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Charles A. Beard
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Nascimento 27 de novembro de 1874
Knightstown, Indiana, Estados Unidos
Morte 1 de setembro de 1948 (73 anos)
New Haven, Connecticut, Estados Unidos
Nacionalidade Estadunidense
Ocupação Historiador
Professor

Charles Austin Beard (Knightstown, 27 de novembro de 1874 - New Haven, 1 de setembro de 1948) foi um professor e historiador norte-americano. Foi casado com a historiadora e arquivista Mary Ritter Beard.[1]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Charles Beard nasceu em 27 de novembro de 1874, na cidade de Knighstown, Indiana, EUA. Filho de William Henry Beard, agricultor, banqueiro e promotor imobiliário[2], e Mary Baker (nascida Payne), eram relativamente abastados, de origem Quaker. Estudou inicialmente em uma escola particular Quaker, em sua região, mas por motivos disciplinares foi expulso, passando para uma escola pública, a Knightstown High School, formou-se aos 17 anos. Dirigiu, juntamente com seu irmão Clarence, um jornal semanal, o Knightstown Sun, adquirido por seu pai. Beard matriculou-se na Universidade DePauw, em Greencastle, onde solidificou seu interesse por história e política, sendo considerado um dos mais influentes historiadores americanos, dedicando-se a literatura da ciência política do século XX.

Casou-se, em 1900, com sua colega de classe, Mary Ritter. Como historiadora, Ritter interessava-se por feminismo e movimento sindical.[3]

Formou-se doutor em história, em 1904, na Universidade de Columbia, tornando-se professor, na própria faculdade. Engajado na vida pública, intelectual ativo e com interesse na educação de operários, fundou uma escola destinada ao trabalhador, trazendo os estudantes através de palestras em indústrias.

Ainda ligado à Columbia, publicou obras que versavam sobre história e ciência política, seu nome foi ligado ao movimento historiográfico chamado Nova História Americana, onde esses historiadores foram fortemente influenciados pelo relativismo de Benedetto Croce e o pragmatismo de John Dewey, em conjunto com o progressismo.[4] A obra que o elencava com um dos principais nome dentro deste movimento foi: “An Economic Interpretation of the Constitution of the United States” (1913), onde dizia que a elaboração da constituição américa, pelos pais fundadores, atendiam interesses da elite econômica norte americana, tais como: setores da manufatura, transporte naval, comércio e controle privado sobre as finanças públicas. Desta forma, afastando-se de uma interpretação mais tradicional que associava a promulgação da carta constitucional como produto dos valores democráticos e liberais.

Em 1917, renunciou o cargo de docente da Universidade de Columbia, por não concordar com a demissão de alguns professores que se opunham à participação dos EUA na Primeira Guerra Mundial, ainda que apoiasse a participação americana no conflito, era contrário a censura à livre expressão. Sua carta de demissão, constitui, até hoje, um importante documento sobre a história da luta pela liberdade acadêmica.

No ano de 1933, assume a presidência da American Historical Association (AHA). Charles Beard apresenta em seu discurso de posse, titulado Written History as an Act of Faith, uma nova perspectiva na qual convida os historiadores a refletir sobre a subjetividade da escrita histórica, considerando a busca pela objetividade algo imaginário.[5] Nesse sentido, Beard pondera que a produção do historiador esta atrelada ao seu tempo e contexto.  Por esse motivo, passou a ser designado como "relativista histórico”, junto com Carl Lotus Becker e James Harvey Robinson, sofrendo várias críticas ao longo das décadas posteriores.

Em parceria com sua esposa, publicaram muitas obras importantes: “The Rise of American Civilization America in Mid-Passage” (1939) e “The American Spirit” (1943), obras escritas para o público em geral. Estas obras garantiram a independência financeira familiar. As mesmas, também, asseguraram que Beard continuasse com a sua abordagem interpretativa da história dos Estados Unidos.

Obras[editar | editar código-fonte]

  • 1913 - An Economic Interpretation of the Constitution of the United States
  • 1914 - Some Economic Origins of Jeffersonian Democracy
  • 1915 - Economic Origins of Jeffersonian Democracy
  • 1921 - History of the United States (2 vols., coautoria de Mary R. Beard)
  • 1923 - The Administration and Politics of Tokyo
  • 1927 - The Rise of American Civilization (coautoria de Mary R. Beard)
  • 1932 - A Century of Progress
  • 1932 - The Myth of Rugged American Individualism
  • 1933 - Written History as an Act of Faith
  • 1935 - That Noble Dream
  • 1939 - America in midpassage
  • 1946 - American Foreign Policy in the Making, 1932–1940
  • 1948 - President Roosevelt and the Coming of the War 1941

Referências

  1. Smith 1984, p. 399.
  2. Beard, Mary (1955). The making of Charles A. Beard: An interpretation. The United States of America: Exposition PressExposition Press. p. 10. ISBN 9780598886255 
  3. Weber, Catherine (2003). «Traces of Indiana and Midwestern History.». Indiana Historical Society. 15 (1): 5-15. Consultado em 2022  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  4. Malerba, Jurandir (2013). Lições de História: Da história científica à crítica da razão metódica. Porto Alegre / Rio de Janeiro: Edipucrs, Editora FGV. p. 320. ISBN 978-85-397-0320-3 
  5. Malerba, Jurandir (2013). Lições de História: Da história científica à crítica da razão metódica. Porto Alegre, Rio de Janeiro: Edipucrs, Editora FGV. p. 321. ISBN 978-85-397-0320-3 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Smith, Bonnie (1984). «Seeing Mary Beard». Feminist Studies (em inglês). 10 (3): 399-416 .
  • MALERBA, Jurandir (2013). Lições de História: Da história científica à crítica da razão metódica. Porto Alegre: Edipucrs/ Rio de Janeiro: Editora FGV. 317-343

Bibliografia complementar[editar | editar código-fonte]

  • Bacevich, Andrew J., American Empire: The Realities and Consequences of U.S. Diplomacy (2002). Argues that while Beard might have been wrong about the need to oppose Hitler, he assessed how American economic interests drive foreign policy.
  • Barrow, Clyde W., More Than a Historian: The Political and Economic Thought of Charles A. Beard (2000)
  • Borning, Bernard C., The Political and Social Thought of Charles A. Beard (University of Washington Press, 1962) online edition
  • Brown, David S., Beyond the Frontier: Midwestern Historians in the American Century (2009)
  • Brown, Robert Eldon, Charles Beard and the Constitution: A critical analysis of "An economic interpretation of the Constitution" (1954)
  • Cott, Nancy F., A Woman Making History: Mary Ritter Beard through Her Letters (1991)
  • Cushing, Strout, The Pragmatic Revolt in American History: Carl Becker and Charles Beard (1958) online edition
  • Dennis, L., (1990) George S. Counts and Charles A. Beard: Collaborators for Change. (SUNY Series in the Philosophy of Education). State Univ of New York Press
  • Egnal, Marc, "The Beards Were Right: Parties in the North, 1840-1860," Civil War History, Vol. 47, 2001
  • Hofstadter, Richard. The Progressive Historians: Turner, Beard, Parrington (1968), pp 167–346. Detailed analysis of Beard's historiography.
  • Kennedy, Thomas C., Charles A. Beard and American Foreign Policy (1975) online edition
  • Forrest McDonald, We The People: The Economic Origins of the Constitution (1958)
  • Nore, Ellen, Charles A. Beard: An Intellectual Biography (1983). online edition
  • Radosh, Ronald, Prophets on the Right: Profiles of Conservative Critics of American Globalism (1978)

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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