Usuário(a):8BPZ1J/As armas secretas

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
8BPZ1J/As armas secretas
Autor(es) Julio Cortázar
Cronologia
Final del juego
Historias de cronopios y de famas

As armas secretas é o terceiro livro de contos do escritor argentino Julio Cortázar, publicado em 1959 pela Editorial Sudamericana.[1][2][3][4][5][6]

É uma obra que encerra alguns dos mais emblemáticos contos do escritor argentino, como "El perseguidor". [...] Este livro de apenas cinco relatos será, com o tempo, ao lado de "Final del juego" e "Historias de cronopios e de famas", um dos títulos de referência da excelente y diversificada narrativa 'cortazariana'. É certo que os cinco contos são explêndidos e justificariam a fama de um escritor por si mesmos.

Artigo no periódico El Mundo

Os bons serviços[editar | editar código-fonte]

Madame Francinet é uma idosa viúva que aluga uma humilde habitação que paga com os esporádicos trabalhos como empregada doméstica que consegue. Um dia qualquer, aparece Madame Rosay, uma antiga cliente, que gostaria da contratar Francinet para que a ajude durante uma festa em sua casa. No dia em questão, Madame Francinet apresenta-se logo cedo e descobre que o trabalho que deverá realizar é o de cuidar dos cães da família, para que não incomodem os convidados da festa. Depois de várias horas, Madame Francinet termina seu trabalho e vai à cozinha para esperar seu pagamento e poder ir embora, mas parece que os poucos convidados que ainda permanecem na festa, simplesmente ignoram sua presença, assim como os outros criados, que sequer lhe oferecem alguma coisa para beber. Depois de um tempo apresenta-se na cozinha Monsieur Bébé, um homem jovem e muito pálido, que a convida para beber whisky e mantém conversa com ela. Madame Francinet sente-se, pela primeira vez durante toda aquela noite, um pouco importante, mas isso termina quando os anfitriões a vêem e lhe dão o dinheiro para que vá embora de uma vez. Tempos depois Monsieur Rosay oferece-lhe dez mil francos para fingir ser a mãe de um homem que morreu e ela, sem perceber realmente a situação, acaba aceitando. Quando chegam ao velório, Madame Francinet compreende que o homem morto é Monsieur Bébé e começa a chorar sem necessidade de fingir. Ao mesmo tempo, aparecem indícios da homosexualidade de Bébé e dos aparentes conflitos que existiam entre vários de seus amantes. A história termina com Madame Francinet acalmando-se ao ver ao sacerdote entrar para acompanhar o caixão ao cemitério.

O perseguidor[editar | editar código-fonte]

Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; refs sem parâmetro de nome devem ter conteúdo associado

O conto, baseado na vida de Charlie Parker, narra a história de um magnífico músico saxofonista. O protagonista, Johnny, é um ser mágico quando tem um saxofone nas mãos, mas sua vida diária tem características trágicas. A história começa com Bruno, crítico de jazz, recebendo um telefonema de Dedée, amante que vive com Johnny em um quarto de hotel. Quando Bruno vai até lá a pedido de Dedée, percebe as más condiçõesem que vive seu colega e amigo, Johnny. (De fato, Bruno escreveu e publicou um livro biográfico sobre Johnny que tem vendido muitas cópias). Bruno conversa com Johnny, e este lhe conta que perdeu seu saxofone no metrô e que não tem dinheiro para comprar outro. Bruno oferece uma garrafa de rum, que eles tomam com café. Dedée fala sobre a condição de saúde de Johnny, que está com febre. Johnny pensa que não é necessário chamar um médico; Bruno pensa nessa estranha obsessão que Johnny tem com o tempo: começa a falar do tempo que ele passa no metrô, e como isso o transporta para outro tempo. Dedée diz a Bruno que Johnny tem sede, mas na verdade está se referindo à necessidade de Johnny por drogas.

