Pinguim-waitaha

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Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Sphenisciformes
Família: Spheniscidae
Género: Megadyptes
Espécie: M. waitaha
Nome binomial
Megadyptes waitaha
(Boessenkool et al., 2009)

O pinguim-waitaha (Megadyptes waitaha) é uma espécie extinta de pinguim neozelandesa, descoberta acidentalmente em 2008.

Descoberta[editar | editar código-fonte]

A descoberta ocorreu quando cientistas da Universidade de Otago e Universidade de Adelaide realizavam estudos sobre o pinguim-de-olho-amarelo (Megadyptes antipodes), espécie ameaçada de extinção, para tentar determinar se a ocorrência da ave sempre foi rara ou se teria sido mais abundante no passado. Foram estudados espécimes vivos e de museus, sendo alguns exemplares destes últimos retirados de uma região da Ilha Sul da Nova Zelândia onde os pinguins-de-olhos-amarelos não são mais encontrados.[1]

Ao fazerem a comparação genética e morfológica de ossadas datadas de 500 anos com ossos mais recentes, de aproximadamente cem anos,[2] os cientistas descobriram que a ossada mais antiga era 10% menor que a do pinguim-de-olho-amarelo, e possuía diferenças suficientes no ADN para que ambos fossem consideradas espécies muito próximas, mas distintas entre si. A nova espécie foi batizada Megadyptes waitaha. Os Waitaha foram a primeira tribo polinésia a ocupar a Ilha Sul da Nova Zelândia.

Extinção[editar | editar código-fonte]

Os estudos sugerem que, enquanto a população do pinguim-de-olho-amarelo estava restrita a algumas ilhas da Antártida e nas Ilhas Auckland, o pinguim-waitaha habitava uma ampla faixa da costa leste da ilha sul neozelandesa. Com a chegada dos primeiros humanos na região, o pinguim-waitaha desapareceu. Evidências diretas de artefatos mostram que os seres humanos caçavam ativamente estes pinguins, e as evidências circunstanciais de tempo apontam fortemente para a superexploração como a causa de sua extinção. O pinguim-de-olho-amarelo parece ter se beneficiado a extinção do pinguim-waitaha, ocupando a área deixada pela espécie anterior.

Como o povo indígena, os Maori, não possui conhecimento ou registo desta espécie, estima-se que se tenha extinguido entre cerca de 1300-1500 D.C., pouco depois da colonização pelos povos polinésios da Nova Zelândia. A sua existência foi publicada na revista científica Proceedings of the Royal Society B.[3][4][5]

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Referências

  1. «Descoberta nova espécie de pingüim que já está extinta». Terra. 27 de novembro de 2008. Consultado em 20 de janeiro de 2011 
  2. Askin, Pauline (20 de novembro de 2008). «Researchers stumble upon new penguin species». Reuters. Consultado em 21 de novembro de 2008 
  3. Boessenkool, Sanne; et al. (2009). «Relict or colonizer? Extinction and range expansion of penguins in southern New Zealand». Proc. R. Soc. B. Forthcoming. doi:10.1098/rspb.2008.1246 
  4. «Rare penguin took over from rival». BBC News. 19 de novembro de 2008. Consultado em 20 de novembro de 2008 
  5. Fox, Rebecca (20 de novembro de 2008). «Ancient species of penguin found in DNA of bones». Otago Daily Times. Consultado em 20 de novembro de 2008 
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