Sapo-parteiro
Sapo-parteiro | |||||||||||||
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Estado de conservação | |||||||||||||
Pouco preocupante | |||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||
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Espécies | |||||||||||||
Alytes cisternasii Boscá, 1879. |
Sapos-parteiro (Alytes) são um género de rãs da família Discoglossidae, e podem ser encontradas na maior parte da Europa e noroeste de África. Os cuidados parentais deste género é característico: os machos carregam um fio de ovos fertilizados nas suas costas, daí o nome "parteiro". A fêmea expela uma fila de ovos, que o macho fertiliza externamente. Ele depois enrola-os à volta das suas pernas para protegê-los de predadores na água. Quando estão prontos a eclodir, o macho nada até águas rasas, onde permite que os girinos saltem fora dos ovos. Podem-se encontrar cinco espécies diferentes de sapos-parteiro na Europa ocidental, norte de África e Maiorca.
Apoptose, morte celular programada, foi primeiro observada em girinos de sapos-parteiros em desenvolvimento por Carl Vogt em 1842.
Descrição
[editar | editar código-fonte]Cinco espécies diferentes de sapo-parteiro são encontrados na Europa Ocidental, Norte de África e Maiorca. Animais nocturnos e tímidos, revelam a sua presença pelo chamamento. Durante o dia os sapos-parteiros escondem-se debaixo de pedras e troncos ou túneis subterrâneos. Escondem-se frequentemente em solo seco e arenoso, que é mais fácil de escavar usando as patas anteriores e o focinho. Emerge durante o crepúsculo para procurar comida, mas regressa sempre ao mesmo esconderijo antes da alvorada. Durante o inverno, o sapo-parteiro-comum hiberna no seu buraco ou numa toca que tenha sido abandonada por um animal pequeno. Ao contrário da língua de muitos anfíbios, a língua dos sapos-parteiros é redonda e achatada. O nome da família, Discoglossidae, significa "língua redonda".
Distribuição
[editar | editar código-fonte]Este género distribui-se pela Europa Ocidental, Norte de África e Maiorca. Em partes da França, vivem em dunas arenosas perto do mar, partilhando o habitat com o Sapo-corredor. Nos Pirenéus, podem ser encontrados dos 1 500 aos 1 800 metros em áreas como no Massif du Néouvielle.
Alimentação
[editar | editar código-fonte]O sapo-parteiro anda à volta da área perto do seu esconderijo durante a noite à procura de comida. O sapo usa a ponta da sua língua comprida e pegajosa para apanhar presas, que incluem escaravelhos, grilos, moscas, lagartas, centípedes e milípedes. Girinos alimentam-se de matéria vegetal. Mastigam com dentes pequenos e pontiagudos. Sapos juvenis comem o mesmo tipo de presas que os adultos, mas mais pequenas.
Defesas
[editar | editar código-fonte]As costas do sapo-parteiro está coberto com pequenas verrugas. Estas verrugas libertam um cheiro venenoso forte quando tocam ou atacam o sapo. O veneno é tão poderoso que o sapo tem poucos inimigos ou predadores. O veneno também ajuda a manter o fio de ovos nas costas livre de ataques. Os girinos não possuem o veneno, e por isso são predados por peixes e insectos.
Adaptações
[editar | editar código-fonte]O sapo-parteiro-de-maiorca (Alytes mulletensis) adaptou-se às condições árduas e secas da ilha espanhola. Só é encontrada nas montanhas do norte. O seu corpo evoluiu para se tornar mais achatado, o que permite ao sapo caber em ranhuras estreitas nas rochas do seu habitat. A única humidade disponível é em pequenas poças cheias de água da chuva. Os girinos nas e desenvolvem-se nestas poças. Fósseis desta espécie também foram encontrados na Europa.
Espécies
[editar | editar código-fonte]Nome científico e autor | Nome vulgar | Imagem |
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Alytes cisternasii (Boscá, 1879) | Sapo-parteiro-ibérico | |
Alytes dickhilleni (Arntzen & García Paris, 1995) | Sapo-parteiro-bético | |
Alytes maurus (Pasteur & Bons, 1962) | ||
Alytes muletensis (Sanchiz & Adrover, 1979) | Sapo-parteiro-de-maiorca | |
Alytes obstetricans (Laurenti, 1768) | Sapo-parteiro-comum |
Referências
[editar | editar código-fonte]- Carl Vogt: Untersuchungen über die Entwicklungsgeschichte der Geburtshelferkröte. (Alytes obstetricians), Solothurn: Jent und Gassman, (1842), pp 130
- Arthur Koestler, The Case of the Midwife Toad, London: Hutchinson, 1971.
- Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «Midwife toad», especificamente desta versão.