Zaire

République du Zaïre Repubuliki ya Zaïre Jamhuri ya Zaïre República do Zaire | |||||
República | |||||
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Lema nacional Justice - Paix - Travail (Francês: Justiça - Paz - Trabalho) | |||||
Hino nacional La zaïroise
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Continente | África | ||||
Capital | Quinxassa | ||||
Língua oficial | francês (o lingala, kikongo ya leta, suaíli e o tshiluba eram idiomas nacionais) | ||||
Governo | República e ditadura militar | ||||
Presidente | |||||
• 1971-1997 | Mobutu Sese Seko | ||||
História | |||||
• 27 de outubro de 1971 | Proclamação da República do Zaire | ||||
• 16 de maio de 1997 | Fim da Primeira Guerra do Congo | ||||
Área | |||||
• 1996 | 2 345 410 km2 | ||||
População | |||||
• 1996 est. | 46 498 539 | ||||
Dens. pop. | 19,8 hab./km² | ||||
Moeda | Franco (1962 até 1967) Zaire (1967 até 2005) |

Zaire ( /zɑːˈɪər/, UK /alsozaɪˈɪər/), oficialmente conhecido como República do Zaire (em francês: République du Zaïre, [ʁepyblik dy zaiʁ]), foi um estado congolês que existiu de 1971 a 1997 na África Central que anteriormente era conhecido como o República Democrática do Congo. Zaire foi, por área, o terceiro maior país da África (depois de Sudão e Argélia) e era também o décimo-primeiro maior país do mundo. Com uma população de mais de 23 milhões de habitantes, o Zaire era o país mais populoso da África francófona, bem como um dos mais populosos da África.[1]
O país era uma ditadura militar totalitária de partido único, comandado por Mobutu Sese Seko e o seu partido Movimento Popular da Revolução (MPR). O Zaire foi estabelecido após a tomada do poder por Mobutu em um golpe militar em 1965, após cinco anos de agitação política após a independência da Bélgica conhecida como a Crise do Congo. O país tinha uma constituição tremendamente centralizada e ativos estrangeiros foram nacionalizados. O período é por vezes referido como a Segunda República Congolesa.[2]
Mobutu lançou, no final da década de 1960, uma campanha que ele chamou de Authenticité, com o objetivo declarado de livrar o país das influências da era colonial do Congo Belga.[3] Enfraquecido pelo fim do apoio Ocidental (especialmente dos Estados Unidos) após o fim da Guerra Fria, Mobutu foi forçado a declarar uma nova república e reformas em 1990 para lidar com as demandas por mudanças. No momento de sua queda, o governo do Zaire era caracterizado por clientelismo, corrupção e má gestão econômica. A inflação era brutal e a pobreza generalizada, com Mobutu e seus associados concentrando uma enorme fortuna pessoal às custas dos cofres públicos.[4]
O Zaire entraria em colapso em meados da década de 1990, em meio à desestabilização das partes orientais do país após o genocídio ruandês e à crescente violência étnica. Em 1996, Laurent-Désiré Kabila, o líder do grupo rebelde Aliança das Forças Democráticas para a Libertação do Congo (AFDL), comandou uma enorme revolta popular contra o regime de Mobutu. Com as forças rebeldes conquistando sucesso no oeste, Mobutu fugiu do país, deixando as milícias de Kabila no comando do país. No ano seguinte, a nova liderança nacional restaurou o nome da nação de volta para a República Democrática do Congo. Mobutu faleceu menos de quatro meses depois, enquanto estava exilado no Marrocos.[1]
Referências
- ↑ a b Meditz, Sandra W.; Merrill, Tim, eds. (1994). Zaire: a country study 4th ed. Washington, D.C.: Federal Research Division, Library of Congress. ISBN 0-8444-0795-X. OCLC 30666705.
Este artigo incorpora texto desta fonte, que está no domínio público.
- ↑ Young, C., and Turner, T., The Rise and Decline of the Zairian State. Madison: The University of Wisconsin Press, 1985, ISBN 978-0-299-10110-7.
- ↑ Adelman, Kenneth Lee. "The Recourse to Authenticity and Negritude in Zaire." The Journal of Modern African Studies, Vol. 13, No. 1 (Mar., 1975), pp. 134–139.
- ↑ Macgaffey, J., 1991. The Real Economy of Zaire: The Contribution of Smuggling and Other Unofficial Activities to National Wealth. Philadelphia: University of Pennsylvania Press.