Usina Hidrelétrica de Jirau: diferenças entre revisões

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Há estimativa que a construção da usina injete na economia de Rondônia 42 bilhões de reais em seis anos, elevando [[Porto Velho]] de cidade média a cidade grande. Em 2008, já se observou efeitos positivos no comércio, rede hoteleira, emplacamento de veículos e setor imobiliário.<ref>{{citar web|url=http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2009/03/11/materia.2009-03-11.9910543602/view|titulo=Usina de Jirau deve injetar R$ 42 bi na economia de Rondônia em seis anos |data=11/03/2009|obra=Agência Brasil|acessodata=09/08/2009}}</ref>
Há estimativa que a construção da usina injete na economia de Rondônia 42 bilhões de reais em seis anos, elevando [[Porto Velho]] de cidade média a cidade grande. Em 2008, já se observou efeitos positivos no comércio, rede hoteleira, emplacamento de veículos e setor imobiliário.<ref>{{citar web|url=http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2009/03/11/materia.2009-03-11.9910543602/view|titulo=Usina de Jirau deve injetar R$ 42 bi na economia de Rondônia em seis anos |data=11/03/2009|obra=Agência Brasil|acessodata=09/08/2009}}</ref>


== Incidentes durante a construção ==
<ref><ref>inserir fonte aqui</ref>inserir fonte aqui</ref>== Incidentes durante a construção ==
Em [[6 de março]] de 2009, a [[Secretaria de Desenvolvimento Ambiental de Rondônia]] cancelou a autorização para as obras da usina, sob a alegação de que o deslocamento da barragem da hidrelétrica afetaria em mais 4 km² a [[Floresta Estadual de Rendimento Sustentável Rio Vermelho A]], localizada na margem esquerda do [[rio Madeira]]. Trata-se de mais um foco de oposição ao projeto, já que o governador [[Ivo Cassol]] fez críticas ao consórcio por comprar madeira fora do estado e de que esse não teria grandes benefícios com o projeto.<ref>[http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u530992.shtml Governo de Rondônia cancela licença para Jirau]</ref> O secretário minimizou a questão, afirmando que a medida não suspenderia os trabalhos de construção, bem como não existia qualquer conotação política no caso, já que é do interesse do estado a construção da usina.<ref>[http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2009/03/09/materia.2009-03-09.4298125971/view Agência Brasil - Governo de Rondônia minimiza suspensão de autorização para Usina de Jirau]</ref>
Em [[6 de março]] de 2009, a [[Secretaria de Desenvolvimento Ambiental de Rondônia]] cancelou a autorização para as obras da usina, sob a alegação de que o deslocamento da barragem da hidrelétrica afetaria em mais 4 km² a [[Floresta Estadual de Rendimento Sustentável Rio Vermelho A]], localizada na margem esquerda do [[rio Madeira]]. Trata-se de mais um foco de oposição ao projeto, já que o governador [[Ivo Cassol]] fez críticas ao consórcio por comprar madeira fora do estado e de que esse não teria grandes benefícios com o projeto.<ref>[http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u530992.shtml Governo de Rondônia cancela licença para Jirau]</ref> O secretário minimizou a questão, afirmando que a medida não suspenderia os trabalhos de construção, bem como não existia qualquer conotação política no caso, já que é do interesse do estado a construção da usina.<ref>[http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2009/03/09/materia.2009-03-09.4298125971/view Agência Brasil - Governo de Rondônia minimiza suspensão de autorização para Usina de Jirau]</ref>



Revisão das 18h04min de 17 de março de 2011

Predefinição:Info/Usina Hidrelétrica A Usina Hidrelétrica de Jirau é uma usina hidrelétrica em construção no Rio Madeira, na cidade de Porto Velho em Rondônia, que terá capacidade instalada de 3.450MW,[1] e que faz parte do Complexo do Rio Madeira. A construção está sendo feita pelo consórcio "ESBR - Energia Sustentável do Brasil", formado pelas empresas Suez Energy (50.1%),[2] Eletrosul (20%), Chesf (20%) e Camargo Corrêa (9,9%).[3] A usina, juntamente com a de Santo Antônio, também em construção no mesmo rio, são consideradas fundamentais para o suprimento de energia elétrica no Brasil a partir de meados de 2013[4] e estão entre as obras mais importantes do Governo Federal.[5]

