Wikipédia:Artigos destacados/arquivo/Papagaio-de-bico-largo

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Ilustração do diário de bordo do navio Gelderland, 1601.
Ilustração do diário de bordo do navio Gelderland, 1601.

Papagaio-de-bico-largo (nome científico: Lophopsittacus mauritianus) é uma espécie extinta de papagaio que era endêmica de Maurício, uma ilha no Oceano Índico a leste de Madagascar. Única espécie do gênero Lophopsittacus, foi descoberta por navegadores holandeses por volta de 1601, que a chamavam de "corvo indiano". Tinha um temperamento forte, descrito como "mal-humorado", e se recusava a se alimentar em cativeiro. Talvez pelo estigma em relação aos corvos, não há registros de exemplares transportados em navios. Acredita-se que a espécie se extinguiu por volta da década de 1680, menos de um século depois de ter sido avistada pela primeira vez. Além da caça e da predação por animais introduzidos, as palmeiras que lhe forneciam alimento foram derrubadas em larga escala pelos colonos.

Possuía uma distintiva crista frontal de penas e, diferentemente das cacatuas, não podia movê-la para baixo ou para cima. Ao contrário de outros papagaios das ilhas Mascarenhas, o papagaio-de-bico-largo tinha um crânio achatado. A espécie apresentava dimorfismo sexual: os subfósseis encontrados revelaram que os machos eram maiores: eles mediam 55 a 65 cm de altura, enquanto que as fêmeas mediam cerca de 10 cm a menos. Ambos possuíam cabeças e bicos desproporcionalmente grandes. A diferença entre os sexos no tamanho total e dos crânios é a maior entre todos os papagaios vivos. A cor de sua plumagem foi alvo de grande controvérsia. Hoje pensa-se que tinha bico e corpo vermelhos, e a cabeça azul. (leia mais...)