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Como ler uma infocaixa de taxonomiaPato-mergulhão

Estado de conservação
Espécie em perigo crítico
Em perigo crítico
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Anseriformes
Família: Anatidae
Género: Mergus
Espécie: M. octosetaceus
Nome binomial
Mergus octosetaceus
Vieillot, 1817

O pato-mergulhão ( nome científico: Mergus octosetaceus) é uma ave endêmica do Brasil da família Anatidae e do género Mergus. É uma das 10 aves aquáticas mais raras , emblemáticas e ameaçadas de extinção do mundo[1].

Características[editar | editar código-fonte]

A primeira descrição se deu no Século XIX em 1817 pelo naturalista e especialista em estudo das aves , o francês Louis Jean Pierre Vieillot .[2] Seu tamanho médio é cerca de 55 centímetros ,apresenta um bico de 3,2 cm uma cauda de 10 cm e uma asa com cerca de 21 cm. Possui pés vermelhos . O pato mergulhão possui um bico alongado , fino ,  côncavo e serrilhado o que lhe confere um titulo de   embaixador das águas na captação de peixes no ato do mergulho e costumam repousar em rochas, troncos e galhos caídos.O  macho apresenta um penacho preto  esverdeado e a fêmea apresenta um comprimento reduzido  com uma coloração  chocolate.

Foi reconhecido como "Símbolo das águas brasileiras" em 26 de março de 2018 pelo Ministério do Meio Ambiente através da portaria MMA 79, publicado no DOU em: 26/03/2018 | Edição: 60 | [2]

Distribuição geográfica[editar | editar código-fonte]

Sua população é mais encontrada em áreas montanhosas com rios de pouca profundidade, limpos,transparentes e corrente rápida .Devido ao intenso desmatamento em seu habitat para o incremento da agropecuária, instalação de hidrelétricas como é o caso da Usina Monte Santo no Rio Sono em Tocantis , assoreamento dos rios e a poluição[1] o Pato mergulhão encontra -se tanto Lista vermelha da Bahia de espécies criticamente em extinção ,quanto na Lista as Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção [3] . Estima -se que haja em todo mundo apenas 200 -250 indivíduos , sendo mais encontrados no Brasil podendo destacar a Serra da Canastra em Minas Gerais , Chapada dos Veadeiros em Goiás e Jalapão em Tocantis, parques nacionais que garantem a preservação da biodiversidade da região. Tendo registros recentes de uma restrita população na Serra do Mar em São Paulo. Desta forma , é válido ressaltar a importância das unidades de conservação a fim de garantir a sobrevivência desta espécie. [4]

Reprodução[editar | editar código-fonte]

É um animal que formam pares para toda vida ou seja são monogâmicos . Apresenta um comportamento sedentário e seu período reprodutivo se da por volta de junho a setembro . A cópula entre o macho e a fêmea pode durar de 15-25 segundos e as aves formam ninhos em ocos de árvores ou até mesmo em cavidades rochosas . O papel de incubação é da fêmea enquanto o macho fica patrulhando ou descansando no leito do rio . Após o nascimento , os jovens permanecem com seus pais ou podem debandar a procura de outro território.

Há relatos de reprodução em cativeiro , como é o caso do Zooparque Itatiba , zoológico que paz parte do Plano De Ação Nacional para preservação do Pato-Mergulhão desenvolvido pelo Instituto Chico Mendes de Biologia , que pela primeira vez no mundo foi palco deste fato peculiar onde na ocasião nasceram 4 filhotes da espécie .Que tem por intuito primordial a reprodução e reinserção da espécie extinta na natureza . [2]

Pato mergulho na Serra da Canastra

Base alimentar[editar | editar código-fonte]

A dieta do Pato mergulhão é constituída principalmente por pequenos peixes , larvas de insetos , pequenas enguias e caracóis. A fim de conseguir seu sustento o mesmo sobe e desce o leito do rio. Justamente por isso, a ave necessita de correntes de água límpida e translucida . Quando há a conservação da mata ciliar , os rios dispõe de muito mais peixes podendo destacar o lambari , que é o prato predileto desta ave. [2]

Difícil de ver[editar | editar código-fonte]

Até os anos 90 pouco se sabia a respeito dos hábitos do Pato mergulhão , dado como extinto nas décadas de 40-50 . A partir de 90 foi descoberta uma restrita população no Parque Nacional da Serra da Canastra em Minas Gerais ,a qual está sendo minuciosamente zelada e monitorada por pesquisadores . Devido a brusca redução populacional desta ave , regões antes dada como locais de ocorrência como é o caso dos Estados do Rio de Janeiro , Santa Catarina , São Paulo ou até mesmo na Argentina e Paraguai atualmente são registradas raríssimas observações desta espécie .[5]

Plano de ação para conservação do Pato mergulhão[editar | editar código-fonte]

Em 2006 o Ibama divulgou o Plano nacional de conservação do Pato Mergulhão , que expõe informações sobre a biologia da espécie assim como a indicação da importância das unidades de conservação para preservação desta espécie .Por sua vez na ocasião foi discutido a realização de estudos que visão quantificar os impactos das atividades turísticas em locais de ocorrência da espécie , impactos na economia regional , levantamento de espécies exóticas em áreas de ocorrência do pato mergulhão , criação de um programa de reprodução em cativeiros assim como o aprofundamento dos estudos em genética e também a criação de um banco de dados sobre a espécie.[6]

Referência[editar | editar código-fonte]

  1. a b «Pato-mergulhão pode ser extinto no Tocantins com instalação de usina hidrelétrica». Natureza e Conservação (em Portugues) 
  2. a b c d «Pato mergulhão». Wiki Aves 
  3. «Aves em extinção». Lista vermelha Ba 
  4. Cerrado, Governo Federal (1 de setembro de 2017). «Pato Mergulho». É do Brasil. Consultado em 30 de setembro de 2018 
  5. «Site Inglês Researchgate.» (PDF) 
  6. «Ações de conservação». Instituto Chico Mendes. 14 de julho de 2014 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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