- Fauna endêmica de Rondônia
- Espécies citadas no Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção
- Espécies citadas na lista Extinção Zero do Estado do Pará
- Espécies citadas na Portaria ICMBIO N.º 1.145
- Parides