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Povo: diferenças entre revisões

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Tal como os conceitos de [[raça]] e [[nação]], o de etnicidade desenvolveu-se no contexto da expansão colonial europeia, quando o [[mercantilismo]] e o [[capitalismo]] promoviam movimentações globais de populações ao mesmo tempo que as fronteiras dos [[estado]]s eram definidas mais clara e rigidamente. No [[século XIX]], os [[estado]]s modernos, em geral, procuravam legitimidade reclamando a representação de ''nações''. No entanto, os estados-nação incluem sempre populações [[índio|indígenas]] que foram excluídas do projecto de construção da nação, ou recrutam trabalhadores do exterior das suas fronteiras. Estas pessoas constituem tipicamente grupos étnicos. Consequentemente, os membros de grupos étnicos costumam conceber a sua identidade como algo que está fora da história do estado-nação – quer como alternativa histórica, quer em termos não-históricos, quer em termos de uma ligação a outro estado-nação. Esta identidade expressa-se muitas vezes através de "tradições" variadas que, embora sejam frequentemente invenções recentes, apelam a uma certa noção de passado.
Tal como os conceitos de [[raça]] e [[nação]], o de etnicidade desenvolveu-se no contexto da expansão colonial europeia, quando o [[mercantilismo]] e o [[capitalismo]] promoviam movimentações globais de populações ao mesmo tempo que as fronteiras dos [[estado]]s eram definidas mais clara e rigidamente. No [[século XIX]], os [[estado]]s modernos, em geral, procuravam legitimidade reclamando a representação de ''nações''. No entanto, os estados-nação incluem sempre populações [[índio|indígenas]] que foram excluídas do projecto de construção da nação, ou recrutam trabalhadores do exterior das suas fronteiras. Estas pessoas constituem tipicamente grupos étnicos. Consequentemente, os membros de grupos étnicos costumam conceber a sua identidade como algo que está fora da história do estado-nação – quer como alternativa histórica, quer em termos não-históricos, quer em termos de uma ligação a outro estado-nação. Esta identidade expressa-se muitas vezes através de "tradições" variadas que, embora sejam frequentemente invenções recentes, apelam a uma certa noção de passado.


Os grupos étnicos às vezes são sujeitos às atitudes e às ações, as vezes tambem gostam de rabos e tetas [[preconceito|preconceituosas]] por parte do Estado ou por seus membros. No [[século XX]], os povos começaram a discutir que conflitos entre grupos étnicos ou entre membros de um grupo étnico e o estado podem e devem ser resolvidos de duas maneiras.
Os grupos étnicos às vezes são sujeitos às atitudes e às ações, as vezes tambem gostam de rabos e tetas [[preconceito|preconceituosas]], o gonçalo vieira é todo bom! por parte do Estado ou por seus membros. No [[século XX]], os povos começaram a discutir que conflitos entre grupos étnicos ou entre membros de um grupo étnico e o estado podem e devem ser resolvidos de duas maneiras.


Alguns pensadores, como Ze Tolo xD e [[Bruce Barry]], discutiram que a legitimidade de estados modernos deve ser baseada em uma noção de [[direito político|direitos políticos]] para sujeitos individuais [[autonomia|autônomos]]. De acordo com este ponto de vista o estado não pode reconhecer a identidade étnica, nacional ou racial e deve preferivelmente reforçar a igualdade política e legal de todos os indivíduos. Outros, como [[Charles Taylor]] e [[William Kymlicka]] argumentam que a noção do indivíduo autônomo é ela própria um [[construto cultural]], e que não é nem possível nem correto tratar povos como indivíduos autônomos. De acordo com esta opinião, os estados devem reconhecer a identidade étnica e desenvolver processos nos quais as necessidades particulares de grupos étnicos possam ser levadas em conta no contexto de um estado-nação.
Alguns pensadores, como Ze Tolo xD e [[Bruce Barry]], discutiram que a legitimidade de estados modernos deve ser baseada em uma noção de [[direito político|direitos políticos]] para sujeitos individuais [[autonomia|autônomos]]. De acordo com este ponto de vista o estado não pode reconhecer a identidade étnica, nacional ou racial e deve preferivelmente reforçar a igualdade política e legal de todos os indivíduos. Outros, como [[Charles Taylor]] e [[William Kymlicka]] argumentam que a noção do indivíduo autônomo é ela própria um [[construto cultural]], e que não é nem possível nem correto tratar povos como indivíduos autônomos. De acordo com esta opinião, os estados devem reconhecer a identidade étnica e desenvolver processos nos quais as necessidades particulares de grupos étnicos possam ser levadas em conta no contexto de um estado-nação.

