Solar do Conde de Subaé
Solar do Conde de Subaé | |
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Tipo | património histórico, casa |
Andares sobre o solo | 2 |
Geografia | |
País | Brasil |
Localização | Santo Amaro |
Coordenadas | 12° 33′ 18″ S, 38° 42′ 11″ O |
Localização em mapa dinâmico |
O Solar do Conde de Subaé ou Solar Araújo Pinho é um edifício tombado localizado em Santo Amaro, Bahia.[1]
História
[editar | editar código-fonte]A data de construção em vários sites indica 1873, porém o solar foi erguido antes, pois em 1859 já passou por uma reforma. Acredita-se que ela foi construída em 1820, porém era uma casa térrea[2]. Foi realizada a pedido de José Moreira de Carvalho de acordo com a planta realizada por um arquiteto alemão, tio de sua esposa.[1]
Ganhou um segundo pavimento em 1859, quando o filho de José aumentou a residência para receber o Imperador D. Pedro II.[1] Em 2007, a restauração do Solar que havia começado no ano anterior foi finalizada e ele passou a abrigar a Casa do Samba.[3]
Em abril de 2020, devido às excessivas chuvas, a sacada do Solar desabou[4][5].
Arquitetura
[editar | editar código-fonte]O Solar do Conde de Subaé foi erguido sobre um porão alto, construída em alvenaria de tijolo e com paredes internas de pau-a-pique. É composto de três partes, onde a central é mais larga e os corpos laterais mais estreitos[6].
A reforma de 1859 transformou a casa térrea em sobrado, adicionando um pavimento na parte central e mantendo as laterais apenas com um. Foram adicionadas decorações no estilo neoclássico, um pórtico, as abóbodas do térreo e uma escadaria de mármore[2][7].
Restauro
[editar | editar código-fonte]O Solar do Conde de Subaé estava em ruínas e passou por um processo de recuperação cuja duração foi em tempo recorde, oito meses. As obras da reforma foram financiadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e custou R$ 2 milhões. A edificação foi entregue em 2007[2][7][8].
Realizado pelo arquiteto do Iphan, foi utilizada tinta mineral, a mais correta para contribuir para a absorção e a secagem ideais, sobre argamassa antiga à base de cal. Na parte frontal do solar, foi feito calçamento em solo-cimento para samba-de-roda e as árvores plantadas pelo conde, foram mantidas. O restauro do chão envolveu um trabalho minucioso, as pedras foram numeradas uma a uma para serem recolocadas no mesmo lugar. Foi possível manter todo o mármore original e mesmo nas soleiras, indiferentemente de estar rachado, foi mantido[7].
Devido ao péssimo estado em que se encontrava o imóvel, alguns elementos novos tiveram que ser implementados para reerguer a edificação. No entanto, os antigos pilares que sustentavam o espaço, foram mantidos[7].
Para a restauração do segundo piso, apesar da parede frontal estar torta, ela foi mantida. Foi também pintada conforme a moda da época, a escadaria de madeira com balaústres e adornos torneados foram recuperados e por questões de acessibilidade, foi instalado um elevador[7].
O brasão, apesar de encontrar-se esmaecido, foi mantido da forma como estava para manter o mais próximo do original[7].
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ a b c Iphan. «Santo Amaro – Solar do Conde de Subaé». iPatrimônio. Consultado em 13 de abril de 2021
- ↑ a b c Unknown (11 de março de 2014). «Estórias de Antigamente: Solar Subaé: restauro em tempo recorde». Estórias de Antigamente. Consultado em 21 de abril de 2021
- ↑ Weinstein, Mary (13 de setembro de 2007). «Solar restaurado é reaberto em Santo Amaro». A Tarde. Consultado em 13 de abril de 2021
- ↑ Portela, Adriano (26 de abril de 2020). «Solar do Conde Subaé, nossa Casa do Samba». Conciliação. Consultado em 21 de abril de 2021
- ↑ «Restauração do Patrimônio Público Casa do Samba de Santo Amaro.». Avaaz (em po). Consultado em 21 de abril de 2021
- ↑ «Iphan financia o restauro do Solar de Subaé – Secretaria Especial da Cultura». Consultado em 21 de abril de 2021
- ↑ a b c d e f Line, A. TARDE On. «Solar restaurado é reaberto em Santo Amaro». Portal A TARDE. Consultado em 21 de abril de 2021
- ↑ «Ministério da Cultura - MinC » Solar Araújo Pinho vira Casa do Samba-de-Roda». Consultado em 21 de abril de 2021