Usuário(a):Miguel Alexandre S. Correia/Testes

O Fanzine Ultra Violenta é um fanzine artístico, fundado e editado em Portugal pelo art director Miguel Alexandre Simões Correia no ano 2020.

Este projeto de exploração visual e conceptual reúne diversos artistas de vários países do mundo.

Cada edição tem um tema único e integra um conjunto de quatro a cinco artistas de diversas áreas. Cada um faz uma interpretação livre do tema escolhido. A cada edição é também atribuída ao artista uma folha previamente intervencionada com algumas texturas de modo a criar uma linha condutora editorial e a incentivar o início do processo criativo. Além desta folha e do tema escolhido não há condicionantes nem briefing adicional.

O fanzine Ultra Violenta incentiva esta forma de expressão artística e envolve os artistas que nela participam num processo criativo de partilha e experimentação.

Registo

Está publicado sob o ISSN: 2184-8629 e pode ser consultada publicamente em:

• Biblioteca de Portugal
• Biblioteca Municipal de Aveiro
• Fanzineteca de Coimbra

Referências

Este fanzine tem um registo visual que colhe inspiração nas culturas punk e grunge, mas também na cultura urbana do graffiti e nos manifestos do movimento artístico dadaísta.

Leva-nos até à era pré-digital, uma época em que os fanzines eram o meio preferencial de divulgação para artistas, bandas musicais, fotógrafos, escritores e ilustradores. Uma época em que a informação era escassa e a melhor forma de afirmar uma ideologia ou convicção seria através deste tipo de publicações. Caracterizadas por serem produzidas com meios simples, pois eram sobretudo auto-publicadas, recorria-se a um processo criativo de mixed-media, usando diversas técnicas como fotografia, recortes, desenho, colagens e, também, fazendo uso da expressividade das fotocopiadoras xerox e da risografia. Tudo isto era usado como forma de criação de um novo meio de divulgação artística, um meio que as pessoas podiam partilhar e através do qual podiam afirmar e debater opiniões.

Origens

O nome já surgiu em 2004, quando pela primeira vez se começou a planear um projeto colaborativo deste género.

É uma brincadeira linguistica derivada do termo raios ultra violeta, inspirado numa revista de referência que é a Raygun e também invocando o termo (ultra violence) que aparece no filme de Stanley Kubrick, Laranja Mecânica.

Ultra, porque é ultra Mordaz, ultra Expressiva, ultra Polémica, ultra Incisiva, ultra Criativa, ultra Violenta!!

Violenta, por ser de força extrema, sem moderação e muito enfática, quer no discurso visual quer na expressividade gráfica.

Lista de publicações

1. Edição #01 - Comer - 2020
2. Edição #02 - Sonho - 2020
3. Edição #03 - Pandemia - 2020
4. Edição #04 - Mutante - 2020
5. Edição #05 - Veneno - 2020
6. Edição #06 - Cicatriz - 2020
7. Edição #07 - Vício - 2020
8. Edição #08 - Esqueleto - 2020
9. Edição #09 - Reflexo - 2020
10. Edição #10 - Força - 2020
11. Edição #11 - Mistério - 2020
12. Edição #12 - Música - 2021
13. Edição #13 - Risografia - 2021
14. Edição #14 - Fotocópia - 2021
15. Edição #15 - Cianotipia - 2021
16. Edição #16 - Não Publicada
17. Edição #17 - Não Publicada
18. Edição #18 - Gula - 2021
19. Edição #19 - Avareza - 2021
20. Edição #20 - Preguiça - 2021
21. Edição #21 - Inveja - 2021

Eventos

2021-

1ª Fanzine Ultra Violenta, Quinzena da cultura visual alternativa, publicação independente, artes plásticas e design experimental de Aveiro:

Esta publicação em formato de fanzine levou em 2021 a uma exposição artística com os trabalhos originais dos 50 artistas que até esse momento tinham participado nas suas 12 edições.

Também neste mesmo ano se promoveu um ciclo de oficinas dedicadas às sub-culturas do D.I.Y (Do It Yourself)

1. Oficina de Patchwork Embutido
2. Oficina de Ilustração e Colagem
3. Oficina de Risografia
4. Oficina de Cianotipia
5. Oficina de Edição de Fanzines
6. Oficina de Caligrafia e Lettering
7. Oficina de Gravura em embalagem cartonada
8. Oficina de Stencil

2022-

2ª Fanzine Ultra Violenta, Cultura visual alternativa, publicação independente, artes plásticas e design experimental em Aveiro:

À data de Abril de 2022 com 24 edições e reunindo mais de 70 artistas e na sequência do primeiro evento em 2021, há a intenção de repetir em Junho de 2022 o mesmo conceito mas com uma dimensão maior e com mais relevância, num evento que se pretende, possa lançar as fundações para a realização no futuro próximo do maior encontro europeu da cultura visual alternativa e do fenómeno “DiY” (faz tu mesmo) na cidade de Aveiro, terá como temática central a publicação independente e o fanzine enquanto forma de expressão sócio-cultural de elevada relevância para as “tribos” urbanas mais underground ao longo dos últimos sessenta anos. Este evento que prevê várias acções, como sejam; exposições de fanzines de colecções nunca trazidas a público, exposições artísticas com as ilustrações contidas nestas publicações, oficinas sobre a temática do “DIY”, ciclo de palestras e concertos de música alternativa tem como principais objetivos: 1- Promover as publicações impressas alternativas ou underground com o público em geral e com os entusiastas destas manifestações editoriais. 2- Trazer à comunidade uma corrente cultural menos conhecida ou dificilmente acessível, que habitualmente está restrita a circuitos não comerciais ou apenas aos fãs. 3- Criar uma oferta cultural alternativa, que habitualmente tem mais dificuldade de chegar ao público em geral. 4 -Agrupar diversas manifestações artísticas, como é o caso da ilustração, colagem, fotografia, banda desenhada, pintura, música e design experimental. 5- Promover artistas emergentes nas áreas mencionadas. 6 -Dar lugar ao debate sobre as diversas formas de manifestação cultural e artística. 7- Criar conteúdos culturais para públicos que habitualmente não são contemplados. Esta ambição tem o apoio da comissão executiva de candidatura de Aveiro a Capital Europeia da Cultura 2027 e é parte integrante do Bid Book que faz a apresentação do projeto cultural para Aveiro 2027.