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Usuária:Nutsie04/Anne Mungai

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Nutsie04/Anne Mungai

Dra. Anne G. Mungai (nascida em 1957) é uma diretora de cinema queniana.[1] Ela é mais conhecida por seu longa-metragem, Saikati (1992).[2] Seus trabalhos exploram as histórias de jovens mulheres africanas e os desafios que enfrentam enquanto navegam na África pós-colonial.[3]

Anne Mungai formou-se no Instituto de Comunicações de Massa do Quênia e passou a trabalhar lá.[4] Ela é a diretora-fundadora do Teatro Infantil da Rua Shangilia.

Em 1993, Mungai co-fundou a Muheres no Cinema no Quênia, afiliada à Mulheres Africanas em Filme e Vídeo como comitê provisório da sua seção no Quênia.[5]

Carreira de direção

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A carreira de diretora de Anne Mungai começou em 1980 com seu primeiro curta intitulado Nkomani Clinic.[4] Desde então, dirigiu diversos curtas-metragens, além de seu primeiro longa-metragem, Saïkati.[1] Este filme, como muitas das obras de Mungai, centra-se numa personagem feminina que vive na África durante uma época dividida entre as práticas culturais tradicionais africanas e aquelas trazidas do mundo ocidental durante a colonização.[4]

Saikati (1992)

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Saikati foi financiado pelo Instituto de Comunicação de Massa do Quênia, já que Mungai era ex-aluna da escola, sendo o equipamento fornecido pela Fundação Fredrick Engel.[2] O roteiro foi elaborado no Instituto com a ajuda de um consultor de roteiro. Mungai e o consultor de roteiro, entretanto, não tiveram a mesma visão para Saikati durante o processo de escrita, o que significa que Mungai não tinha licença criativa total para o filme.[2] Algumas das cenas adicionadas ao filme foram contra os desejos de Mungai em relação ao conteúdo cultural e à história que ela tinha em mente, embora Mungai ainda tenha conseguido transmitir a mensagem principal ao seu público.[2] O filme analisa tópicos que envolvem os desafios que as mulheres enfrentam devido à urbanização do Quênia: quão difícil é navegar na deriva rural-urbana do país e ao mesmo tempo trabalhar para descobrir quem são em termos de educação, crenças e sexualidade e como eles se encaixam na África pós-colonial.[3] Saikati analisa esses tópicos de um ponto de vista interseccional. (ou seja, através de representações de classe, gênero, sexualidade, idade e etnia).[4]

O filme retrata uma jovem chamada Saikati que está em conflito entre querer frequentar a universidade para estudar na cidade e seguir o desejo de seus pais de se casar com o filho do chefe, o que sua família já arranjou. No final das contas, ela decide fugir da vida tradicional que conheceu e vai morar com sua prima Monica na cidade. Monica diz que pode ajudar Saikati a conseguir um emprego para que ela possa estudar. Assim que Saikati chega à cidade, porém, ela percebe que sua prima é prostituta e que o emprego que ela arranjou para ela é na mesma profissão. Saikati se vê presa “entre dois males: o casamento forçado e a prostituição”.[2] Saikati percebe que embora queira fugir do casamento forçado, ela não quer perder as práticas culturais que deixou para trás nos Maasai “Maara”. Ela decide que a cultura que deixou para trás ainda faz parte de quem ela é, mesmo que ela desejasse estudar.[4]

Filme Ano
Nkomani Clinic 1980
The Beggar’s Husband 1980
The Tomorrow’s Adult Citizens 1981
Together We Build 1982
Wekesa at Crossroads 1986
Productive Farmlands 1990
Faith 1991
Root 1 1991
Saikati (online) 1993
Pongezi 1993
Usilie Mtoto wa Africa 1994
Tough Choices 1998
Saikati The Enkabaani 1998
Promise of Love 2000

[4]

Ano Prêmio Tipo de Prêmio
1993 FESPACO-UNICEF Prêmio para melhor projeção da imagem de uma mulher africana
1993 APAC Prêmio da Associação de Profissionais de Comunicação para melhor Diretora Africana — Burkina Faso
1994 Prêmio de Comendação de Chefe de Estado
1994 M-Net Prêmio de mérito especial
1995 FESPACO Prêmio de Melhor Documentário em Vídeo
1996 Embaixada do Chile Prêmio Gabriella Mistral
1999 Plan International Prêmio de Filme do Diretor (Para Saikati)
1999 Festival Internacional de Cinema de Zanzibar Prêmio Especial do Diretor do Júri
2022 Prêmios Mulheres no Cinema Personalidade feminina mais influente

[6]

Referências

  1. a b Roy Armes (2008). «Mungai, Anne». Dictionary of African Filmmakers. [S.l.]: Indiana University Press. ISBN 978-0-253-35116-6 
  2. a b c d e Petty, Sheila J (1996). «"How an African Woman Can Be": African Women Filmmakers Construct Women». Discourse. 18: 72–88 – via ProQuest 
  3. a b Cham, Mbye (1994). «African Women and Cinema: A Conversation With Anne Mungai». Research in African Literatures. 25: 93–104 – via JSTOR 
  4. a b c d e f 1 Raoul, Valerie 2 Levitin, Jacueline 3 Plessis, Judith (2002). Women Filmmakers: Refocusing. Vancouver: UBC Press 
  5. Beti Ellerson, Interview with Anne Mungai, 1997.
  6. «SPLA | Anne G. Mungaï». www.spla.pro. Consultado em 30 de outubro de 2019 

Leitura adicional

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Ligações externas

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