Operação

Em 28 de janeiro de 2010 o consórcio construtor informou o novo cronograma de operação, prevendo o início de funcionamento da primeira das 46 turbinas do tipo bulbo para março de 2012 e o pleno funcionamento da usina para novembro do mesmo ano.[6]

Leilão de concessão

O leilão de concessão para construção da usina foi realizado em 19 de maio de 2008. O preço inicial foi de 91 reais por megawatt hora (MWh), sendo que o grupo vencedor, o consórcio Energia Sustentável do Brasil, ofereceu o preço de 71,40 reais por MWh, um deságio de 21,5%. As previsões eram de que o deságio fosse de apenas 10%.[4]

A composição do consórcio Energia Sustentável do Brasil é formado pela Suez Energy South America Participações Ltda., com 50,1%; Camargo Correa Investimentos em Infra-Estrutura S/A, com 9,9%; Eletrosul Centrais Elétricas S/A, com 20%; e Companhia Hidro Elétrica do São Francisco - Chesf, com 20%. O grupo vencedor informou após o leilão que pretendia antecipar o início das operações de janeiro de 2013 para março de 2012, sendo que a previsão é de que a obra custe 8,7 bilhões de reais, dos quais 2,5 bilhões de dólares foram recursos dos participantes do consórcio e o restante seria obtido via financiamento com o BNDES. Está situada a 130 km de Porto Velho, em uma área de mata densa, o que traz dificuldades adicionais para a construção. [4]

O BNDES aprovou em fevereiro de 2009 um financiamento de 7,2 bilhões de reais para o projeto, o que representa o maior valor da história do banco para o financiamento de um único projeto.[3]

Características

Inicialmente prevista com 44 unidades geradoras, a usina terá no total 46 turbinas do tipo bulbo, estando previsto que operará na capacidade máxima até outubro de 2016. Seu reservatório vai alagar uma área de 258 quilômetros quadrados. Para o governo, essa é uma evolução, pois na mesma região há usinas com menor potência que alagam área maior.[4]

Na construção, um problema a ser resolvido é como tratar os resíduos sólidos maiores que descem pelo rio (estima-se que cerca de 1.600 troncos descem diariamente pelo rio). O contrato prevê que os troncos não podem ser devolvidos ao rio, nem serem usados com fins lucrativos.[7]

Há estimativa que a construção da usina injete na economia de Rondônia 42 bilhões de reais em seis anos, elevando Porto Velho de cidade média a cidade grande. Em 2008, já se observou efeitos positivos no comércio, rede hoteleira, emplacamento de veículos e setor imobiliário.[8]

Erro de citação: Elemento de fecho </ref> em falta para o elemento <ref>inserir fonte aqui</ref>== Incidentes durante a construção == Em 6 de março de 2009, a Secretaria de Desenvolvimento Ambiental de Rondônia cancelou a autorização para as obras da usina, sob a alegação de que o deslocamento da barragem da hidrelétrica afetaria em mais 4 km² a Floresta Estadual de Rendimento Sustentável Rio Vermelho A, localizada na margem esquerda do rio Madeira. Trata-se de mais um foco de oposição ao projeto, já que o governador Ivo Cassol fez críticas ao consórcio por comprar madeira fora do estado e de que esse não teria grandes benefícios com o projeto.[9] O secretário minimizou a questão, afirmando que a medida não suspenderia os trabalhos de construção, bem como não existia qualquer conotação política no caso, já que é do interesse do estado a construção da usina.[10]

Em fevereiro de 2009, o órgão local do Ibama já havia embargado parte do canteiro de obras, sob a alegação de que a obra partia de um ponto fora da área autorizada. O órgão ambiental multou o consórcio em 975 mil reais pela construção, além de já ter aplicado anteriormente multa de 475 mil pelo desmatamento de floresta nativa em área de preservação permanente.[11]

As obras foram paralisadas em maio de 2009 devido à expiração da licença de instalação parcial emitida pelo Ibama.[12] Em 3 de junho, o Ibama concedeu a licença ambiental definitiva, liberando a retomada da obra.[13] O Ministério Público Federal e o Ministério Público do estado de Rondônia entraram com ação contra o presidente do Ibama, Roberto Messias Franco, sob a alegação de que a licença concedida para a obra foi dada em desacordo com a legislação ambiental e de licitações.[14]

Em julho de 2009, cerca de 300 manifestantes interromperam a estrada que dá acesso às obras, em protesto contra autuações ambientais do Ibama em uma região a 100 km do local, onde havia extração ilegal de madeira.[15]

