Valerie Mizrahi

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Valerie Mizrahi
Conhecido(a) por pesquisa sobre o bacilo da tuberculose
Nascimento 1958 (66 anos)
Harare, Rodésia, (hoje Zimbábue)
Nacionalidade sul-africana
Alma mater
Prêmios
Instituições Universidade da Cidade do Cabo
Campo(s) Biologia molecular

Valerie Mizrahi (Harare, 1958) é uma bióloga sul-africana. Seu trabalho consiste no estudo da Mycobacterium tuberculosis, o bacilo causador da tuberculose, doença que anualmente faz mais de 1,4 milhão de vítimas no mundo e é a principal causa de morte na África do Sul.[1]

Em 2000, foi agraciada com o Prêmio L'Oréal-UNESCO para mulheres em ciência.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Valerie nasceu em Harare, em 1958, na antiga Rodésia, hoje no Zimbábue. É filha de Morris e Etty Mizrahi, uma família de judeus sefarditas que vieram da Ilha de Rodes, na Grécia.[2] Ingressou na Universidade da Cidade do Cabo, onde obteve bacharelado em ciências, na área de química e matemática. O doutorado em química foi pela mesma instituição.[3][4][5]

Entre 1983 e 1986, fez pós-doutorado na Universidade Estadual da Pensilvânia. Trabalhou para uma companhia farmacêutica, a Smith, Kline & French.[4] Em 1989, inaugurou um laboratório no Instituto de Pesquisa Médica da África do Sul e na Universidade de Witwatersrand, onde permaneceu até 2010.[3][4]

Sua pesquisa foca em buscar um tratamento mais eficaz para a tuberculose e combater a resistência do bacilo aos antibióticos.[6] Em 2011, Valerie tornou-se a diretora do Instituto de Doenças Infecciosas e Medicina Molecular da Universidade da Cidade do Cabo.[3] É diretora da unidade de pesquisa do Conselho de Pesquisa Médica da África do Sul e da divisão do Centro de Excelência em Pesquisa Biomédica em Tuberculose.[3]

É autora de mais de 140 artigos científicos, livros e capítulos de livros nas áreas de química orgânica, enzimologia, bioquímica, fisiologia micobacteriana e metabolismo. Em 2017 foi uma das editoras do livro de referência no bacilo da tuberculose.[3][4]

Prêmios[editar | editar código-fonte]

Em 2000, Valerie foi agraciada com o Prêmio L'Oréal-UNESCO para mulheres em ciência. Em 2006, recebeu a Medalha de Ouro da Sociedade Sul-Africana de Bioquímica e Biologia Molecular por suas pesquisas na área, além de receber o Distinguished Woman Scientist Award do Departamento de Ciência e Tecnologia. É membro da Royal Society da África do Sul e membro da Academia de Ciências da África do Sul e da Sociedade Americana de Microbiologia desde 2009.[3][4][7]

Foi indicada para a Ordem de Mapungubwe em 2007, a maior honraria civil da África do Sul. Entre 2000 e 2010, foi pesquisadora estrangeira do Instituto Médico Howard Hughes, sendo indicada para pesquisadora sênior do instituto em 2012, até 2017.[3] Em 2013, foi premiada com o Christophe Mérieux Prize, do Institut de France, por seu trabalho com tuberculose.[3][4][5]

Referências

  1. «Valerie Mizrahi». National Research Foundation. Consultado em 9 de dezembro de 2019 
  2. «Valerie Mizrahi – woman scientist and mother». ESefarad. Consultado em 9 de dezembro de 2019 
  3. a b c d e f g h «Jewish Report Art, Sport, Science & Culture Award» (PDF). South African Jewish Report. Consultado em 9 de dezembro de 2019 
  4. a b c d e f «2018 – Valerie Mizrahi». The Oppenheimer Memorial Trust. Consultado em 9 de dezembro de 2019 
  5. a b «Prof Valerie Mizrahi». South African Medical Research Council. Consultado em 9 de dezembro de 2019 
  6. «Valerie Mizrahi, Ph.D.». KwaZulu-Natal Research Institute for Tuberculosis and HIV. Consultado em 9 de dezembro de 2019 
  7. «Targeting TB in South Africa» (PDF). TWAS newsletter. 22 (1): 35–40. 2010