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Erika Hilton numa discussão sobre cotas LGBTIs em empresas.

Erika Hilton é uma ativista afrotransfeminista e defensora dos direitos humanos[1]. Ela faz parte do mandato coletivo da Bancada Ativista[2]. Ex-estudante de Gerontologia na UfSCar, ela se define como uma pessoa transvestigênere[2][nota 1], negra e que luta pelo direito à vida e à dignidade para todos os marginalizados e excluídos.

Biografia e formação académica[editar | editar código-fonte]

Erika Hilton nasceu em Franco da Rocha, na Região Metropolitana de São Paulo. Foi criada pela mãe e pela avó materna e tem duas irmãs mais novas. Cresceu nas cidades de Francisco Morato e Itu, no interior do estado. Inicialmente, sua família não aceitou sua identidade de gênero e a expulsou de casa, na adolescência. Durante alguns anos, sobreviveu da prostituição até conseguir retomar os estudos. [1].

Em 2015, foi aprovada no vestibular da Universidade Federal de São Carlos[3], onde cursou parcialmente a graduação em Gerontologia, de 2016 a 2018.

Ativismo[editar | editar código-fonte]

O seu ativismo começou quando ela era estudante em 2015. Ela tentou comprar um bilhete de ônibus, mas a companhia privada do transporte não a deixou usar seu nome social no seu cartão de usuária[4]. Lutou contra a empresa na Internet e conseguiu ganhar. Desde então, ela lutou contra a discriminação de organizações privadas porque a lei no Brasil nem sempre garante protecção contra as infrações dos direitos da comunidade transgênero[5].

Como ativista, Erika Hilton forma parte da oposição a Jair Bolsonaro; enfoca-se primeiramente na luta contra a LGBTfobia e o racismo, com ênfase na garantia de direitos para as pessoas trans. Participou do enfrentamento a um Projeto de Lei que pretende proibir a participação de pessoas trans nos esportes em São Paulo.

Carreira politica[editar | editar código-fonte]

Foi candidata a vereadora no município de Itu em 2016. Em 2018, apoiou a campanha de sua companheira deputada Erica Malunguinho[1]. Elas formam parte do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) e participam do ativismo afrotransfeminista. As duas foram as primeiras pessoas a representar a comunidade trans brasileira nas legislaturas estatais do país, juntamente com Robeyoncé Lima, em Pernambuco. Ela é parte da Bancada Ativista, a qual é uma iniciativa progressiva não afiliada a um só partido político (pluripartidária), que apoia as campanhas de ativistas para ganhar as eleições. Por isso, ela compartilha sua posição com as outras oito membros da Bancada Ativista.

Na sua carreira política, ela e a Bancada Ativista propuseram oito projetos de lei e de resolução focando-se em direitos indígenas, da comunidade LGBT, direitos da mulher e o meio ambiente[6]. Ela forma parte da oposição ao presidente Jair Bolsonaro pelas suas declarações racistas e homofóbicas.

Ver Também[editar | editar código-fonte]

Notas[editar | editar código-fonte]

  1. Neologismo que visa unir as definições de travesti, transsexual e transgênero. «O Chama Festival e sua programação vibrante em torno da cena travesti atual // FFW». FFW. 19 de junho de 2019. Consultado em 17 de janeiro de 2020 

Referências

  1. a b c Griffin, Tamerra. «Quem são e o que pensam estas duas mulheres trans eleitas deputadas em SP». BuzzFeed. Consultado em 10 de dezembro de 2019 
  2. a b «bancadaativista». bancadaativista.org. Consultado em 10 de dezembro de 2019 
  3. «Afrotransfeminismo: travestilizando o movimento negro e racializando o transfeminismo». Usina de Valores. 25 de junho de 2018. Consultado em 10 de dezembro de 2019 
  4. «Erika Hilton y Erica Malunguinho, las activistas negras y trans que sacuden la política de Brasil». MOR.BO (em espanhol). 19 de novembro de 2018. Consultado em 10 de dezembro de 2019 
  5. «Erika Hilton y Erica Malunguinho, las activistas negras y trans que sacuden la política de Brasil». MOR.BO (em espanhol). 19 de novembro de 2018. Consultado em 10 de dezembro de 2019 
  6. «Pesquisa de Proposições». www.al.sp.gov.br. Consultado em 10 de dezembro de 2019