Pelmá

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Portugal Portugal Pelmá 
  Freguesia  
Localização
Pelmá está localizado em: Portugal Continental
Pelmá
Localização de Pelmá em Portugal
Coordenadas 39° 46' 52" N 8° 26' 5" O
Região Centro
Sub-região Região de Leiria
Distrito Leiria
Município Alvaiázere
Código 100205
Administração
Tipo Junta de freguesia
Características geográficas
Área total 30,4 km²
População total (2021) 637 hab.
Densidade 21 hab./km²
Código postal 3250
Outras informações
Orago Santo Estêvão

Pelmá é uma freguesia portuguesa do município de Alvaiázere, com 30,4 km² de área[1] e 637 habitantes (censo de 2021)[2]. A sua densidade populacional é 21 hab./km².

Demografia[editar | editar código-fonte]

A população registada nos censos foi:[2]

População da freguesia de Pelmá[3]
AnoPop.±%
1864 1 139—    
1878 1 269+11.4%
1890 1 392+9.7%
1900 1 560+12.1%
1911 1 756+12.6%
1920 1 795+2.2%
1930 1 949+8.6%
1940 2 243+15.1%
1950 2 360+5.2%
1960 2 376+0.7%
1970 1 997−16.0%
1981 1 562−21.8%
1991 1 186−24.1%
2001 986−16.9%
2011 736−25.4%
2021 637−13.5%
Distribuição da População por Grupos Etários[4]
Ano 0-14 Anos 15-24 Anos 25-64 Anos > 65 Anos
2001 98 122 425 341
2011 56 68 316 296
2021 48 31 246 312

Património[editar | editar código-fonte]

  • Igreja Matriz de São João Baptista
  • Capela de São Sebastião
  • Capela de São Bento
  • Capela de Santo Amaro
  • Capela da Senhora da Graça
  • Capela de Santo António do Besteiro
  • Capela de Santo António
  • Capela de São Miguel

Toponímia[editar | editar código-fonte]

Pensa-se que o nome da freguesia da Pelmá terá tido origem há muitos séculos, num homem de carácter irascível e com grande maldade, que lá vivia. A população tratou de lhe dar um apelido: "Pelle-Má". O nome foi sofrendo evolução fonética e degenerou em Pelmá. Outra hipótese é que o nome Pelmá deriva do grego "pela", que significa planta do pé.

História[editar | editar código-fonte]

Esta freguesia já é povoada há pelo menos 1900 anos, sendo isto comprovado em 1751, com a descoberta de moedas de ouro, prata e cobre, cunhadas com a efígie dos imperadores romanos Vitélio (69), Vespasiano (69-79), Tito (79-81), Nerva (96-98) e Trajano (98-117). Estas acabaram recolhidas pela Academia Portuguesa de História, e, pouco tempo depois, desapareceram com o grande terramoto da cidade de Lisboa, em 1755. Além das moedas, foram recolhidos, na mesma época, vários adereços em ouro, usadas pelas damas romanas, que posteriormente seriam vendidos a um ourives de Coimbra. Tudo o que era ouro foi derretido para o fabrico de jóias, o resto também desapareceu.

Durante a Idade Moderna, Pelmá foi priorado da apresentação dos condes de Atouguia e passou, mais tarde, a padroado real.

Durante o século XIX, pertenceu durante três anos (1895-98) ao concelho de Vila Nova de Ourém, antes de transitar definitivamente para o de Alvaiázere.

Do património da freguesia, destaca-se naturalmente a igreja paroquial. Em meados do século, estava completamente destruída, pouco mais do que ruínas: o corpo completamente desfeito e a torre destroçada. O Pe. José Nunes Bouça, pároco da freguesia, encarregar-se-ia de reconstruir toda a igreja, o seu adro e o escadório de acesso à entrada do templo, com a ajuda da população. Obras que custaram cerca de mil contos e que foram inauguradas a 21 de Outubro de 1951. Salvou-se muito, ainda assim, embora alguns dos restauros não tenham sido realizados com o necessário cuidado. Referia o “Inventário Artístico de Portugal” a este propósito, antes ainda das obras de restauro: “Templo em ruínas. (…) A capela-mor defende-se por um tapume. Os dois altares colaterais, do princípio do séc. XVII, de colunas doiradas e pintadas, estão agora ao ar livre. O retábulo do altar-mor, restaurado por um pintor de aldeia, é de um modernismo sem descrição. A imagem do orago está numa mísula da capela-mor. No cemitério, junto ao templo, a que estão prometidas obras comparticipadas pelo Estado, encontra-se num túmulo trapezoidal, antigo, com uma inscrição posterior (séc. XVIII), que diz: - ANTÓNIO BACHA CERORGIÃO.” Esta inscrição refere-se a António Jorge Antunes Bachá (1796-1880), cirurgião do reino.

Lugares da freguesia[editar | editar código-fonte]

  • Aldeia do Bofinho
  • Aldeia da Serra
  • Ameixieira
  • Avanteira
  • Banhosa
  • Barreiros
  • Barroca do Toco
  • Besteiro
  • Bofinho
  • Botelha
  • Casais do Vento
  • Casal da Horta
  • Casal do Rei
  • Casalinhos
  • Cheira
  • Hortas
  • Lumiar
  • Marques
  • Mata Fundeira
  • Matos
  • Melrinho
  • Mortologos
  • Paradela
  • Pelmá
  • Rocha
  • Sobral Chão
  • Venda do Preto

Referências

  1. «Carta Administrativa Oficial de Portugal CAOP 2013». descarrega ficheiro zip/Excel. IGP Instituto Geográfico Português. Consultado em 10 de dezembro de 2013. Arquivado do original em 9 de dezembro de 2013 
  2. a b Instituto Nacional de Estatística (23 de novembro de 2022). «Censos 2021 - resultados definitivos» 
  3. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
  4. INE. «Censos 2011». Consultado em 11 de dezembro de 2022 
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