Relações entre Líbia e Sudão

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Relações entre Líbia e Sudão
Bandeira da Líbia   Bandeira do Sudão
Mapa indicando localização da Líbia e do Sudão.
Mapa indicando localização da Líbia e do Sudão.
  Líbia
  Sudão

As relações entre Líbia e Sudão são as relações diplomáticas estabelecidas entre a Líbia e o Sudão. Um conflito entre os dois países ocorreu intermitentemente desde que as relações começaram a se deteriorar em 1972.

Entre 1967 e 1971 as relações entre Líbia e Sudão foram baseadas em uma relação política externa positiva com ambas as nações favorecendo a solidariedade com outros países árabes. [1][2] No entanto, durante a década de 1970 o presidente do Sudão Gaafar Nimeiry passou a buscar uma política externa estratégica que alinhava o Sudão com as potências ocidentais. A política do Sudão focada no ocidente entrou em conflito com os interesses da Líbia. Este novo interesse nacional sudanês enfraqueceria relações entre o Sudão e a Líbia durante toda a década de 1970. [1]

Sob o coronel Muammar Gaddafi a Líbia continuou a seguir uma política externa direcionada ao longo de linhas ideológicas e pragmáticas.[2] Isto resultou em vários casos de conflito entre as duas nações entre 1972 e 1976. Em 1976 o Sudão acusou a Líbia de estar envolvida em uma conspiração terrorista contra o seu governo. Isso conduziria a um rompimento das relações entre as nações. No final dos anos 1970 e na década de 1980 a política externa do Sudão e da Líbia confrontaram ao longo de vários conflitos regionais. Estes, incluíram o Conflito entre Chade e Líbia, a Guerra Líbia-Egito e o apoio da Líbia ao ditador de Uganda, Idi Amin.[3] Nestes casos, o conflito da Líbia com o Sudão resultou dos objetivos regionais de Gaddafi do pan-arabismo e foi fortemente influenciado pelas relações com o Egito. [4] O conflito entre Chade e Líbia em particular, influenciou a política externa de vários países africanos com respeito a Líbia. Os apoiantes da Líbia foram colocados contra um lado anti-Líbia que incluiu o Sudão e o Egito. [5] Alguns países subsarianos, como o Zaire, apoiaram as forças anti-Líbia no Chade por receio de uma expansão da Líbia. [6] Em 1986, a Líbia colaborou com o governo Mahdi sob Omar al-Bashir a assumir o poder no Sudão, retomando as relações entre as duas nações. [7] Após este ponto ambas as nações empregaram marcadamente diferentes estratégias de política externa. O Sudão adotou um percurso não-alinhado, tentando obter ajuda ocidental, enquanto construía melhores relações com os países árabes. Isto incluiu laços de cooperação com a Líbia. [8] A Líbia passou a buscar ligações regionais mais fortes, com Gaddafi tentando aumentar sua influência no continente africano. Isso alteraria a natureza das relações entre as duas nações. [2]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b Sudan (01/08)<
  2. a b c Libya (10/07)
  3. Background Notes: LIBYA - PUBLISHED BY THE BUREAU OF PUBLIC AFFAIRS, U.S. DEPARTMENT OF STATE
  4. George Joffe, “Libya’s Saharan Destiny,” The Journal of North African Studies, 10, no. 3–4 (2005)
  5. Hussein Solomon and Gerrie Swart, “Libya’s Foreign Policy In Flux,” African Affairs, 104, no. 416, (2005)
  6. Asteris Huliaras ,“Qadhafi's comeback: Libya and sub-Saharan Africa in the 1990s”, African Affairs 100, (2001)
  7. Mary-Jane Deeb, Libya’s Foreign Policy in North Africa, Westview Press: United States
  8. Background Notes Archive - Africa Arquivado em 3 de março de 2016, no Wayback Machine. - PUBLISHED BY THE BUREAU OF PUBLIC AFFAIRS, U.S. DEPARTMENT OF STATE


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