Usuário(a):Andréia Neves Figueredo/Testes

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Andréia Neves Figueredo/Testes
Localização -

O Museu do Ouro é um museu brasileiro inaugurado em 16 de maio de 1946 na cidade de Sabará, Minas Gerais.[1] Em 23 de abril de 1945, o Presidente da República Getúlio Vargas, por intermédio do Decreto n° 7.483, cria o Museu do Ouro, sendo a instituição inaugurada no dia 16 de maio de 1946. Ao longo da segunda metade do século XX e início do século XXI, o museu esteve sob a administração de diversos órgãos federais ligados ao patrimônio histórico e artístico. Tal situação reflete a própria trajetória de consolidação da área cultural em nosso país. Desde 2009, o museu encontra-se sob a gestão do Instituto Brasileiro de Museus - IBRAM, autarquia federal ligada ao Ministério da Cultura.

História[editar | editar código-fonte]

O museu está instalado em uma casa do século XVII, com arquitetura do período colonial do século XVII. O edifício já abrigou a Antiga Casa de Intendência e Fundição, onde era feita a cunhagem e a tributação do ouro, mais conhecida como a cobrança do quinto pela Coroa Portuguesa, extraído da Comarca do Rio das Velhas. Com o fim das atividades tributárias, o prédio foi a leilão, no ano de 1840, assim foi transformado em moradia, posteriormente em escola até ser adquirido pela Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira e ser doado ao Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN). Com isso, o prédio é reformado e transformado em museu no ano de 1946.

Em seu acervo constam peças e equipamentos utilizados na garimpagem e na arte de ourivesaria.[2] O museu também guarda uma prensa, datada no ano de 1670, utilizada em casas de fundição e um engenho de triturar minério de ouro, com o qual se substituía a mão de obra escrava no oficio. Além das exposições, funciona no local uma biblioteca especializada na história de Minas Gerais e do Brasil.[3]

O Instituto Brasileiro de Museus, órgão do Ministério da Cultura, administra o local.[4]

Edifício[editar | editar código-fonte]

A Casa de Fundição de Sabará entrou em funcionamento em julho de 1734. Entretanto, já no ano seguinte a Coroa Portuguesa adotou novo sistema de cobrança do Real Quinto, conhecido por Capitação, e as Casas de Fundição foram extintas. Criaram-se, então, nas vilas sedes de Comarca, as Intendências do Ouro. Estabelecida por Carta Régia datada de 28 de janeiro de 1736, a Real Intendência do Ouro de Sabará era uma das mais importantes da região das Minas Gerais devido à sua área de abrangência e volume de produção de ouro. Funcionou de forma autônoma, até 1750, quando nova reestruturação administrativa recria as antigas casas de fundição, integrando-se a elas as já existentes intendências.

           O restabelecimento da Casa de Fundição de Sabará acontece por intermédio de Ofício datado de 21 de julho de 1751, porém, devido ao precário estado de conservação da construção, são solicitadas providências para a sua reforma. Diante da situação, a Carta Régia de 1º de agosto de 1751 determina a reedificação do prédio, assim como a vinda, da cidade do Rio de Janeiro, de material e equipamentos para seu funcionamento. Como resultado dessas intervenções, é possível que a edificação tenha adquirido as suas características arquitetônicas atuais, tornando-se um sobrado, ficando o primeiro pavimento ocupado pelas instalações administrativas e o segundo utilizado como residência dos intendentes, ganhando, com isso, seus elementos decorativos internos, como os forros de madeira apainelados dos tetos das salas. 

           Em meados do século XIX, todas as casas de intendência e fundição já haviam paralisado as suas atividades, sendo a de Sabará extinta no ano de 1830. Porém, a abolição formal desses estabelecimentos só iria ocorrer por lei em 25 de outubro de 1832, já durante o Segundo Reinado. Com o término das suas atividades administrativas, a construção foi levada a leilão em 1840, sendo arrematada pelo Comendador Séptimo da Paula Rocha, que passou a utilizá-la como sua residência, instalando também no local uma escola.

