San Tommaso in Formis

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Igreja de São Tomé em Formis
San Tommaso in Formis
San Tommaso in Formis
Fachada
Fim da construção 1663
Religião Igreja Católica
Diocese Diocese de Roma
Geografia
País Itália
Região Roma
Coordenadas 41° 53' 07" N 12° 29' 43" E

San Tommaso in Formis ou Igreja de São Tomé em Formis, chamada também de San Tommaso in Formis all'Arco di Dolabella, é uma igreja de Roma, Itália, localizada no rione Celio, na via San Paolo della Croce. É dedicada a São Tomé Apóstolo e uma igreja subsidiária da paróquia de Santa Maria in Domnica alla Navicella. Situada perto da Villa Celimontana, vizinha do Arco de Dolabela, deve seu cognome "in Formis" à proximidade da Água Cláudia ("forma claudia" em latim).

História[editar | editar código-fonte]

Esta igreja foi construída no século X, ainda que a data mais antiga em que ela aparece nas fontes é 1209, quando o papa Inocêncio III entregou a igreja e o mosteiro anexo aos trinitários, cujo fundador, São João de Matha, fez do local sua sede e residência. O santo adaptou parte do mosteiro como uma hospital para ajudar os pobres, enfermos, peregrinos e escravos resgatados dos sarracenos, objetivos da ordem fundada por ele. Os restos do santo foram sepultados na igreja depois de sua morte, em 17 de dezembro de 1213, e lá permaneceram até serem solenemente transladados para a Espanha no século XVII.

Em 1209, São Francisco de Assis chegou a Roma para obter a autorização de sua regra, para si e seus irmãos, da parte do papa Inocêncio III. São João de Matha, vendo-o mendigar do lado de fora do Palácio de Latrão esperando que o papa o recebesse, o acolheu na igreja de San Tommaso e os dois ficaram muito amigos. Posteriormente Francisco se hospedou várias vezes no mosteiro ligado à igreja entre seus amigos trinitários, como evidenciado pelo quadro de Siciolante da Sermoneta à esquerda da entrada da igreja, que mostra "Virgem, São Bonifácio Mártir e São Francisco de Assis com o papa Bonifácio IX". Por volta de 1380, os trinitários foram obrigados a abandonar Roma e seus edifícios passaram para a Santa Sé, mas as atividades de hospitalares foram encerradas e todo o complexou ficou abandonado por muitos anos. Em 1532, foi realizada uma primeira restauração; em 1571, o papa Pio V restituiu a igreja, o hospital e o convento aos trinitários, que perderam tudo novamente quando ele morreu.

Em 1663, a igreja foi completamente reconstruída na forma atual pelo capítulo da Santa Sé. Ao fim de 1925, a igreja e uma parte do convento foram restituídos definitivamente aos trinitários; do hospital já não restava mais nada, exceto o portal do século XIII, que está de frente para o largo della Sanità militare, com um mosaico cosmatesco de 1210, "Cristo libertando dois escravos".

O interior da igreja tem apenas uma nave única e quase não tem decoração dada sua origem antiga. No altar-mor está uma pintura moderna de Aronne del Vecchio, "Jesus envia São João de Matha". Os sete vitrais que iluminam a pequena igreja são também modernos, de Samuele Pulcini, instalados em 2000 por ocasião do Grande Jubileu.

Galeria[editar | editar código-fonte]

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Armellini, M. (1891). Le chiese di Roma dal secolo IV al XIX (em italiano). Roma: [s.n.] 
  • Hulsen, Christian (1927). Le chiese di Roma nel Medio Evo (em italiano). Florença: [s.n.] 
  • Rendina, Claudio (2000). Newton & Compton Editori, ed. Le Chiese di Roma (em italiano). Milão: [s.n.] p. 359. ISBN 978-88-541-1833-1 
  • Villa, C. (2000). I rioni e i quartieri di Roma. Rione XIX Celio (em italiano). 3. Milão: Newton & Compton Editori. p. 1106–1145 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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