Em O perseguidor, o músico de jazz Johnny Carter regressa da morte alucinando com uma enorme quantidade de sons incompreensíveis. Segundo o jornal madrileno O Mundo «talvéz se trate da melhor adaptação de [o mito de] Orfeu que tenha sido feita nos tempos atuais».[1]

As armas secretas[editar | editar código-fonte]

O conto inicia com um jovem, Pierre, que espera a sua namorada em seu apartamento. Depois de esperá-la por muito tempo decide descer ao café que fica para perto de sua casa, onde finalmente encontra sua namorada Michèle. Pierre perde-se em seus pensamentos enquanto Michèle conversa com dois amigos que se tinham se reunido com eles. Depois vão embora, enquanto Pierre pensa que finalmente poderão ficar juntos, pois os pais de Michèle irão viajar no dia seguinte e eles poderão ficar sozinhos na casa dela.

Ao longo do dia Pierre perde-se totalmente em suas divagações, sempre imaginando a casa de Michèle, que tem uma bola de cristal no corrimão da escada, e se perguntando por que Michèle ainda não tem concordou em ter relações sexuais com ele. Passa toda a tarde e a noite em seus pensamentos e, sem perceber, de repente está indo com Michèle para sua casa, sem ter quase dormido em toda a noite.[7]

Quando chegam, ele percebe que, na realidade, não tem uma bola de crista no corrimão, ainda que essa imagem continue em sua mente. Depois de um momento ele começa a beijar Michèle, mas quando ela tenta afastar-se, por um momento ele tenta forçar uma relação e estuprar a moça.[7]

No final do conto, Pierre volta à casa dela e entra no seu quarto, ela tenta gritar mas está amarrada e amordaçada, Pierre chega perto e lentamente, enquanto retira as folhas secas da sua cara, volta a estuprar Michèle.[7]

Referências[editar | editar código-fonte]

1.      Juan Ángel Juristo. Disponível em:  Las armas secretas. Julio Cortázar / 1959 / RELATOS / ARGENTINA. (em espanhol). Acessado em: 17 abril de 2024  

2.     Beltzer, Thomas (abril de 2005). Disponível em: La mano negra: Julio Cortázar and his influence on cinema (em inglês). Senses of Cinema. Acessado em: 17 de abril de 2024.

3.     Terramorsi, Bernard (1994). Disponível em : Le fantastique dans les nouvelles de Julio Cortázar: rites, jeux et passages (em francês). ISBN 9782738423870. Acessado em: 17 de abril de 2024.

4.     «Las armas secretas – Julio Cortázar». [esta referência encontra-se em web site privado].  

5.      Abelardo, Castillo (1959). Disponível em: Abelardo Castillo habla sobre Cortázar. (em espanhol). El Grillo de papel Nº 2. Acessado em:  17 de abril de 2024.

6.      Noir, Mouton. Disponível em: Les armes secrètes. (em francês).  Lecture / Ecriture. Acessado em:  17 de abril de 2024

7.


8. Martín Lucas-Pérez (15 de agosto de 2007). [esta referência não está mais disponível na web]

[[Categoria:Literatura latino americana]] [[Categoria:Contos]]

  1. a b Juan Ángel Juristo. «Las armas secretas. Julio Cortázar / 1959 / RELATOS / ARGENTINA». Consultado em 14 de febrero de 2013  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  2. Beltzer, Thomas (abril de 2005). «La mano negra: Julio Cortázar and his influence on cinema» (em inglés). Senses of Cinema. Consultado em 16 de junio de 2012  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  3. Terramorsi, Bernard (1994). «Le fantastique dans les nouvelles de Julio Cortázar: rites, jeux et passages» (em francés). ISBN 2738423876, 9782738423870 Verifique |isbn= (ajuda). Consultado em 16 de febrero de 2013  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  4. «Las armas secretas – Julio Cortázar». Gruñidos de un balrog. 24 de mayo de 2006. Consultado em 16 de febrero de 2013  Verifique data em: |acessodata=, |data= (ajuda)
  5. Abelardo, Castillo (1959). «Abelardo Castillo habla sobre Cortázar». El Grillo de papel Nº 2. Consultado em 16 de febrero de 2013  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  6. Noir, Mouton. «Les armes secrètes». Lecture / Ecriture. Consultado em 16 de febrero de 2013  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  7. a b c Martín Lucas-Pérez (15 de agosto de 2007). «Las armas secretas». Shvoong. Consultado em 14 de febrero de 2013  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)