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Ricardo Teixeira

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Ricardo Teixeira na sede da FIFA, na Suíça, quando do anúncio da realização da Copa do Mundo de 2014 no Brasil.

Nota:Para ver o miliciano, consulte Ricardo Teixeira Cruz

Ricardo Terra Teixeira (Carlos Chagas, 20 de junho de 1947) é um dirigente desportivo brasileiro, 18º presidente da Confederação Brasileira de Futebol, no cargo desde 16 de janeiro de 1989. Seu quinto mandato consecutivo terminou em 2007, mas foi prolongado, sob acordo, até o final da XX Copa do Mundo FIFA em 2014, que será no Brasil.

Biografia

O jovem mineiro do interior, filho de um bancário, estudava Direito no Rio de Janeiro quando conheceu Lúcia, filha de João Havelange, no carnaval de 1966. Tinha apenas dezenove anos.

Ao nascer seu primeiro filho (1974) fez um agrado ao sogro ao registrá-lo com o nome de Ricardo Teixeira Havelange, colocando por último o sobrenome materno, ao contrário do que determina a lei brasileira.

Teve uma mal sucedida passagem pelo mercado financeiro, numa sociedade com o pai, o sogro e um irmão.

Chegou ao comando da CBF, em 1989, sucedendo Octávio Pinto Guimarães, após derrotar na eleição a Nabi Abi Chedid, presidente da Federação Paulista de Futebol. Encontrou a entidade quase sem condições de arcar com os custos da preparação da seleção brasileira para a Copa do Mundo de 1990, na Itália.

Escândalos atingiriam a gestão de Teixeira, com acusações de nepotismo no preenchimento de cargos na CBF, pagamento de viagens para países sedes da Copa do Mundo a magistrados e outras autoridades, importação irregular de uma choperia dos Estados Unidos, após a Copa de 1994, e a celebração de contratos lesivos para o futebol brasileiro, em especial com a fabricante de artigos esportivos Nike.

Também dispendeu recursos da CBF para campanhas políticas de dirigentes esportivos, com o intuito de constituir no Congresso Nacional uma bancada simpática a seus interesses, que ficou conhecida como bancada da bola. Com a montagem deste esquema de poder, assegurou suas quatro reeleições.

Em 1998, vê-se envolvido em comissões parlamentares de inquérito na Câmara de Deputados e no Senado Federal, mas, com auxílio de congressistas fiéis, consegue se livrar das acusações.

Na vida pessoal, Ricardo Teixeira fez da fazenda Santa Rosa, em Piraí, a 70 quilômetros do Rio, sua base de operações na região. No Rio, o presidente da CBF soma negócios variados, como uma revenda da marca Hyundai, boates e restaurantes.

Separou-se da mulher Lúcia em 1997 e no mesmo ano tornou público um romance com a socialite Narcisa Tamborindeguy . Em dezembro de 2003, casou com a administradora Ana Rodrigues.

Durante sua gestão na CBF, seleções brasileiras, de todos os níveis, conquistaram 11 títulos mundiais e 27 sul-americanos, consolidando a sua hegemonia no cenário mundial. Por outro lado, durante seus cinco mandatos aumentou em muito a êxodo de craques brasileiros para o exterior, nem sempre para os grandes clubes do futebol europeu.

Deve-se ainda a Ricardo Teixeira a criação da Copa do Brasil que propicia a pequenos clubes, alguns de fora dos grandes centros, a oportunidade de aparecerem no cenário nacional.

Ricardo Teixeira é cidadão honorário de vários estados brasileiros.

Planos para 2007

Ricardo Teixeira e o presidente Lula discutem a candidatura brasileira para a Copa do Mundo de 2014.

Em Assembléia Geral realizada em 18 de abril de 2006, dirigentes das 27 federações estaduais decidiram aumentar de quatro para sete anos o mandato do próximo presidente da Confederação Brasileira de Futebol, que será eleito no ano que vem. Embora não tenha antecipado nada a respeito, Ricardo Teixeira continuará como o candidato oficial da entidade. Ele garantiria assim sua presença no cargo até depois da Copa do Mundo de 2014 , que pelo rodízio da FIFA, será realizada obrigatoriamente na América do Sul. O Brasil desponta como país favorito para sediar a competição.

Segundo os autores da proposta, esta medida evitará que, perto da Copa de 2014, Estados pressionem para serem mais favorecidos na hora de escolher as cidades-sedes.

Nos seus primeiros mandatos, Teixeira foi eleito por um colégio eleitoral composto pelos presidentes de federações estaduais. A partir de 2003, também votaram os presidentes dos clubes que disputaram a Série A do Campeonato Brasileiro do ano anterior.

Teixeira é o dirigente que por mais tempo comandou a CBF.

Precedido por
Octávio Pinto Guimarães
Presidente da CBF
1989
Sucedido por
?

Ligações externas

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