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Triagem Auditiva[editar | editar código-fonte]

Triagem é uma palavra de origem francesa que se refere ao processo de separar, identificar uma determinada característica de um ser/ objeto, e distingui-lo de um outro[1]. Nas ciências médicas e da saúde comumente é utilizada para diferenciar o quadro dos pacientes quanto ao risco, necessidade de urgência ao atendimento e da necessidade de encaminhamentos e acompanhamentos[2]. Quando esse procedimento é realizado a fim de identificar possíveis alterações na função da audição é denominada triagem auditiva.

A triagem auditiva tem por finalidade identificar indivíduos com uma maior probabilidade de possuírem problemas auditivos[3], e diante da necessidade, realizar o mais rapidamente possível os encaminhamentos necessários, em busca de uma reabilitação adequada e precoce[4]. Consiste em um procedimento simples, rápido, não invasivo e indolor, que possibilita a identificação das chances do paciente ter perda auditiva, em caso de o paciente não passar nesse exame de triagem, deve ser encaminhado para o otorrinolaringologista e ao fonoaudiólogo, com vistas a fazer avaliação auditiva completa e seguir para um diagnóstico e intervenção adequadas para o caso[4]. Os exames mais comumente utilizados para a realização da triagem auditiva é:

Estes são mais rápidos, simples e objetivos, e conseguem resultados mais fidedignos, a falha nesses exames implica na necessidade de avaliação e acompanhamento específico[4]. O profissional habilitado para realizar esses exames de triagem é o fonoaudiólogo[5], que realiza tanto a triagem como a avaliação audiológica completa e junto com o otorrinolaringologista, conduzem à melhor estratégia de reabilitação

A Política Nacional de Saúde Auditiva- PNSA [6] [7] decretou que no âmbito do Sistema Único de Saúde- SUS, a média complexidade é a responsável por realizar a triagem auditiva, na população [6]. Ela pode ser realizada nos indivíduos ao longo da vida, mas, a prática mais difundida é a que abarca as triagens de neonatos, porém, pode ser realizada em escolares, adultos e idosos.

Triagem Auditiva Neonatal[editar | editar código-fonte]

A triagem auditiva neonatal[8] é a denominação dada, ao procedimento de avaliação da audição de neonatos, é o tipo de triagem auditiva mais difundida e realizada na população. É realizada por um fonoaudiólogo e está inclusa no grupo de triagens do bebê recém nascido, e visa selecionar o bebê que possui chances de ter a perda auditiva, para que seja encaminhado outros exames adicionais e reabilitação precoce se necessário.

Triagem Auditiva Escolar[editar | editar código-fonte]

A Triagem Auditiva Escolar- TAE é o processo de triagem auditiva direcionada aos indivíduos em idade escolar[9]. Tal procedimento é realizado por considerar as necessidades que tais indivíduos tem de aprendizagem nesta fase, e reconhecer a importância que a audição tem na percepção e memorização das informações estudadas em sala de aula. Esse procedimento irá monitorar a audição dos pacientes que já foram diagnosticados anteriormente e aqueles que podem ter adquirido algum tipo de dificuldade auditiva durante o seu desenvolvimento até tal fase. Diversos estudos apontam a importância da triagem não apenas quando a criança nasce[9], mas também na fase escolar, por ser muito comum o acometimento de crianças a otites e gripes, além de muitas apresentarem cerúmen, que são impedimentos mecânicos da passagem do som, inibindo assim uma captação das informações sonoras, o que impactará na mensagem que está sendo dita, o que prejudica a comunicação e a linguagem, que impactará também na leitura e na escrita. Mesmo não sendo uma ação corriqueira nas escolas, estes estudos indicam que o monitoramento auditivo na fase escolar tem um importante papel no diagnóstico e intervenção precoce[10], bem como oportuniza o quanto antes aos alunos a conseguir superar o dano que possa ter sofrido..

