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A Elite do Atraso | |||||||
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Capa da edição ampliada e revisada | |||||||
Autor(es) | Jessé Souza | ||||||
Idioma | Português | ||||||
País | Brasil | ||||||
Assunto | Sociologia, luta de classes, história do Brasil | ||||||
Arte de capa | Rapha Baggas | ||||||
Editora | Editora Leya Estação Brasil (edição revista) | ||||||
Lançamento | 2017 2019 (edição revista) | ||||||
Páginas | 271 | ||||||
ISBN | 9788556080424 | ||||||
Cronologia | |||||||
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A Elite do Atraso: da escravidão à Lava Jato é um livro do sociólogo brasileiro Jessé Souza, lançado em 2017 pela Editora Leya. Em 2019, foi lançada, pela editora Estação Brasil, uma reedição ampliada e revista intitulada A Elite do Atraso: da escravidão a Bolsonaro.
O livro tem como como tese principal a ideia que seria a escravidão, e não uma "suposta continuidade com Portugal", o que formou e caracterizou a sociedade brasileira como tal. Para isso, Souza tece críticas a autores consagrados na literatura sociológica brasileira, como Gilberto Freyre, Raimundo Faoro e Sérgio Buarque de Holanda.[1]
Lançado no contexto da crise política e econômica iniciada em meados de 2014, o autor trata em sua obra da Operação Lava Jato e do golpe de 2016 (o impeachment de Dilma Rousseff), que, em sua opinião, foi fruto de um pacto entre a "elite do dinheiro" e a classe média – manipulada por essa elite através da mídia – para interromper o processo de ascenção social dos "trabalhadores semiqualificados" e da "ralé de novos escravos". Souza identifica essas quatro classes sociais no Brasil moderno.[2]
Estrutura
[editar | editar código-fonte]- Sumário
- Prefácio
- O racismo de nossos intelectuais: o brasileiro como vira-lata
- A escravidão é nosso berço
- O mundo que a escravidão criou
- Freyre contra ele mesmo
- Sobrados e mucambos ou o campo na cidade
- As classes sociais no Brasil moderno
- A criação da ralé de novos escravos como continuação da escravidão no Brasil moderno
- Os conflitos de classe do Brasil moderno
- O pacto antipopular da elite com a classe média
- A classe média e a esfera pública colonizada pelo dinheiro
- O moralismo patrimonialista e a crítica ao populismo como núcleto do pacto antipopular
- O pacto elitista e a sua violência simbólica
- A elite do dinheiro e seus motivos
- A classe média e suas frações
- A corrupção real e a corrupção dos tolos
- A corrupção real e a corrupção dos tolos: uma reflexão sobre o patrimonialismo
- Normalizando a exceção: o conluio entra a grande mídia e a Lava Jato
- Posfácio – Um país em transe: as razões irracionais do fascismo
Críticas feitas a outros sociólogos brasileiros
[editar | editar código-fonte]No livro, vários conceitos considerados fundamentais para o entendimento da sociedade brasileira são atacados por Souza, como o homem cordial de Holanda e a noção de patrimonialismo. O homem cordial é criticado por pensar o brasileiro genericamente, sem distinção de classe. Holanda trata também, em sua obra Raízes do Brasil, da ideia de patrimonialismo brasileiro. No Estado patrimonialista, a elite se juntaria para tirar proveitos privados daquilo que é público. Para Souza, aplicar a noção de patrimonialismo, criada por Max Weber, para o Brasil – coisa já feita anteriormente por Raymundo Faoro $ndash;, foi indevido. Para Weber, conforme nos explica Souza, a diferenciação das esferas sociais, como a economia, a política e o direito, é característico da modernidade. Souza argumenta que o patrimonialismo, para Weber, tem como pressuposto a impossibilidade de diferenciação das esferas sociais típica da Idade Média, já que o patrimonialismo é uma variação do tipo de dominação tradicional. Souza acredita que Raymundo Faoro transportou indevidamente uma ideia que se aplica no mundo medieval para a modernidade. Por essa razão, para Souza, o núcleo explicativo da formação brasileira não é uma continuidade com Portugal e seu patrimonialismo, mas a escravidão.[3]
Referências
- ↑ «Leia trecho de "A Elite do Atraso", de Jessé Souza». Folha de S. Paulo. 20 de outubro de 2017. Consultado em 13 de Junho de 2020
- ↑ Souza, Jessé (30 de janeiro de 2019). A elite do atraso: Da escravidão a Bolsonaro (EDIÇÃO REVISTA E AMPLIADA). [S.l.]: Estação Brasil. p. 114
- ↑ Souza, Jessé (30 de janeiro de 2019). A elite do atraso: Da escravidão a Bolsonaro (EDIÇÃO REVISTA E AMPLIADA). [S.l.]: Estação Brasil. p. 211-220
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