Revisão das 15h20min de 28 de setembro de 2010

 Nota: Para outros significados, veja Povo (desambiguação).

Do ponto de vista do Direito Constitucional moderno (a partir do século XVIII), o povo é o conjunto dos cidadãos de um país, ou seja, as pessoas que estão vinculadas a um determinado regime jurídico, a um estado. Um povo está normalmente associado a uma nação e pode ser constituído por diferentes etnias.

Na linguagem vulgar, a palavra povo pode referir-se à população de uma cidade ou região, a uma comunidade ou a uma família; também é utilizada para designar uma povoação, geralmente pequena.[1]

História

Do ponto de vista histórico, o termo "povo" (do latim "populu", do etrusco "pupluna") teve acepções bem diferentes. Para os gregos e romanos, o povo, que tinha a capacidade de decidir sobre os assuntos do estado, era composto apenas pelos cidadãos com disponibilidade para isso.

Na Bíblia, o "povo de Deus" referia-se aos Judeus e, a partir do Concílio Ecuménico Vaticano II passou a referir-se aos crentes da Igreja Cristã.[2]

Na Idade Média, o povo era o "Terceiro Estado", ou seja, a plebe, sem direitos de estado, e ficou com esse "estado" até aos nossos dias, considerado como a massa de cidadãos sem capacidade psicológica para participar na gestão do estado.

Mais tarde, com os Descobrimentos e a colonização, quando se "descobriram" e submeteram outros povos, inventaram-se os "povos naturais", "povos primitivos" ou "povos indígenas" que, na segunda metade do século XX passaram a ser designados por etnias.

Grupos étnicos minoritários dentro do Estado

Tal como os conceitos de raça e nação, o de etnicidade desenvolveu-se no contexto da expansão colonial europeia, quando o mercantilismo e o capitalismo promoviam movimentações globais de populações ao mesmo tempo que as fronteiras dos estados eram definidas mais clara e rigidamente. No século XIX, os estados modernos, em geral, procuravam legitimidade reclamando a representação de nações. No entanto, os estados-nação incluem sempre populações indígenas que foram excluídas do projecto de construção da nação, ou recrutam trabalhadores do exterior das suas fronteiras. Estas pessoas constituem tipicamente grupos étnicos. Consequentemente, os membros de grupos étnicos costumam conceber a sua identidade como algo que está fora da história do estado-nação – quer como alternativa histórica, quer em termos não-históricos, quer em termos de uma ligação a outro estado-nação. Esta identidade expressa-se muitas vezes através de "tradições" variadas que, embora sejam frequentemente invenções recentes, apelam a uma certa noção de passado.

Os grupos étnicos às vezes são sujeitos às atitudes e às ações, as vezes tambem gostam de rabos e tetas preconceituosas, o gonçalo vieira é todo bom! por parte do Estado ou por seus membros. No século XX, os povos começaram a discutir que conflitos entre grupos étnicos ou entre membros de um grupo étnico e o estado podem e devem ser resolvidos de duas maneiras.

Alguns pensadores, como Ze Tolo xD e Bruce Barry, discutiram que a legitimidade de estados modernos deve ser baseada em uma noção de direitos políticos para sujeitos individuais autônomos. De acordo com este ponto de vista o estado não pode reconhecer a identidade étnica, nacional ou racial e deve preferivelmente reforçar a igualdade política e legal de todos os indivíduos. Outros, como Charles Taylor e William Kymlicka argumentam que a noção do indivíduo autônomo é ela própria um construto cultural, e que não é nem possível nem correto tratar povos como indivíduos autônomos. De acordo com esta opinião, os estados devem reconhecer a identidade étnica e desenvolver processos nos quais as necessidades particulares de grupos étnicos possam ser levadas em conta no contexto de um estado-nação.

Ver também

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Referências

Ligações externas