Sibila de Anjou

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Sibila de Anjou
Sibila de Anjou
Estátuas de Sibila e Teodorico na Basílica do Sangue Sagrado, em Bruges, na Bélgica.
Condessa consorte de Flandres
Reinado 11341165
Nascimento 1112/16
Morte 1165
  Betânia, Judeia (atual al-Eizariya, Cisjordânia)
Sepultado em Abadia de São Lázaro
Cônjuge Guilherme Clito
Teodorico da Alsácia
Casa Anjou
Normanda
Metz
Pai Fulque de Jerusalém
Mãe Ermengarda do Maine

Sibila de Anjou (em francês: Sibylle d'Anjou; 1112/16Betânia, 1165)[1] foi condessa consorte de Flandres como esposa de Teodorico da Alsácia, seu segundo marido. O seu primeiro casamento com Guilherme Clito, foi anulado antes que ele se tornasse conde de Flandres.

Família[editar | editar código-fonte]

Ela era a filha do conde Fulque V de Anjou, futuro rei de Jerusalém, e de Ermengarda do Maine, condessa de Maine.

Seus avós paternos eram o conde Fulque IV de Anjou e Bertranda de Monforte, a qual, após deixar o marido, tornou-se rainha de França, ao se casar com Filipe I. Seus avós maternos eram o conde Elias I do Maine e Matilde de Château-du-Loir.

Sibila teve três irmãos: Godofredo V, Conde de Anjou, marido de Matilde de Inglaterra, a qual se tornou herdeira do pai, Henrique I de Inglaterra, após a morte do irmão, Guilherme Adelino, que havia sido casado com outra irmã de Sibila, Matilde de Anjou, também conhecida como Alice; e o irmão Elias II de Maine.

Do segundo casamento do pai, foi meia-irmã de: Balduíno III de Jerusalém, sucessor da mãe como rei, e Amalrico I de Jerusalém, sucessor do irmão.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Primeiro casamento[editar | editar código-fonte]

Em 1123, Sibila se casou com o futuro conde Guilherme Clito, filho de Roberto Curthouse, duque da Normandia e de Sibila de Conversano. Por linhagem paterna, o nobre era neto de Guilherme, o Conquistador e de Matilde de Flandres.

De acordo com Orderico Vital, seu pai, Fulque, arranjou seu casamento como parte do apoio que ele deu ao rei Guilherme I, sob a sugestão de Amaury de Montfort. Como dote, ele recebeu da esposa o condado de Maine.

Representação de Sibila.

Porém, o casamento logo foi anulado por solicitação do rei Henrique I de Inglaterra, tio de Guilherme, ao Papa Honório II, com base em laços de consanguinidade, através de Bula pontifícia, em 26 de agosto de 1124. Ele teria "feito uso de ameaças e apelos e uma enorme quantidade de ouro e prata".

Seu pai não aceitou a decisão, se opondo a Henrique, pois ele havia retido o dote da filha Matilde após a morte de Guilherme Adelino no naufrágio do Barco Branco em 1120. Assim, o conde foi excomungado, e o condado de Anjou foi colocado sob interdito pelo papa.

O casal não teve filhos.

Sibila acompanhou o pai ao Reino de Jerusalém, onde o viúvo se casou com Melisenda de Jerusalém, futura rainha de Jerusalém, em 2 de junho 1129, se tornando rei de Jerusalém em 1131 até sua morte.

Segundo casamento[editar | editar código-fonte]

Em 1134, Sibila se casou com o conde Teodorico, que estava em Jerusalém em uma peregrinação. Seus pais eram o duque Teodorico II da Lorena e Gertrudes de Flandres. Antes, ele tinha sido marido de Suanhilde, que morreu e lhe deixou uma filha, Laureta de Flandres, que foi casada quatro vezes.

Os dois retornaram a Flandres, porém, com o partida de Teodorico para a Segunda Cruzada, Sibila que estava grávida, serviu como regente do condado.

O conde de Hainaut, Balduíno IV de Hainaut, aproveitou para atacar Flandres, mas a regente liderou um contra-ataque e saqueou Hainaut. Como consequência, Balduíno devastou Artois. Então, o arcebispo de Reims interveio, o que levou a uma trégua. Mais tarde, porém, com a volta do marido em 1149, ele se vingou do conde. [2]

Em junho de 1147, ela acompanhou Teodorico na Cruzada. Em 1157, os dois seguiram para a Palestina, mas no ano seguinte, se recusou a retornar com o marido.

Último anos[editar | editar código-fonte]

A condessa se tornou uma freira no convento de São Lázaro, na Betânia, onde Ioveta de Betânia, irmã da rainha Melisenda, era abadessa.

Após a morte da madrasta em 1161, assumiu uma posição de influência na família real. Também apoiou a eleição de Amalrico de Nesle como Patriarca Latino de Jerusalém. [3]

Morreu na Betânia em 1165.

Descendência[editar | editar código-fonte]

Do segundo casamento:

Seu marido teve três filhos ilegítimos com uma amante desconhecida: Geraldo, chanceler de Flandres, Guilherme, e Conan.

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Referências

  1. Foundation for Medieval Genealogy
  2. Debacker, David M. Gathering Leaves. [S.l.: s.n.] p. 237 
  3. Debacker, David M. Gathering Leaves. [S.l.: s.n.] p. 237