O prédio, tombado como Patrimônio Nacional, em 28 de junho de 1950, tem sua estrutura arquitetônica constituída por vigas de sustentação e armações do telhado, em madeira; telhas coloniais, em cerâmica; paredes em taipa de mão ou pau-a-pique, com revestimento em tijolos e massa de adobe e pintura em cal virgem, com acabamento em tinta a óleo nas estruturas das portas, janelas, sacadas e beirais.

O Museu do Ouro possui um arquivo histórico e uma biblioteca, instalados em uma unidade anexa, a Casa Borba Gato. Trata-se, também, de uma construção tipo sobrado do século XVIII, tombada como Patrimônio Nacional, em 17 de junho de 1938.

Coleção[editar | editar código-fonte]

O acervo museológico do Museu do Ouro começou a ser constituído em meados da década de 40 do século XX. Inicialmente, foram adquiridos, por meio de compras e doações de famílias tradicionais do estado de Minas Gerais, objetos relacionados a costumes sociais e práticas de mineração. A instituição, atualmente, possui um acervo museológico composto por 879 itens, 54% em exposição e 46% em reserva técnica, constituídos na sua maioria por peças de mobiliário, armaria, porcelanas, imaginária religiosa, maquetes e objetos ligados à prática da mineração (séculos XVIII e XIX).      

A última incorporação significativa de acervo museológico aconteceu no ano de 1975, quando foram doadas ao museu pelo engenheiro A. G. N. Chalmers, antigo diretor da Companhia de Mineração Morro Velho, 130 amostras minerais que passaram a constituir a Coleção Red Cross.

O acervo museológico do Museu do Ouro começou a ser constituído em meados da década de 40 do século XX. Inicialmente, foram adquiridos, por meio de compras e doações de famílias tradicionais do estado de Minas Gerais, objetos relacionados a costumes sociais e práticas de mineração. A instituição, atualmente, possui um acervo museológico composto por 879 itens, 54% em exposição e 46% em reserva técnica, constituídos na sua maioria por peças de mobiliário, armaria, porcelanas, imaginária religiosa, maquetes e objetos ligados à prática da mineração (séculos XVIII e XIX).      

A última incorporação significativa de acervo museológico aconteceu no ano de 1975, quando foram doadas ao museu pelo engenheiro A. G. N. Chalmers, antigo diretor da Companhia de Mineração Morro Velho, 130 amostras minerais que passaram a constituir a Coleção Red Cross.

O arquivo documental histórico e a biblioteca estão instalados em uma outra construção, localizada nas imediações do museu, chamada de Casa Borba Gato. Apesar do nome, não há qualquer tipo de comprovação histórica de que o bandeirante paulista, Manoel de Borba Gato, tenha residido no local. Tal associação, possivelmente, deve-se ao endereço do imóvel, situado à Rua Borba Gato, n° 71.

O acervo do arquivo documental histórico começou a ser constituído desde a criação do Museu do Ouro, em 1945, e compõe-se de documentação cartorial originada nas Ouvidorias e Provedorias, nos Cartórios do Primeiro e Segundo Ofícios, da antiga Comarca do Rio das Velhas, séculos XVIII e XIX, cuja sede, desde 1714, foi a outrora Vila Real de Nossa Senhora da Conceição do Sabará, hoje cidade de Sabará.

A coleção bibliográfica, iniciada em meados dos anos 40 do século XX, através de doações de entidades públicas, privadas e particulares, possui mais de 3.300 títulos registrados entre os quais se encontram obras referentes à formação do estado de Minas Gerais e do Brasil, arquitetura e história da arte, incluindo valiosa coleção de obras raras com edições que datam do século XVIII.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Conhecendo Museus - Episódio 20: Museu do Ouro

Referências

  1. Cleber Paes (6 de março de 2015). «Museu do Ouro, uma viagem ao passado sabarense». SouSabará. Consultado em 28 de abril de 2017 
  2. «Casa da Intendência (Sabará, MG)». Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN. 13ª Coordenação Regional. 1995. Consultado em 28 de abril de 2017 
  3. Anthony Mohammad. «Museu do Ouro de Sabará (MG)». Gazeta de Beirute. Consultado em 28 de abril de 2017 
  4. «Museu do Ouro (Sabará, MG) amplia horário de visitação». Instituto Brasileiro de Museus – IBRAM. Consultado em 28 de abril de 2017 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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