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Tiago Pereira
Família[editar | editar código-fonte]
Filho de Júlio Pereira.
Biografia[editar | editar código-fonte]
Tiago Bettencourt Pereira [[1]] (Lisboa, 3 de Setembro de 1972) é autor duma obra videográfica com abordagens muito próprias à captação e edição das imagens que escolhe apresentar e realiza documentários desde 2004. Depois de completar o curso audiovisual da Academia das Artes e Tecnologias de Lisboa, entre 1992 e 1996, passa pela Escola Superior de Teatro e Cinema entre 1996 e 1997.
As colaborações com Edgar Pêra e Masami Mizoguchiu na edição de alguns dos filmes destes realizadores podem ter influenciado parte do trabalho de Tiago Pereira, mas há linguagem própria que sobressai em todos os seus filmes. A forma como comunica através dos seus produtos artísticos traz uma contemporaneidade ao conceito de documentário[1].
As incursões pelos universos de matriz rural e urbano, tendo ou não a música como ponto de partida, conduziram tanto a críticas como a reconhecimentos meritórios. Para além de realizador, visualista, recolector de comportamentos musicais e de experimentalista, Tiago Pereira tem desenvolvido um trabalho paralelo na área da música, tanto em experiências de manipulação de vídeo em tempo real como músico de fusão electrónica em media live acts. Neste campo, é importante destacar as experiências sonoras e videográficas em Ms Pinky 23 e em Portugal Shake, onde Tiago Pereira manipula vídeo e imagem em tempo real, tal como acabou por fazer na colaboração com o músico multi-instrumentista Vasco Ribeiro Casais no projecto de baile europeu Omiri. Apesar do projecto Omiri continuar activo, desde 2013 que Tiago Pereira deixou a colaboração e passou a dedicar-se a projectos ulteriores ao conceito de baile. Actualmente, ainda dentro da música experimental, Tiago Pereira associa-se a Sílvio Rosado numa abordagem inovadora à utilização dos registos do realizador em torno da música de matriz rural portuguesa. Este projecto, intitulado Sampladélicos, inibe o conceito de pastiche e transforma-o noutra coisa, com uma linguagem própria. Imagens manipuladas, sons recriados e uma amálgama criativa definem a forma como os registos são trabalhados. Sob o mote que parodia uma oração “Não nos deixais cair em tradição”, que neste momento poderá ser o título do primeiro disco dos Sampladélicos, Tiago Pereira devolve o conceito de tradição às pessoas, ainda que não o defenda ou rejeite, apenas o transforme de acordo com o seu próprio processo criativo[2].
No dia 16 de Janeiro de 2015, Tiago Pereira contabiliza quatro anos como mentor e coordenador do projecto, que também é uma associação cultural, A Música Portuguesa a Gostar Dela Própria. Na sua génese, tal como o nome indica, era apenas um canal de vídeo de divulgação de registos e foi uma espécie de revolta pessoal para contrariar a tendência progressiva de valorizar a música estrangeira em geral em detrimento da música portuguesa. Entretanto, depois de mais de 1800 vídeos que registam várias expressões musicais em Portugal, de Norte a Sul, Tiago Pereira põe ao serviço do público as suas recolhas, primeiro através do programa radiofónico “O Povo que ainda Canta”, transmitido na Antena 1 desde 2014, e posteriormente através da série documental homónima que começa a ser transmitida no dia 8 de Janeiro de 2015 na RTP2. Os 26 episódios desta série são um retrato das pessoas e da criatividade que desenvolvem para expressar música em vários contextos e com vários instrumentos. Apesar da música ser também um elemento que constrói identidade, e desta questão ser central na obra do realizador, Tiago Pereira, que grava pessoas a cantar e a tocar instrumentos musicais ou que pelo menos produzem música, defende que o seu trabalho não é sobre música, é sobre a dimensão social do fenómeno, é sobre as pessoas.