Triagem auditiva no adulto e no idoso[editar | editar código-fonte]

A triagem auditiva no adulto e no idoso, são mais utilizadas em alguns momentos:

  • Adulto: Alguns indivíduos na fase adulta, podem ter exposição frequente ao ruído ocupacional em suas atividades laborais, tendo como fator de risco o ruído, é uma obrigatoriedade além de campanhas de prevenção da perda auditiva a realização de avaliações e triagens ocupacionais[11];
  • Idoso: O avanço da idade cronológica provoca o envelhecimento de todas as estruturas do organismo humano, dentre elas as células ciliadas da cóclea. Por esse motivo, frequentemente os idosos possuem o que é chamado de presbiacusia [11] [12], e em busca de detectar e intervir precocemente nos efeitos desta perda auditiva provocada pela idade, é necessário um acompanhamento auditivo com triagens de forma periódica, com vistas a evitar o agravamento, identificar as características da dificuldade e intervir se necessário [11].

Referências

  1. «Triagem». Dicio. Consultado em 9 de julho de 2023 
  2. «Triagem». Wikipédia, a enciclopédia livre. 28 de abril de 2023. Consultado em 9 de julho de 2023 
  3. «M-Health». Wikipédia, a enciclopédia livre. 5 de julho de 2023. Consultado em 10 de julho de 2023 
  4. a b c Tamanini, Daiane; Ramos, Natália; Dutra, Louise Varela; Bassanesi, Humberto José Chisté (2015-Set-Out). «Triagem auditiva escolar: identificação de alterações auditivas em crianças do primeiro ano do ensino fundamental». Revista CEFAC: 1403–1414. ISSN 1516-1846. doi:10.1590/1982-0216201517512314. Consultado em 9 de julho de 2023  Verifique data em: |data= (ajuda)
  5. «Fonoaudiólogo». Wikipédia, a enciclopédia livre. 24 de junho de 2023. Consultado em 10 de julho de 2023 
  6. a b [https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2004/prt2073_28_09_2004.html «Minist�rio da Sa�de»]. bvsms.saude.gov.br. Consultado em 10 de julho de 2023  replacement character character in |titulo= at position 7 (ajuda)
  7. «Política Nacional de Atenção à Saúde Auditiva». Wikipédia, a enciclopédia livre. 16 de junho de 2023. Consultado em 10 de julho de 2023 
  8. «Teste da orelhinha». Wikipédia, a enciclopédia livre. 17 de junho de 2023. Consultado em 10 de julho de 2023 
  9. a b Dias, Débora Miranda; Alves, Sannya Paes Landim Brito; Buna, Samuel dos Santos Soares; Silva-Barbosa, Carlos Eduardo da; Pinto, Maria Eduarda Guelfi; Araújo, Josafá Silva de; Souza, Lucas Furlan Cirqueira de; Duarte, Anna Clara Faria; Vieira, Jade Oliveira (19 de março de 2022). «Triagem auditiva escolar: revisão integrativa da literatura». Research, Society and Development (4): e32211427473–e32211427473. ISSN 2525-3409. doi:10.33448/rsd-v11i4.27473. Consultado em 10 de julho de 2023 
  10. Dadalto, Eliane Varanda; Nielsen, Carmem Silva Carvalho Barreira; Oliveira, Eduardo Augusto Moscon; Taborda, Anelize (dezembro de 2012). «Levantamento da prevalência de distúrbios da comunicação em escolares do ensino público fundamental da cidade de Vila Velha/ES». Revista CEFAC: 1115–1121. ISSN 1516-1846. doi:10.1590/S1516-18462012005000024. Consultado em 10 de julho de 2023 
  11. a b c Balen, Sheila Andreoli; Vital, Bianca Stephany Barbosa; Pereira, Rhadimylla Nágila; Lima, Taise Ferreira de; Barros, Daniele Montenegro da Silva; Lopez, Esteban Alejandro; Diniz Junior, Jose; Valentim, Ricardo Alexsandro de Medeiros; Ferrari, Deborah Viviane (5 de julho de 2021). «Acurácia de instrumentos de custo acessível para triagem auditiva de adultos e idosos». CoDAS: e20200100. ISSN 2317-1782. doi:10.1590/2317-1782/20202020100. Consultado em 10 de julho de 2023 
  12. «Presbiacusia». Wikipédia, a enciclopédia livre. 18 de junho de 2023. Consultado em 10 de julho de 2023