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Beija-flor-de-costas-violeta na Reserva Particular do Patrimônio Natural Pedra d'Antas em Lagoa dos Gatos, PE
Beija-flor-de-costas-violeta na Reserva Particular do Patrimônio Natural Pedra d'Antas em Lagoa dos Gatos, PE
Estado de conservação
Espécie em perigo
Em perigo [1]
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Apodiformes
Família: Trochilidae
Gênero: Thalurania
Espécie: T. watertonii
Nome binomial
Thalurania watertonii
Bourcier, 1847

O beija-flor-de-costas-violeta (nome científico: Thalurania watertonii)[2] é uma espécie de ave apodiforme da família Trochilidae. É endêmico da Mata Atlântica nordestina, encontrado em florestas úmidas nos estados de Pernambuco, Alagoas, Sergipe e, possivelmente, no extremo norte da Bahia.[3]

Descrição[editar | editar código-fonte]

O beija-flor-de-costas-violeta apresenta dimorfismo sexual. Os machos possuem uma plumagem brilhante e iridescente, são mais pesados, com asas e caudas significativamente maiores, enquanto as fêmeas têm bicos mais longos e plumagem menos vistosa.[4] Os machos possuem aproximadamente 11,8–13 cm de comprimento, incluindo uma cauda de 6 cm; as fêmeas, por outro lado, medem cerca de 10–11 cm de comprimento, com uma cauda de 3,6 cm. Em geral, os indivíduos possuem um peso que vai de 3,7 a 5,2 g.[3]

Os machos têm uma plumagem iridescente chamativa em azul, verde e roxo. A coroa e o pescoço são verde-bronze, o dorso é azul-violeta iridescente, a parte inferior verde-grama brilhante, os flancos azul-violeta e a cauda azul. A cauda é longa e profundamente bifurcada.[3] A plumagem da fêmea é mais tênue, permitindo que fiquem imperceptíveis enquanto constroem ninhos e cuidam de seus filhotes,[5] e a cauda é menor, levemente bifurcada, com uma faixa subterminal azul, um par de rectrizes azul-esverdeadas e uma ponta branca. Os juvenis são semelhantes às fêmeas adultas.[3]

Distribuição e habitat[editar | editar código-fonte]

A maioria dos pesquisadores considera que a espécie é restrita à Mata Atlântica de Pernambuco, Alagoas, Sergipe, e aparentemente ao norte da Bahia, embora não haja registros recentes.[1][6]

Outros cientistas defendem que a ave é encontrada nas terras altas do norte e oeste da América do Sul, incluindo uma grande parte dos Andes, a faixa costeira venezuelana e os tepuis. Também é encontrado na Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Guiana e Peru. No Brasil, está na região norte, no estado de Roraima. Ele consegue viver em ampla gama de habitats verdes semiabertos, como florestas de coníferas ou de eucaliptos, planície e até em jardins e parques.[7]

O beija-flor-de-costas-violeta habita florestas úmidas costeiras, desde o nível do mar até 980 metros.[6] Forrageia em alturas baixas a médias, geralmente na periferia da vegetação.[3]

Ecologia e comportamento[editar | editar código-fonte]

O beija-flor-de-costas-violeta se alimenta do néctar de flores de lianas, cactos, epífitas, árvores e arbustos, ocasionalmente comendo invertebrados capturados no ar (insetos, aranhas, formigas, moscas). Os machos estabelecem territórios que são agressivamente defendidos contra invasores intraespecíficos (relações que ocorrem entre indivíduos de mesma espécie) ou interespecíficos (relações que ocorrem entre indivíduos de espécies diferentes), por isso tem fama de “briguento”.[1]

A cópula ocorre entre novembro e fevereiro. O beija-flor-de-costas-violeta constrói um ninho em forma de taça, feito a partir de radículas e musgo, que são fortemente colados por teias de aranha. O ninho é preso a um galho horizontal de um arbusto ou pequena árvore, geralmente protegido por folhas pendentes, em uma altura de 1,5–2,5 m acima do solo. A fêmea normalmente põe dois ovos, com um período de incubação de 14 a 15 dias, geralmente realizado pela fêmea.[3]

Estado de conservação[editar | editar código-fonte]

Thalurania watertonii é listada como uma espécie em perigo pela Lista Vermelha da IUCN, devido à redução contínua de suas populações, principalmente devido à extensa e contínua perda de habitat e ao desmatamento na região nordeste.[1] Sua área de ocorrência é menor que 500 km² e sua população é severamente fragmentada, com o número total estimado em menos de 2.500 indivíduos, com cada subpopulação contendo menos de 250 aves.[8][9]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. a b c d «IUCN red list Thalurania watertonii». Lista vermelha da IUCN. Consultado em 13 de maio de 2022 
  2. Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira (SiBBr). «Thalurania watertonii: Beija-Flor-De-Costas-Violetas». Consultado em 17 de novembro de 2020 
  3. a b c d e f Schuchmann, Karl-Ludwig; Kirwan, Guy M.; Sharpe, Chris (4 de março de 2020). «Long-tailed Woodnymph (Thalurania watertonii)». In: del Hoyo, J.; Elliot, A.; Sargatal, J.; Christie, D. A.; de Juana, E. Birds of the World (em inglês). Ithaca, NY: Cornell Lab of Ornithology 
  4. Las-Casas, Flor Maria Guedes; Azevedo-Júnior, Severino Mendes de (10 de novembro de 2010). «Dimorfismo sexual de tamanho no beija-flor-de-costas-violetas Thalurania watertonii (Bourcier, 1847) (Aves: Trochilidae): implicações ecológicas». Ornithologia. 3 (2): 83–89. ISSN 1809-2969 
  5. «Long-tailed Woodnymph». American Bird Conservancy (em inglês). 12 de janeiro de 2018. Consultado em 3 de março de 2020 
  6. a b Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção (PDF). III – Aves 1 ed. Brasília, DF: ICMBio/MMA. 2018 
  7. «O Beija-flor-violeta» (PDF). Jornal ambiental. Eco- Jornal ambiental: 2. Consultado em 1 de dezembro de 2022 
  8. «Aves - Thalurania watertonii (Bourcier, 1847) - Beija-flor-de-costas-violetas». www.icmbio.gov.br. Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. Consultado em 17 de novembro de 2020 
  9. «Long-tailed Woodnymph (Thalurania watertonii) - BirdLife species factsheet». datazone.birdlife.org (em inglês) 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]