Williamsonia (planta)

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Como ler uma infocaixa de taxonomiaWilliamsonia
Ocorrência: Triássico Superior-Cretácio 235–65 Ma
Fóssil de semente cone de Williamsonia do período Jurássico.[1]
Fóssil de semente cone de Williamsonia do período Jurássico.[1]
Classificação científica
Reino: Plantae
Superdivisão: Espermatófita
Divisão: Cicadófita
Classe: Spermatopsida
Ordem: Bennettitales
Família: Williamsoniaceae
Género: Williamsonia
Carruthers, 1870[2]
Distribuição geográfica

Espécies
  • W. gigas

Williamsonia é um gênero extinto de planta pertencente a Bennettitales, uma ordem de plantas de espermatófita que tinha uma semelhança com as cicas. Espécimes fossilizado de Williamsonia foram descobertos em todo o mundo.[1][3]

Taxonomia[editar | editar código-fonte]

Williamsonia foi originalmente descrita como Zamia gigas por William Crawford Williamson.[4] William Carruthers propôs o nome Williamsonia em 1870 em referência ao seu nome, sendo a W. gigas como Espécie-tipo.[2]

Biologia[editar | editar código-fonte]

Williamsonia possuía um tronco robusto e tinha folhas como de samambaia (Fronde). Esta planta não vivia em grupo. Os estames da Williamsonia eram curvada para dentro e para cima.[3]

Williamsonia produziu flores de até 10 cm de comprimento.[1] Suas sementes cresciam partir de um receptáculo floral e toda flor era cercada por brácteas protetoras (que são muitas vezes a única parte da planta que se fossiliza).[1] A pinha das Williamsonia tinham monoesporângios. Tinham uma forma de copo e poderiam ter até 15 centímetros de diâmetro. Entre 25 e 50 óvulos podiam estar presente em cada pinha.[5] O desenvolvimento dos óvulos parece ser semelhante ao das Cycadeoidea.[5]

Sítios de fósseis[editar | editar código-fonte]

Uma pinha anatomicamente preservada de Williamsonia foi descoberta em rochas do período Campaniano na Ilha Vancouver. Esta foi a primeira estrutura reprodutiva de Williamsoniaceae a ser recuperado no oeste da América do Norte.[6] Pinhas de Bennettitales de 8 centímetros de comprimento e 6 centímetros de diâmetro foram encontrados na Formação Crato no Brasil e que podem pertencer a Williamsonia,[7] bem como as encontradas em Gristhorpe na Cayton, Inglaterra (neste caso, a espécie W. leckenbyi).[8] E W. arrisiana foram descritas em Rajmahal Hills na India.[9] Também, W. nizhoniamcdouldsd foram descritas na formação Chinle no Novo México.[10]

No Brasil, foi encontrada Williamsonia que estavam na Formação Santa Maria e que data do Carniano, Triássico Superior.[11][12]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. a b c d Palmer, Douglas; et al. (2009). Prehistoric Life: The Definitive Visual History of Life on Earth 1st American ed. New York: Dorling Kindersley. p. 230. ISBN 978-0-7566-5573-0 
  2. a b Seward, A. C. (2011). Fossil Plants: A Text-Book for Students of Botany and Geology. Cambridge, New York: Cambridge University Press. p. 421. ISBN 1-108-01597-2. Consultado em 7 de fevereiro de 2012 
  3. a b Firefly Guide to Fossils illustrated ed. [S.l.]: Firefly Books. 2003. p. 174. ISBN 1-55297-812-5. Consultado em 8 de fevereiro de 2012 
  4. Reddy, S. M.; Chary, S. J. (2003). University Botany 2: Gymnosperms, Plant Anatomy, Genetics, Ecology. 2. New Delhi: New Age International. p. 12. ISBN 978-81-224-1477-6. Consultado em 8 de fevereiro de 2012 
  5. a b Taylor, Thomas N.; Taylor, Edith L.; Krings, Michael (2009). «Cycadophytes». Paleobotany: The Biology and Evolution of Fossil Plants 2nd ed. Amsterdam: Academic Press. p. 734. ISBN 0-12-373972-1. Consultado em 8 de fevereiro de 2012 
  6. Stockey, Ruth A.; Rothwell, Gar W. (2003). «Anatomically Preserved Williamsonia (Williamsoniaceae): Evidence for Bennettitalean Reproduction in the Late Cretaceous of Western North America». The University of Chicago Press. International Journal of Plant Sciences. 164 (2): 251–262. doi:10.1086/346166. Consultado em 8 de fevereiro de 2012 
  7. Martill, David M.; Bechly, Günter; Loveridge, Robert F. (2007). The Crato Fossil Beds of Brazil: Window into an Ancient World illustrated ed. [S.l.]: Cambridge University Press. p. 542. ISBN 0-521-85867-4. Consultado em 8 de fevereiro de 2012 
  8. Crane, Peter R.; Herendeen, Patrick S. (2009). «Bennettitales from the Grisethorpe Bed (Middle Jurassic) at Cayton Bay, Yorkshire, UK». American Journal of Botany. 96 (1): 284–295. doi:10.3732/ajb.0800193. Consultado em 9 de fevereiro de 2012 
  9. Bose, M. N. (1968). «A new species of Williamsonia from the Rajmahal Hills, India». Journal of the Linnean Society of London, Botany. 61 (384): 121–127. doi:10.1111/j.1095-8339.1968.tb00109.x. Consultado em 9 de fevereiro de 2012 
  10. Ash, Sidney R. (1968). «A new species of Williamsonia from the Upper Triassic Chinle Formation of New Mexico». Journal of the Linnean Society of London, Botany. 61 (384): 113–120. doi:10.1111/j.1095-8339.1968.tb00108.x. Consultado em 9 de fevereiro de 2012 
  11. Passo das Tropas, Santa Maria, RS. Marco bioestratigráfico triássico na evolução paleoflorística do Gondwana na Bacia do Paraná
  12. PRESENÇA DE BENETTITALES NO TRIÁSSICO SUL RIOGRANDENSE: O GÊNERO WILLIAMSONIA CARRUTHERS