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São Bernardo de Claraval numa iluminura. Note-se, na sua mão, o báculo de abade.

A palavra abade, que provém do substantivo latino abbas, abbatis, através da sua forma acusativa abbatem – a qual, por sua vez, deriva do siríaco abbâ (através do étimo hebraico ab) –, significa pai e tem sido utilizada como título clerical, no cristianismo, com diversas acepções (pároco, cura de almas, prelado de mosteiro ou congregação religiosa, etc), ainda que se refira, na sua acepção original, à vida monástica e a quem governa uma abadia. Na Igreja Ortodoxa, o título que lhe é comparável é o de hegumenos ou arquimandrita. Em língua portuguesa, o feminino é abadessa, sendo Hildegarda de Bingen um exemplo.

O título teve a sua origem nos mosteiros da Síria, no século IV, tendo-se espalhado pelo Mediterrâneo oriental, sendo adoptado, na generalidade das línguas europeias, para designar o governante de um dado mosteiro. A palavra começou por se aplicar a vários tipos de clérigos. Por exemplo, na corte das monarquias Francas dos Merovíngios e carolíngios, o Abbas palatinus ou Abbas Curiae, referia-se ao capelão da corte (do palácio) e Abbas castrensis, ao capelão de campo, ou seja, do exército. No início, por influência de determinadas passagens da Bíblia da Vulgata, latina, era empregue como título de respeito para qualquer monge, mas rapidamente começou a ser utilizado exclusivamente para alguns superiores monásticos ou guias espirituais, quer governassem mosteiros ou não.