Anambé-de-asa-branca

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Xipholena atropurpurea, macho na frente, fêmea atrás; ilustração de Smit, em Exotic ornithology : containing figures and descriptions of new or rare species of American birds, 1869.
Xipholena atropurpurea, macho na frente, fêmea atrás; ilustração de Smit, em Exotic ornithology : containing figures and descriptions of new or rare species of American birds, 1869.
Estado de conservação
Espécie vulnerável
Vulnerável (IUCN 3.1) [1]
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Passeriformes
Família: Cotingidae
Gênero: Xipholena
Espécie: X. atropurpurea
Nome binomial
Xipholena atropurpurea
(Wied-Neuwied, 1820)[2]
Distribuição geográfica
Distribuição geográfica do anambé-de-asa-branca.
Distribuição geográfica do anambé-de-asa-branca.
Sinónimos
Ampelis atro-purpurea (protônimo)

O anambé-de-asa-branca (nome científico: Xipholena atropurpurea)[3] é uma espécie de ave passeriforme, uma das três pertencentes ao gênero Xipholena da família dos cotingídeos (Cotingidae).

Descrição[editar | editar código-fonte]

Alcança aproximadamente 19 centímetros de comprimento. O macho tem o corpo negro e púrpura. As asas são brancas com pontas pretas. A íris é esbranquiçada. A fêmea é cinza por cima, tem as asas mais escuras e com bordas brancas. A cauda é de cor escura. Tem a garganta pálida e o peito é cinza-esbranquiçado com manchas escuras. O resto da plumagem é branco-acinzentado.[1][4]

Distribuição e habitat[editar | editar código-fonte]

O anambé-de-asa-branca é endêmica do litoral leste do Brasil desde o Rio de Janeiro até a Paraíba. Encontra-se ameaçado de extinção devido à destruição de habitat.[1] É atualmente considerada pouco comum e local em seu hábitat natural, o dossel florestal e as bordas de florestas úmidas em terras baixas e florestas secundárias, até os 900 metros de altitude.[4]

Conservação[editar | editar código-fonte]

O anambé-de-asa-branca foi classificado como vulnerável na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN / IUCN) devido ao fato de que sua pequena população total, estimada entre 2 500 e 10 mil indivíduos e que habita uma área pequena e extremamente fragmentadas, está potencialmente em declínio devido à contínua destruição de habitat por causa de desmatamento e degradação. Até 2016, era considerado em perigo; está protegida oficialmente pelas leis brasileiras e é em grande parte dependente da presença de 13 áreas protegidas.[1] Em 2005, foi classificado como criticamente em perigo na Lista de Espécies da Fauna Ameaçadas do Espírito Santo;[5] em 2014, como vulnerável na Portaria MMA N.º 444 de 17 de dezembro de 2014;[6] e em 2018, como vulnerável no Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio)[7] e como em perigo na Lista das Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção no Estado do Rio de Janeiro.[8] A espécie também constano Apêndice I da Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies Silvestres Ameaçadas de Extinção (CITES) que proibe sua comercialização internacional.[9][10]

Referências

  1. a b c d BirdLife International (2017). «Xipholena atropurpurea». Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas. 2017: e.T22700900A119065682. doi:10.2305/IUCN.UK.2017-3.RLTS.T22700900A119065682.enAcessível livremente. Consultado em 4 de maio de 2022 
  2. Wied-Neuwied, M. zu (1820–1821). Reise nach Brasilien in den Jahren; 1815 bis 1817 (em alemão). Vol.1 (1820): vi + 376 pp. + 1 (sem número), 1 mapa. Vol.2 (1821): xviii + 345 pp. + 1 (sem número), 16 pranchas, 1 mapa. Frankfurt a.M.: H.L. Brönne. doi:10.5962/bhl.title.85967 
  3. Paixão, Paulo (Verão de 2021). «Os Nomes Portugueses das Aves de Todo o Mundo» (PDF) 2.ª ed. A Folha — Boletim da língua portuguesa nas instituições europeias. 213 páginas. ISSN 1830-7809. Consultado em 13 de janeiro de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 23 de abril de 2022 
  4. a b Ridgely, Robert; Tudor, Guy (2009). Field guide to the songbirds of South America: the passerines 1ª ed. Austin: Imprensa da Universidade do Texas. pp. 508, prancha 69(7). ISBN 978-0-292-71748-0 
  5. «Lista de Espécies da Fauna Ameaçadas do Espírito Santo». Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (IEMA), Governo do Estado do Espírito Santo. Consultado em 7 de julho de 2022. Cópia arquivada em 24 de junho de 2022 
  6. «PORTARIA N.º 444, de 17 de dezembro de 2014» (PDF). Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio), Ministério do Meio Ambiente (MMA). Consultado em 24 de julho de 2021. Cópia arquivada (PDF) em 12 de julho de 2022 
  7. «Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção» (PDF). Brasília: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Ministério do Meio Ambiente. 2018. Consultado em 3 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 3 de maio de 2018 
  8. «Texto publicado no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro contendo a listagem das 257 espécies» (PDF). Rio de Janeiro: Governo do Estado do Rio de Janeiro. 2018. Consultado em 2 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 2 de maio de 2022 
  9. «Xipholena atropurpurea (Wied, 1847)». Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira (SiBBr). Consultado em 3 de maio de 2022. Cópia arquivada em 9 de julho de 2022 
  10. «Appendices | CITES». cites.org. Consultado em 14 de janeiro de 2022 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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