Pilocarpus alatus

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Classificação científica
Reino: Plantae
Filo: Tracheophyta
Ordem: Sapindales
Família: Rutaceae
Género: Pilocarpus
Vahl
Espécie: P. alatus
Nome binomial
Pilocarpus alatus
C.J.Joseph ex Skorupa

Pilocarpus alatus é uma espécie de planta angiosperma da família das rutáceas do gênero Pilocarpus, endêmica do Brasil.[1] Foi descrita em 1998 por Ladislau Araújo Skorupa.[2] Conhecida das regiões Norte e Nordeste, nos estados do Maranhão e Pará, foi coletada com flores em março e com fruto em outubro e março.[1] A julgar por sua presença em regiões com forte degradação ambiental, é reconhecida como espécie em perigo e/ou vulnerável nas várias listas de conservação que a mencionam.

Distribuição e habitat[editar | editar código-fonte]

P. alatus é encontrada nas regiões Norte e Nordeste, nos estados do Pará e Maranhão. Sua extensão de ocorrência (EOO) é de de 16 701,39 quilômetros quadrados, enquanto sua área de ocupação (AOO) é de 20 quilômetros. É possível que esteja extinta no Pará, onde só foi coletada uma vez, em 1926. No Maranhão, onde 81% da Floresta Amazônica foi desmatada, sua presença é ameaçada, embora coletas tenham sido feitas em Lago do Junco, Barra do Corda e Montevidéu.[3] Em termos ecológicos, é encontrada no domínio fitogeográfico de Floresta Amazônica, em regiões com vegetação de floresta de terra firme e floresta ombrófila pluvial.[1]

Descrição[editar | editar código-fonte]

P. alatus é uma espécie terrícola e arbórea. Seu pecíolo é conspícuo e apresente ala no pecíolo e raque foliar. Sua lâmina é plana, com ápice acuminado e base atenuada/obtusa. Ela se divide de 5 a 15 folíolos e é desprovida de indumento da face abaxial. Sua inflorescência tem posição terminal e disposição ereta ou arcuada somente distalmente. Sua raque não é suberosa. Sua flor tem coloração acastanhada, pedicelo indistinto e pétala sem quilha, enquanto seu fruto tem mericarpos com até 15 milímetros e superfície rugosa. Assemelha-se a Pilocarpus microphyllus com relação à raque e pecíolo alados, mas diverge nos folíolos e flores.[1]

Conservação[editar | editar código-fonte]

P. alatus ocorre nas bordas da Floresta Amazônica, onde está sujeita à degradação decorrente do desmatamento e ocupação humana.[3] Em 2007, foi classificada como em perigo na Lista de espécies de flora e fauna ameaçadas de extinção do Estado do Pará;[4] em 23 de setembro de 2008, como ameaçada pela Instrução Normativa N.º 6 do Ministério do Meio Ambiente (MMA)[5] e mais adiante como em perigo pela Fundação Biodiversitas;[3] em 2012, como vulnerável no Livro Vermelho da Flora Brasileira; e em 17 de dezembro de 2014, foi reclassificada como vulnerável na Portaria MMA nº 443.[6]

Notas[editar | editar código-fonte]

Contém texto em CC-BY-SA 4.0 de Pirani, J.R.; Groppo, M. Rutaceae in Flora e Funga do Brasil.[1]

Referências

  1. a b c d e «Pilocarpus alatus C.J.Joseph ex Skorupa». Reflora - Flora e Funga do Brasil. Instituto de Pesquisas do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Consultado em 4 de junho de 2023 
  2. «Pilocarpus alatus» (em inglês). Global Biodiversity Information Facility. Consultado em 4 de junho de 2023 
  3. a b c «Pilocarpus alatus C.J.Joseph ex Skorupa». Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2. Centro Nacional de Conservação da Flora. Consultado em 4 de junho de 2023 
  4. Extinção Zero. Está é a nossa meta (PDF). Belém: Conservação Internacional - Brasil; Museu Paraense Emílio Goeldi; Secretaria do Estado de Meio Ambiente, Governo do Estado do Pará. 2007. Consultado em 2 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 2 de maio de 2022 
  5. «Instrução Normativa N.º 6, de 23 de setembro de 2008» (PDF). Ministério do Meio Ambiente, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). 23 de setembro de 2008. Consultado em 4 de junho de 2023. Cópia arquivada (PDF) em 4 de junho de 2023 
  6. «Portaria MMA Nº 443, de 17 de dezembro de 2014» (PDF). Ministério do Meio Ambiente, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Consultado em 4 de junho de 2023. Cópia arquivada (PDF) em 6 de julho de 2022