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Fotografias do museu MAM-BA[editar | editar código-fonte]

"Lugar de Ausência" por Valéria Simões - MAM-BA

As Fotografias do museu MAM-BA criado por Lina Bo Bardi começaram a ser formadas por Pierre Verger, modernista clássico, e em seguida Mario Cravo Neto, o mais internacional dos fotógrafos brasileiros, que foram realizadas no século 20. Essas fotografias eram novidade na época, retratam a complexidade cultural de Salvador que procurava valorizar a fotografia para expressar o cenário das artes visuais, propondo uma reflexão sobre a percepção do mundo visível e sua representação na contemporaneidade. A pluralidade de procedimentos técnicos de produção fotográfica e as diferentes regiões geográficas dos autores caracterizam a coleção do Museu de Arte Moderna da Bahia de caráter mais abrangente, em termos nacionais.[1]

O acervo de imagens de Pierre Verger sobre Salvador não apenas expressou seu amor pela cidade que o acolheu, mas também personificou um refinamento puramente emocional em uma cultura nacional mesclada e generosa. Os documentários de Verger estão diretamente relacionados à memória quase eterna. Um olhar focado e profundo, natural e sensível, que tenta captar as coisas fugazes para as eternizar na beleza da sua arte fotográfica.[1]

"Lugar de Ausência" por Valéria Simões - MAM-BA

Mario Cravo Neto fez em seu estúdio uma série de retratos que o tornaram famoso em todo o mundo. Sua criação tem um fundo misterioso e religioso, ou seja, a relação entre o homem e o desconhecido, e incomensurável. O retrato produzido no formato quadrado da câmera Hasselblad contém os momentos mágicos fugazes de cumplicidade absoluta. Visualmente complexo, Cravo Neto assume pouca luz e foco chave em negrito para dimensionar o volume e destacar a delicada textura do corpo e sua relação com os objetos em cena.[1]

Pierre Verger e Mario Cravo Neto produziram a melhor fotografia baiana dos últimos 60 anos. Em seus retratos e registros de cerimônias religiosas afro-brasileiras, carnavais e a cidade de El Salvador, enfim, momentos de pura harmonia entre a expressão espontânea do cotidiano e o transe hipnótico fotografado com olhos focados. A intensidade de suas fotografias nos fornece as dimensões exatas da engenhosidade estética da obra, bem como sua importância histórica no contexto geral da fotografia brasileira.[1]

" Sob os Olhos da Igreja" por Giácomo Mancini - MAM-BA

Contudo, Rogério Canella, Christian Cravo, Luiz Braga e Márcio Lima trazem novas contribuições para a fotografia documental e fornecem evidências claras de seu caráter indicativo, ou seja, uma forma de expressão significa que pode ou não se parecer com o que representa. Por exemplo, Márcio Lima cria retratos no ambiente e apresenta cores e texturas quentes que a olho nu não consegue perceber. Por outro lado, Luiz Braga usou sua foto chamada Poste para comparar a luz apagada das luzes públicas com a luz móvel das estrelas à noite, propondo uma reflexão sobre o paradoxo da ilusão real.[1]

Pedro Motta radicalizou a sua visão, tirando sarro das caixas d'água de concreto que se perdiam no espaço em contraste com o ambiente natural envolvente. Este grupo de sete fotos em preto e branco destaca a ironia surrealista das necessidades contemporâneas. Por outro lado, Ding Musa apareceu na coleção com uma foto panorâmica sombria no campo da arquitetura, de difícil leitura porque as informações - algumas referências à existência humana - tinham que ser encontradas com pouca luz, o que exigia atenção e interesse.[1]

O novo acervo fotográfico, exposto em 2020 é constituído por 80 obras de 30 fotógrafos que se dividem em duas coleções, “Salvador, do Povo, de Lina e de Todos-os-Santos” e “Cores, Amores, Recantos...Bahia. Essas fotografias retratam a cidade de Salvador e a Bahia, além de fazer referência a Lina Bo Bardi, criadora do museu. Tratam-se de fotografias que mostram o cotidiano quando Lina conheceu Salvador em 1958. São fotos captadas por fotógrafos andando pelas ruas da cidade, mostrando lugares conhecidos e até desconhecidos. Dentre elas, rodas de capoeira, rede, entre outras coisas ligadas à cultura brasileira.[2]

  1. a b c d e f Livro Museu de Arte Moderna da Bahia - página 208. «2008 - Museu de Arte Moderna da Bahia». FlippingBook. Consultado em 10 de dezembro de 2021 
  2. Branco, Governo da Bahia Secretaria de Cultura Palácio Rio; Souza, Praça Thomé de; Brasil, s/n-Centro CEP 40 020-010- Salvador- Bahia3103-3400 Horário de funcionamento: 8h30 às 17h30 Localização Exerça sua cidadania Fale com a Ouvidoria Todo o conteúdo desse site está publicado sob a licença Creative Commons Atribuição-SemDerivações 3 0. «Nova exposição fotográfica no MAM retrata Salvador e a Bahia». SecultBA - Secretaria de Cultura - Governo do Estado da Bahia. Consultado em 10 de dezembro de 2021