Usuário(a):Syose/Testes2

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

O gavião-carijó (nome cientifico: Rupornis magnirostris) também é conhecido pelos nomes de anajé, gavião-indaié, inajé, ripino, indaié e pega-pinto,[1] é um gavião da família dos acipitrídeos, encontrado em diferentes ambientes, ocorrendo do México à Argentina e em todo o Brasil.[2] É uma espécie bastante comum e adaptada às ações antrópicas, podendo ser observado habitando ambientes urbanos. No Brasil, é a espécie de gavião mais abundante. Seu nome popular refere-se ao padrão de sua plumagem encontrada no peito.[3]

Descrição[editar | editar código-fonte]

O comprimento do corpo do gavião-carijó é de 33 a 41 centímetros e a envergadura é de cerca de 75 centímetros. Um macho adulto pesa aproximadamente 250 gramas e uma fêmea pesa 300 gramas. Apresenta plumagem variando de cinza a marrom e negro nas partes superiores, peito cinza, asas com base das primárias ferrugíneas, partes inferiores barradas de canela, cauda com quatro ou cinco faixas escuras, ceroma, íris e tarsos amarelos.[4]

Distribuição e Habitat[editar | editar código-fonte]

O Gavião-Carijó é encontrado na América do Sul e Central. Foi catalogado na Argentina, Belize, Brasil, Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Guatemala, Honduras, México, Paraguai, Peru, Estados Unidos e Uruguai.[5]

A espécie vive em áreas semi-abertas, como bordas de florestas, estradas e plantações.[6] [7]A espécie evita florestas densas e grandes áreas abertas ou sem áreas.[7]

Alimentação[editar | editar código-fonte]

Sabe-se que este gavião se alimenta principalmente de artrópodes, pequenos lagartos, cobras, pássaros e roedores, podendo em certas ocasiões capturar morcegos em seus pousos diurnos. [8] Seu principal método de caça consiste em sair a partir de um poleiro (galhos, postes, fios de eletricidade), se atirando sobre a presa em seguida.[4]

Reprodução[editar | editar código-fonte]

Na época de reprodução essas aves vocalizam com maior frequência do que nas demais etapas de seu ciclo de vida. Procuram uma árvore não muito alta para construir o ninho (geralmente em torno de 5 a 10 metros). O gavião-carijó vive em casais que constroem ninhos com cerca de meio metro de diâmetro no topo de árvores. A postura de em média 2 ovos é depositada sobre um revestimento de folhas secas e incubada pela fêmea. Durante este período de incubação, de cerca de um mês, a fêmea é alimentada pelo macho.[4]

Hábitos[editar | editar código-fonte]

Possui hábito solitário, ou pode ser encontrado aos pares. Passa a maior parte do tempo empoleirando no alto de árvores, muros, fios ou postes de eletricidade. Possui um grito de alerta característico, emitindo assim que qualquer intruso aproxime-se de seu território. Nas primeiras horas da manhã, costuma planar em círculos, patrulhando seu território. Quando voa em casal, um vocaliza para o outro durante vários minutos.[9]

Ameaças[editar | editar código-fonte]

O gavião-carijó vem sofrendo diversas ameaças. Dentre as principais ameaças para esta espécie, talvez a principal seja referente à má fama que essas aves têm entre a população. No período de reprodução é comum entre os gaviões proteger sua prole e toda a área próxima do ninho contra qualquer invasor. Às vezes, a árvore escolhida para construir o ninho fica próxima a alguma residência ou até mesmo a algum edifício, fazendo com que os gaviões passem a atacar os moradores ou qualquer outra pessoa que se aproxime do ninho. [3] Infelizmente, devido a casos assim, que são bastante comuns, os gaviões são vistos como “ameaçadores” ou perigosos para as pessoas, o que acaba incentivando a destruição de ninhos e perseguição dessas aves. Muitas reportagens que relatam casos similares colocam essas aves de rapina como “vilões”, o que piora ainda mais a fama dos gaviões. Quando ocorrem casos assim, o correto é evitar a aproximação do ninho, pois eles estão apenas aproveitando o pouco que resta das árvores dos centros urbanos, onde antes era seu habitat natural para se reproduzir. [3] Além disso, passado o período de reprodução esse comportamento acaba. Outra ameaça para esta espécie é o abate indiscriminado, pois são consideradas prejudiciais para as criações domésticas, e como essa espécie habita campos abertos e centros urbanos, torna–se alvo fácil de caça.[3]

Subespécies[editar | editar código-fonte]

De acordo com Alan P. Peterson , esta espécie consiste nas seguintes 12 subespécies:[10]

  • Rupornis magnirostris magnirostris (Gmelin, 1788);
  • Rupornis magnirostris griseocauda (Ridgway, 1874);
  • Rupornis magnirostris conspectus (J. L. Peters, 1913);
  • Rupornis magnirostris sinushonduri (Bond, 1936);
  • Rupornis magnirostris petulans (P. L. Sclater & Salvin, 1869);
  • Rupornis magnirostris alius (J. L. Peters & Griscom, 1929);
  • Rupornis magnirostris occiduus (Bangs, 1911);
  • Rupornis magnirostris saturatus (P. L. Sclater & Salvin, 1876);
  • Rupornis magnirostris nattereri (P. L. Sclater & Salvin, 1869);
  • Rupornis magnirostris magniplumis (W. Bertoni, 1901);
  • Rupornis magnirostris pucherani (J. Verreaux & E. Verreaux, 1855);
  • Rupornis magnirostris gracilis (Ridgway, 1885);

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. «Gavião-carijó (Rupornis magnirostris) | Aves de Rapina Brasil». www.avesderapinabrasil.com. Consultado em 15 de agosto de 2019 
  2. «Roadside Hawk - Distribution | Neotropical Birds Online». neotropical.birds.cornell.edu. Consultado em 22 de agosto de 2019 
  3. a b c d Rosado, Fabio Rogério; Santos, Willian Menq (10 de agosto de 2009). «Dados Preliminares da Biologia do Gavião-Carijó (Rupornis magnirostris, Gmelin, 1788) na Região Noroeste do Paraná». Revista em Agronegócio e Meio Ambiente (em inglês). 2 (3): 421–430. ISSN 2176-9168 
  4. a b c «gavião-carijó (Rupornis magnirostris) | WikiAves - A Enciclopédia das Aves do Brasil». www.wikiaves.com.br. Consultado em 15 de agosto de 2019 
  5. «The IUCN Red List of Threatened Species». IUCN Red List of Threatened Species. Consultado em 15 de agosto de 2019 
  6. «Roadside Hawk - Distribution | Neotropical Birds Online». neotropical.birds.cornell.edu. Consultado em 15 de agosto de 2019 
  7. a b «Roadside Hawk - Rupornis magnirostris - Species Information and Photos». sdakotabirds.com. Consultado em 15 de agosto de 2019 
  8. «Roadside Hawk (Rupornis magnirostris)». www.hbw.com (em inglês). Consultado em 22 de agosto de 2019 
  9. «Gavião-carijó (Rupornis magnirostris) | Aves de Rapina Brasil». www.avesderapinabrasil.com. Consultado em 22 de agosto de 2019 
  10. «ADW: Buteo magnirostris: CLASSIFICATION». animaldiversity.org. Consultado em 22 de agosto de 2019