No dia 16/03/11, inicio-se uma rebelião por parte dos operários que trabalham na construção da Usina. Eles brigam por melhores condições de trabalho e mais segurança. Trabalhadores da usina de Jirau, no rio Madeira, em Rondônia, estão deixando o canteiro de obras da hidrelétrica na manhã desta quinta-feira (17/03) dizendo que um novo confronto incendiou os alojamentos e escritórios que ainda não haviam sido destruídos. Eles carregam malas e mochilas e dizem que não há mais nenhum alojamento ou escritório em pé. Ontem, 45 ônibus que fazem o transporte dos trabalhadores no local e 35 alojamentos foram queimados ou destruídos em uma briga entre trabalhadores no canteiro de obras. Outras 30 instalações da usina foram danificadas, segundo a Secretaria da Segurança de Rondônia. Os trabalhadores que deixam a obra estão bloqueando a rodovia BR-364 em frente ao acesso ao canteiro de obras com paus e pedras. Um colchão foi incendiado no local. Eles reclamam das condições de trabalho, que há trabalhadores morrendo de malária e que reivindicavam aumento de salário. Agora, eles reivindicam também transporte para chegar a Porto Velho, cerca de 150 km da usina. A Secretaria da Segurança do Estado confirmou que houve novo incêndio (17/03), mas não têm informação sobre o número de alojamentos queimados. A Polícia Militar está enviando reforço de tropas para tentar controlar a situação no local.

Críticas internacionais

A Bolívia expressou sua preocupação com o impacto ambiental e sanitário que as usinas de Santo Antônio e Jirau poderão causar, tendo em vista a proximidade de sua construção com a fronteira daquele país (100 km). Há preocupação com a proliferação de doenças como dengue e malária devido aos espelhos d'água que serão formados.[16] Confirmando as preocupações do governo boliviano, em agosto de 2009 foi anunciado que os casos de malária no distrito de Jaci-Paraná (distrito de Porto Velho) nos sete primeiros meses de 2009 em relação ao mesmo período do ano anterior aumentaram 63,6%, ainda que a própria autoridade sanitária reconheça que isso decorre do fato da população na região ter triplicado.[17]

Em 14 de março de 2009, o Brasil foi condenado simbolicamente pelo Tribunal da Água, uma corte de ética dentro do Fórum Mundial da Água realizado em Istambul, devido à construção das duas usinas no rio Madeira, que podem prejudicar a vida da população indígena, alterar os ciclos fluviais e a biodiversidade.[18]

Referências

  1. Ordoñez, Ramona (4 de junho de 2009). «Recomeçam obras da usina de Jirau no Rio Madeira». O Globo. Consultado em 27 de agosto de 2009 
  2. Press Release ESBR
  3. a b BNDES aprova maior financiamento de sua história para a usina Jirau
  4. a b c d O Globo - Suez vence leilão de Jirau e fala em antecipar geração
  5. Agência Brasil - Lula e seis ministros visitam obras de hidrelétricas do Rio Madeira
  6. Usina Jirau inicia operação em 2012
  7. Agência Brasil - Começa a concretagem da primeira casa de força de usina no Madeira
  8. «Usina de Jirau deve injetar R$ 42 bi na economia de Rondônia em seis anos». Agência Brasil. 11 de março de 2009. Consultado em 9 de agosto de 2009 
  9. Governo de Rondônia cancela licença para Jirau
  10. Agência Brasil - Governo de Rondônia minimiza suspensão de autorização para Usina de Jirau
  11. Usina de Jirau é paralisada pelo Ibama por usar área não autorizada
  12. Obras na Usina de Jirau estão suspensas, informa consórcio
  13. Estadão - Ibama libera licença definitiva da usina de Jirau
  14. Lourenço, Luana (7 de julho de 2009). «Ministérios públicos em Rondônia abrem processo contra presidente do Ibama». Agência Brasil. Consultado em 27 de agosto de 2009 
  15. Agência Brasil - Manifestantes mantêm paradas obras da Usina de Jirau
  16. Bolívia expressa preocupação com construção de represas no rio Madeira
  17. Craide, Sabrina (15 de agosto de 2009). «Malária aumenta 63% em distrito de Porto Velho por causa de construção de usinas». Agência Brasil. Consultado em 27 de agosto de 2009 
  18. Tribunal da Água condena Brasil por más práticas