Xeníades

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Xeníades (em grego: Ξενιάδης) foi um filósofo cético de Corinto, provavelmente um seguidor do pré-socrático Xenófanes. Pode ter havido duas dessas pessoas, como ele é referido por Demócrito c. 400 a.C., embora também fosse supostamente o comprador de Diógenes, o Cínico c. 350 a.C., quando foi capturado por piratas e vendido como escravo. Supõe-se que Xênias foi o homem que persuadiu Mônimo a se tornar um seguidor de Diógenes, e foi a fonte de suas doutrinas céticas.[1]

Ceticismo[editar | editar código-fonte]

O pouco que se sabe sobre ele deriva de Sexto Empírico, que o representa como portador das opiniões mais ultra-céticas e sustentando que todas as noções são falsas e que não há absolutamente nada de verdadeiro no universo.[2] Ele mais de uma vez o acopla com Xenófanes.[3]

Comprador de Diógenes[editar | editar código-fonte]

Dois relatos ficcionalizados separados são usados ​​por Diógenes Laércio em seu relato de Diógenes sendo vendido como escravo,[4] um por Menipo e outro pelo desconhecido Eubulides, ambos os quais escreveram no século III a.C. Conta-se que Diógenes disse a Xênios: "Você deve me obedecer, embora eu seja um escravo, pois um médico ou um timoneiro encontraria homens para obedecê-los, mesmo que fossem escravos".[5] Eubulides conta que Diógenes educou os filhos de Xeníades, eventualmente envelhecendo na casa de Xênias.[6] Xeníades supostamente comentou "Um bom espírito entrou em minha casa".[7] É impossível dizer se isso é correto ou mesmo se Xeníades realmente existiu, mas outro cínico, Cleômenes, também fez uso do tema de Diógenes sendo vendido como escravo,[8] e Xeníades supostamente foi o homem que persuadiu Mônimo a se tornar um seguidor de Diógenes.[1]

Referências

  1. a b Diógenes Laércio, vi. 82
  2. Sexto Empírico, Adv. Math. vii. 388, 399
  3. Sexto Empírico, Pirro. Hyp. ii. 18, adv. Math. vii. 48
  4. Diógenes Laércio, vi. 29-32, 36, 74
  5. Diógenes Laércio, vi. 30
  6. Diógenes Laércio, vi. 31
  7. Diógenes Laércio, vi. 74
  8. Diógenes Laércio, vi. 75