Resposta em frequência

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Resposta em frequência é a análise do comportamento de um sistema quanto ao seu ganho numa certa faixa de frequência (ou em alguns casos, velocidade angular). Quando varia-se a frequência de uma onda senoidal de entrada de um sistema e estuda-se o efeito, tem-se uma alteração de amplitude (ganho) e/ou fase do sinal.[1]

O gráfico onde é analisada a resposta em frequência de uma rede é geralmente uma curva de Bode. A curva de Bode consiste de um diagrama com uma escala linear de ganho na ordenada (em decibéis (dB) ou em Volt por Volt (V/V). A unidade mais utilizada é dB) e uma escala logarítmica na abscissa de frequência (em Hertz (Hz) ou em velocidade angular (rad/s)).

Função de transferência[editar | editar código-fonte]

Função de transferência é uma representação matemática da relação entre a saída e a entrada de um sistema (não necessariamente eletrônico). Uma função de transferência é mais facilmente representada usando-se a transformada de Laplace, e por isso, a transformada é uma ferramenta matemática muito usada no estudo da resposta em frequência de um sistema. Uma função de transferência pode ser facilmente representada em um diagrama de bode, e vice-versa.[2]

Diagrama de Bode[editar | editar código-fonte]

Resposta em frequência de um filtro passa-baixas em um diagrama de Bode.

A curva de Bode é a ferramenta visual mais usada para o estudo de uma resposta em frequência. Pode-se obtê-la de duas formas:

Diagrama de Nyquist[editar | editar código-fonte]

A curva de Nyquist é um resultado teórico que permite estudar a estabilidade de um sistema em malha fechada graficamente de duas formas:

  • Experimentalmente - Baseando-se na inspeção do diagrama polar da resposta em frequência (diagrama de Nyquist) de malha aberta.
  • Teoricamente - Determinar os polos do sistema em malha fechada.[1]

Análise senoidal de frequência[editar | editar código-fonte]

Embora existam casos específicos em que uma rede opera somente em uma dada frequência (por exemplo numa rede de transmissão de potência), em geral estamos interessados em determinar o comportamento de uma dada rede em função de um espectro de frequências (uma soma infinita de senóides de diversas frequências - que pode se representada por uma série de fourier.

Como estamos tratando de senóides e outros pulsos variantes no tempo, a função de transferência de uma análise senoidal de frequência é uma relação de fasores, ou seja um vetor girante, e portanto é um número complexo que possui magnitude e fase. Nesses casos, deve-se representar a resposta em frequência do sistema por duas curvas de bode: uma representando a magnitude e outra representando a fase.[2]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. a b c Nise, Norman S. (2013). Engenharia de Sistemas de Controle. Rio de Janeiro: Gen/LTC 
  2. a b Smith, Carlos A.; Corripio, Armando B. (2012). Princípios e Prática do Controle Automático de Processo. Rio de Janeiro: Gen/LTC