Rearranjo

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O processo de rearranjo em biotecnologia

Rearranjo é a mistura do material genético de uma espécie em novas combinações de diferentes indivíduos. Diversos processos diferentes contribuem para o rearranjo, incluindo a segregação de cromossomos, e o cruzamento cromossómico.[1] Ele é utilizado particularmente quando dois vírus semelhantes que estão infectando a mesma célula trocam material genético. Em particular, o rearranjo ocorre entre vírus influenza, cujos genomas consistem em oito segmentos distintos de RNA. Estes segmentos atuam como mini-cromossomas, e cada vez que um vírus da gripe é montado, ele requer uma cópia de cada segmento.

Se um único hospedeiro (um humano, uma galinha, ou outro animal) está infectado por duas estirpes diferentes de vírus da gripe, segue que é possível que as novas partículas virais montadas sejam criadas a partir de segmentos cuja origem é misturada, alguns provenientes de uma estirpe e alguns vindos do outra. A nova estirpe recombinante irá compartilhar propriedades de ambas as suas linhagens parentais.

O rearranjo é responsável por algumas das principais mudanças genéticas na história do vírus da gripe. As estirpes das pandemias de gripe de 1957 e 1968 foram causadas pelo rearranjo entre um vírus aviário e um vírus humano, ao passo que o vírus H1N1 responsável pelo surto de gripe suína de 2009 tem uma mistura incomum das sequências genéticas da gripe aviária, de suínos e humana.[2]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Alberts, B.; Bray, D.; Roberts, K.; Lewis, J.; Raff, M. (1997). Essential cell biology: an introduction to the molecular biology of the cell. [S.l.]: Taylor & Francis. ISBN 978-0-8153-2045-6 
  2. «Deadly new flu virus in US and Mexico may go pandemic». New Scientist. 24 de abril de 2009. Consultado em 30 de maio de 2016 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]