Rio Hamza

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

O Hamza é um aquífero localizado na Amazônia brasileira.[1] O nome do aquífero foi dado em homenagem ao chefe da expedição que fez a descoberta, o pesquisador Valiya Hamza. Sua descoberta foi realizada após análise de 241 poços de petróleo desativados da Petrobras, perfurados entre 1970 e 1980. A equipe, da qual fez parte Elizabeth Tavares Pimentel da Universidade Federal do Amazonas, identificou que existe uma grande movimentação de água a 4 000 m sob a superfície de oeste para leste sob as bacias dos rios Solimões, Amazonas e a ilha de Marajó e desaguando nas profundezas do oceano Atlântico, aproximadamente sob a foz do rio Amazonas.[2]

Dados do Hamza[editar | editar código-fonte]

O aquífero Hamza ainda está em estudo,[3] mas os pesquisadores afirmam que sua nascente é no estado do Acre e percorre cerca de 6 000 km antes de desaguar no Oceano Atlântico, logo abaixo da foz do Amazonas.[4] É alimentado pela infiltração das águas dos rios da bacia amazônica e das chuvas. Possui vazão de 3 090 m3/s (cerca de 40 vezes menor que a do rio Amazonas), a distância entre uma margem e outra varia de 200 a 400 km. Suas águas correm por via subterrânea a uma velocidade irrisória se comparada aos rios da superfície terrestre (de 10 a 100 metros por ano), enquanto que a velocidade da vazão do Amazonas é da ordem de 2 m/s; o "rio" não corre por um túnel sob o solo mas permeia pelas rochas sedimentares das profundezas terrestres.

O Hamza é um aquífero (formação geológica, porosa ou fraturada, permeável, capaz de armazenar e fornecer água em grande quantidade) recentemente descoberto no estado do Amazonas. Sua descoberta foi realizada após análise de 241 poços de petróleo desativados da Petrobrás, perfurados entre 1970 e 1980, fruto do trabalho de doutorado de Elizabeth Pimentel, coordenado por Hamza. 

Foi constatato uma grande movimentação de água a 4.000 metros abaixo da superfície de oeste para leste sob as bacias dos rios Solimões, Amazonas e Ilha de Marajó e desaguando nas profundezas do Oceano Atlântico, sob a foz do rio Amazonas. O que tudo indica é que o Hamza ainda está em estudo, mas os pesquisadores afirmam que sua nascente é no estado do Acre e percorre cerca de 6.000 quilômetros antes de desaguar no Oceano Atlântico logo abaixo da foz do Amazonas. 

Apesar de muitos acreditarem que o Hamza ser um aquífero, o pesquisador que batizou o nome do rio (Valiya Hamza) afirmou em jornal o Globo que: “ Não é um aquífero, que é uma reserva de água sem movimentação. Nós percebemos movimentação de água, ainda que lenta, pelos sedimentos. A velocidade de curso do Hamza é menor também, porque o fluxo de água tem que vencer as rochas existentes há quatro mil metros de profundidade. Enquanto o Amazonas corre a 2 metros por segundo, a velocidade do fluxo subterrâneo é de 100 metros por ano. Contudo, ainda vamos determinar a velocidade exata do curso da água”.1

Acrescenta-se ainda que este, é alimentado pela infiltração das águas dos rios da bacia amazônica e das chuvas, vazão de 3.090 m3/s, distância entre uma margem e outra varia de duzentos a quatrocentos quilômetros, suas águas correm subterraneamente a uma velocidade irrisória se comparada aos rios da superficie terrestre e varia de 10 a 100 metros por ano. Apesar de ser um rio subterrâneo, sua vazão (quantidade de água jorrada por segundo) é maior que a do Rio São Francisco, que corta o Nordeste brasileiro. Enquanto o Hamza tem vazão de 3,1 mil m³/s, a do Rio São Francisco é 2,7 mil m³/s. Mas nenhuma das duas se compara a do rio Amazonas, com 133 mil m³/s.

Referências

  1. Inovação Tecnológica (25 de agosto de 2011). «Descoberto rio subterrâneo embaixo do Rio Amazonas». Consultado em 25 de agosto de 2011 
  2. Crítica Amazônia (25 de agosto de 2011). «Rio recém-descoberto é 'reserva' caso bacia amazônica se esgote, diz pesquisadora». UOL. Consultado em 29 de agosto de 2011 
  3. «"Rio Hamza" – Esclarecimento a Sociedade». ABAS - Associação Brasileira de Águas Subterrâneas. 8 de novembro de 2011. Consultado em 13 de outubro de 2013 
  4. Gonçalves, Alexandre (agosto de 2011). «Cientistas anunciam rio subterrâneo de 6 mil km embaixo do Rio Amazonas». O Estado de S. Paulo: A22, Caderno Vida 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]