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Promethée

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Ópera Prométhée (Prometeu), no ano de 1900.

Prométhée (Prometeu) é uma ópera em três atos do compositor francês Gabriel Fauré. O libretto é de Jean Lorrain e Ferdinand Hérold, é baseado no mito grego de Prometeu. Ainda que seja designada como uma tragédie lyrique, a ópera resiste a uma fácil categorização. Foi planejada como uma obra de larga escala com partes cantadas e faladas. A primeira performance no Arènes de Béziers em 27 de agosto de 1900 envolveu quase 800 artistas (incluindo duas bandas sinfônicas e 15 harpas) e foi vista por um público de 10.000 pessoas. Entre 1914 e 1916, Jean Roger-Ducasse reorquestrou a partitura para uma orquestra reduzida. Esta versão (que foi posteriormente revisada por Fauré) teve seu debut no Paris Opéra em 17 de maio de 1917, mas nunca se tornou popular.

Personagem Voz elenco na estreia
Regente: Charles Eustace
Prométhée (Prometeu) papel falado Max
Pandore (Pandora) papel falado Cora Laparcerie
Hermès (Hermes) papel falado Odette de Fehl
Aenoë soprano Torrês
Bia soprano Caroline Fiérens-Peters
Gaïa mezzo-soprano Rosa Feldy
Andros tenor Charles Rousselière
Kratos tenor Fonteix
Hephaïstos (Hefesto) baixo Jean Vallier

Os homens mortais, liderados por Andros e Aenoë, estão esperando pela chegada de Prometeu. Prometeu chega com um presente para eles. Gaia aparece e adverte o titã a não desobedecer as ordens de Zeus e então parte. Prometeu não dá ouvidos a ela e dá a eles seu presente, o fogo. Os mortais partem e logo chegam Kratos (poder) e Bia (violência), enviados por Zeus para puni-lo; com eles está Hefesto, o ferreiro dos deuses, que é amigo de Prometeu. Os três contam a Prometeu sua sentença: ele será acorrentado para sempre a uma rocha e todos os dias uma águia negra virá beber de suas veias.

Aenoë e as outras garotas lamentam pelo destino de Prometeu e então partem. Prometeu volta com Kratos, Bia e Hefesto. Hefesto lamenta por seu amigo mas ainda assim tem de fazer suas correntes e prendê-lo à rocha. Bia e Kratos estão lá para assegurar que Hefesto fará o que tem de fazer, ele retarda mas conclui sua tarefa. Kratos, Bia e Hefesto partem, Prometeu permanece acorrentado à rocha.

Pandora sofre por Prometeu, as ninfas do mar (oceânides) tentam confortá-la. Bia e Kratos contam a Pandora que ela não deve sofrer e advertem que ela pode ser punida por tentar ajudá-lo. Hermes chega com um presente de Zeus, uma caixa. Prometeu pede que os homens não aceitem presentes de Zeus, mas Pandora não o escuta e pega a caixa. A ópera termina com um louvor a Zeus e sua benevolência, apesar do sofrimento de Prometeu.

Esta ópera raramente foi montada, mas em julho de 2011 estreou em São Paulo uma produção brasileira concebida e apresentada pelo Núcleo Universitário de Ópera (NUO). Esta produção brasileira inclui recitativos, ao invés de partes faladas e uma nova orquestração foi feito pelo maestro e diretor da companhia, Paulo Maron. Essa montagem foi concebida inteiramente como uma Ópera Coreográfica (Choreographic Opera), na qual os cantores (solistas e coralistas) são também os dançarinos.