Filmografia[editar | editar código-fonte]
Ano de lançamento | Título do filme |
---|---|
1996 | José Afonso, insisto não ser tristeza |
1997 | O que é a vida |
1998 | Quem canta seus males espanta |
1999 | Dar o nome ao indizível - Filme sonoro em quadrofonia que coloca em diálogo alguns dos mais importantes coreógrafos da dança contemporânea na altura. Prod. IPAE/MC |
1999 | I've still no answer_- Resultado do projecto AR, composição em Tempo real do coreógrafo João Fiadeiro. Prod. RE.AL |
2000 | From my video tarot deck the fool |
2000 | Vida Mix |
2001 | António Quadros o que é a imagem? |
2001 | Júlio Pereira, Rituais, DVD |
2001 | Viagem Mágica - 25 anos Trigo Limpo - Realizado para as comemorações dos 25 da ACERT. Prod. ACERT |
2001 | Mão no betão - realizado para a Bienal "Marvila Capital do Nada". Prod. Bienal de Marvila Capital do Nada |
2002 | 3 Pintores |
2002 | O inferno que sai das pedras de Sortelha - Vídeo para o espectáculo multimédia do grupo de TeatroOficina, apresentado em Sortelha |
2002 | A criança vencerá - Episódio I |
2002 | A criança vencerá - Episódio II |
2002 | A criança vencerá - Episódio III - Prod. Bienal da Poesia de Trás-os-Montes e Alto Douro |
2003 | Sonotigadores de tradições - 1º episódio de uma série de vídeos que documentam a etnografia de uma região através do imaginário infantil no âmbito do Projecto Pró-memória. Prod. Câmara Municipal de Mogadouro |
2004 | A arte da memória - 2º episódio de uma série de vídeos que documentam a etnografia de uma região através do imaginário infantil no âmbito do Projecto Pró-memória. Prod. Câmara Municipal de Ovar |
2004 | Desert Land |
2005 | Meta |
2005 | Disparem à vontade - 4º episódio de uma série de vídeos que documentam a etnografia de uma região através do imaginário infantil no âmbito do Projecto Pró-memória. Prod. MIMO - Museu de Imagem e Movimento |
2005 | Os Povoadores do Tempo - 3º episódio de uma série de vídeos que documentam a etnografia de uma região através do imaginário infantil no âmbito do Projecto Pró-memória. Prod. Câmara Municipal de Famalicão |
2006 | 11 Burros caem no estômago vazio - Documentário que explora as narrativas em torno dos habitantes do planalto mirandês e dos burros, animais que partilham com estas pessoas uma vida de isolamento e trabalho. Prod. Bazar do Vídeo |
2007 | Manda Adiante - Documentário realizado a convite da associação Pédexumbo [[2]], sobre as valsas mandadas da serra de Grândola. Prod. Associação Pédexumbo |
2007 | Arritmia - Documentário sobre o Festival Andanças. Prod. Associação Pedexumbo |
2008 | FOLK-LORE, Video Magazine de recolhas e tradição popular portuguesa.- Episódio II: Regadinho. Filme realizado para ser apresentado na Expo de Saragoça |
2008 | FOLK-LORE, Video Magazine de recolhas e tradição popular portuguesa - Episódio I: Folk Lore |
2008 | B-Fachada: Tradição Oral Contemporânea- sobre a música de Fachada, mas não se fica por Lisboa, aventura-se ao interior do país e, qual Giacometti pósmoderno, arrisca uma viagem às origens daquilo que será a “tradição”. Prod. Tiago Pereira |
2008 | Aniki na casa- Documentario sobre o processo criativo do espectáculo "Aniki Bobó" do qual também é co-criador em conjunto com o coreógrafo António Tavares e o Violoncelista Ernst Reijseger. Prod. Casa da Música, Porto |
2009 | Day Dreaming in public - Co-realizada com Sofia Ponte, é uma curta-metragem que apresenta uma nova visão sobre fronteiras da arte e a participação dos artistas na sociedade contemporânea. Prod. Track Y |
2009 | Ao alcance de todos 2009 - um documentário sobre os espectáculos da edição de 2008 do projecto "Ao Alcance de Todos" da Casa da Música. Dá a conhecer os processos de trabalho desenvolvidos e os seus maiores protagonistas: pessoas que superam as suas limitações. Prod. Casa da Música, Porto |
2009 | FOLK-LORE - Video Magazine de recolhas e tradição popular portuguesa.- Episódio IV: Experiências para - Mandrake. Prod. Associação D'Orfeu, Águeda |
2009 | FOLK-LORE, Video Magazine de recolhas e tradição popular portuguesa.- Episódio III: Calizío |
2010 | Photomaton - Retratos de João dos Santos - Co-realizado com Sofia Ponte, documenta aspectos da vida de João dos Santos (1913-1987) que contribuem para uma reflexão sobre a contemporaneidade do seu pensamento. Médico, psiquiatra de formação, foi pioneiro na organização da saúde mental infantil em Portugal. Prod. RTP2 e Fundação Calouste Gulbenkian |
2010 | Significado, se a música portuguesa se gostasse dela própria - A propósito de quarto irmãos músicos, fundadores da Associação Cultural d’Orfeu localizada em Águeda, constrói-se uma génese da música tradicional portuguesa para em seguida se alargar a outros contextos e colocar-se a seguinte pergunta: como seria a música portuguesa se gostasse dela própria? |
2011 | Sinfonia imaterial - mais que um documentário convencional ou uma recolha estritamente etnográfica, representar um olhar abrangente sobre um lado frequentemente ignorado da cultura portuguesa: o património oral tradicional |
2012 | Lá em tempo real - Um projecto audiovisual híbrido em torno do ciclo tradicional da lã e dos lanifícios em Portugal que funde documentário e arquivos com práticas de vídeo em tempo real |
2012 | Vamos tocar todos juntos para ouvirmos melhor - Documentário sobre Visão documental do património musical da cidade de Guimarães. Produção: AMPAGDP, Fundação Cidade de Guimarães, Real ficção |
2012 | Não me importava morrer se houvesse guitarras no céu - Documentário consciencialização da opinião pública portuguesa sobre a existência e o valor único do seu património imaterial, em especial de uma prática musical coreográfica, proveniente dos Açores, a Chamarrita. Financiado pela Direção Regional da Cultura do Governo Regional dos Açores |
2013 | Só o teatro é real - Documentário sobre o pintor Júlio Pomar, produzido pela Fundação Júlio Pomar, 2013 |
2013 | Para imitar a vida a arte de se esforçar - Documentário sobre os lavores e percursos da transumância |
2014 | Quem Manda Aqui Sou Eu! - Documentário sobre a música algarvia e as suas contaminações. Produção MPAGDP |
2014 | Com a memória na rima - Documentário sobre o 25 de Abril e a Cultura em Castro Verde. Produção da Câmara Municipal de Castro Verde, 2014 |