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Regência verbal: diferenças entre revisões

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=== Namorar ===
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Não se usa com preposição.
Não se usa com preposição.
: Paola'' namora Paulo.''
: Paola'' namora Pao''
: ''lo.''
: ''Gerciany namora Alberto.''
: ''Gerciany namora Alberto.''



Revisão das 13h20min de 24 de abril de 2014

A regência verbal é a relação sintática de dependência que se estabelece entre o verbo — termo regente — e o seu complemento — termo regido. [1] [2] A regência determina se uma preposição é necessária para ligar o verbo a seu complemento.

Os termos, quando exigem a presença de outro chamam-se regentes ou subordinantes; os que completam a significação dos anteriores chamam-se regidos ou subordinados.

Quando o termo regente é um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio), ocorre a regência nominal. Quando o termo regente é um verbo, ocorre a regência verbal.

Na regência verbal, o termo regido pode ser ou não preposicionado. Na regência nominal, ele é obrigatoriamente preposicionado.

Exemplos

Chegar/ir

Deve ser introduzido pela preposição a e não pela preposição em.

Vou ao dentista.
Cheguei a Belo Horizonte.

Morar/residir

Normalmente vêm introduzidos pela preposição em.

Ele mora em Manaus.
Maria reside em Santa Catarina.

Namorar

Não se usa com preposição.

Paola namora Pao
lo.
Gerciany namora Alberto.

Obedecer/desobedecer

Exigem a preposição a.

As crianças obedeceram aos pais.
O aluno desobedeceu ao professor.

Simpatizar/antipatizar

Exigem a preposição com.

Simpatizo com Lúcio.
Antipatizo com meu professor de História.

Aspirar

Quando tem o sentido de sorver, tragar, inspirar, é transitivo direto e exige complemento sem o uso de preposição.

Ele aspirou toda a poeira.
Todos nós aspiramos essa poeira.

Quando tem o sentido de pretender, desejar, almejar, é transitivo indireto e necessita do uso da preposição a.

O jogador aspirava a uma falta.
O candidato a deputado aspirava a ser eleito.
Eu aspirava àquele carro.

Obs.: Quando o verbo aspirar for transitivo indireto, não se admite a substituição da preposição (A) por lhe ou lhes. Dever-se-á usar em seu lugar (a ele, a eles, a ela ou a elas).

Obs.: Quando o verbo aspirar vier acompanhado por (àquele ou àquela), o à craseado terá função de preposição, transformando assim o verbo em transitivo direto.

Namorar

O verbo namorar é transitivo direto e não necessita do uso de preposição.

Como eu namorarei Fernanda Moraes.
Antonio namora Marcella. (em vez de: Antonio namora com Marcella.)

Obedecer

Obedecer é um verbo transitivo indireto e necessita do uso da preposição a.

Obs.: Mesmo sendo verbo transitivo indireto, ele pode ser usado na voz passiva.

A fila não foi obedecida.

Ver

O verbo ver é transitivo direto, por isso não necessita de preposição.

Ele veria muitos filmes em cartazes.

Chamar

Esse verbo pode ser transitivo direto quando significa convocar, fazer vir, e não necessita de preposição.

Ela chamou minha atenção.

E pode ser transitivo indireto quando tem o significado de invocar e deve ser usado com a preposição por.

Ele chamava por seus poderes.

Com o sentido de apelidar ele pode ou não necessitar de preposição, podendo ser tanto transitivo direto como indireto.

Assistir

O verbo em questão pode ser transitivo direto ou transitivo indireto.

Quando tem sentido de ver, é verbo transitivo indireto

Eu assisti ao jogo.

Eles assistiram ao filme.

Quando tem sentido de morar, residir, também é verbo transitivo indireto.

Eu assisto em São Paulo

Eu assisto na Bahia.

Quando tem sentido de ajudar, é verbo transitivo direto.

O médico assistiu o doente.

Suceder

O verbo pode ser transitivo indireto no sentido de substituir; vir depois.

Os atuais supermercados sucederam aos antigos armazéns.

Pode ser intransitivo no sentido de ocorrer.

Uma catástrofe sucedeu no México.

Ensinar

É verbo intransitivo no sentido de educar.

O professor ensina bem.

É verbo transitivo direto no sentido de castigar, adestrar, educar.

A experiência ensina os professores.

É verbo transitivo direto e indireto, admitindo objeto direto de coisa e indireto de pessoa.

Os professores ensinam os alunos a decorar.

Referências

  1. Celso Pedro Luft (2002). Moderna gramática brasileira. [S.l.]: Globo Livros. p. 41. ISBN 8525036218, 9788525036216 Verifique |isbn= (ajuda) 
  2. «Dicionário de Termos Linguísticos (regência)». Instituto de Linguística Teórica e Computacional (ILTEC). Consultado em 18 de fevereiro de 2014 

Ver também

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