Yuri Costa

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Yuri Costa
Nascimento 1996
Nilópolis, Rio de Janeiro
Cidadania Brasil
Etnia Negra
Alma mater Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro
Ocupação Cineasta
Período de atividade 2017 - presente

Yuri Costa (Nilópolis, Rio de Janeiro, 1996[1]), é um cineasta brasileiro, diretor dos curta-metragens ELEGUÁ (2018) e EGUM (2020)[2][3].

yuri costa faz parte da nova geração do cinema negro brasileiro e seus filmes fazem parte do movimento Afro-Surrealista[3].

Biografia[editar | editar código-fonte]

yuri costa nasceu em Nilópolis, Baixada Fluminense, em 1996. É formado em Comunicação Social na Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro[4].

Em sua graduação, ao pesquisar cinema negro, liderou o projeto Cinemas Negros e Descolonização, em 2018[4]. Também foi membro do projeto de Teatro Experimental do Negro Afrocena. Deste período universitário, resultaram seus dois primeiros filmes, ELEGUÁ (2018) e EGUM (2020)[5], sendo o segundo seu Trabalho de Conclusão de Curso[4]. É associado da Associação de Profissionais do Audiovisual Negro.

ELEGUÁ (2018)[editar | editar código-fonte]

Exibido em mais de 20 festivais nacionais e internacionais[2], ELEGUÁ (2018) foi produzido com orçamento mínimo durante a graduação do diretor na Universidade Federal do Rio de Janeiro. É a primeira parte de uma trilogia temática, seguido de EGUM (2020). Ao longo de sua carreira, recebeu três prêmios: Melhor Filme da Mostra Afluentes no 3 Margens: Festival Latino-Americano de Cinema e Menção Honrosa e Prêmio Jogo de Cena no MOV: Festival Internacional de Cinema Universitário de Pernambuco[4].

EGUM (2020)[editar | editar código-fonte]

O segundo curta-metragem de yuri costa, EGUM (2020), um horror psicológico do estilo “cabin fever”[6] feito a partir de financiamento coletivo[7] com equipe majoritariamente negra[8], é também seu Trabalho de Conclusão de Curso na Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Descrito como um curta de terror sobre o genocídio da população negra por Joana Oliveira do El País[8] e como "o amedrontamento provocado pelo regime escravocrata brasileiro" por Marcelo Miranda da Folha de S.Paulo[9], EGUM foi premiado como melhor filme da Mostra Foco pelo júri oficial da 23ª Mostra de Cinema de Tiradentes[3]. Filippo Pitanga do Almanaque Virtual escreveu: "O uso da lei do eterno retorno aqui é para criar um manancial de referências e opressões traumáticas que não deixam de existir na base de uma identidade negra, mas também todos os símbolos de resistência que sobrevém a isto por eras de luta e perseverança da sua cultura"[6].

Ambos os filmes são descritos como exemplos do Afro-Surrealismo no cinema[4][3].

Filmografia[editar | editar código-fonte]

Ano Título Diretor Roteirista Editor Produtor Notas Ref
2018 ELEGUÁ Sim Sim Sim Sim Co-roteirista [4][1]
2020 EGUM Sim Sim Sim Sim Também diretor de arte [4][1]

Premiações[editar | editar código-fonte]

Ano Festival Categoria Obra Resultado
2018 25th OpenEyes Marburg International Competition ELEGUÁ Indicado
28º Curta Cinema: Festival Internacional de Curtas-Metragens do Rio de Janeiro Competição Nacional Indicado
3 Margens: Festival Latino-Americano de Cinema Mostra Afluentes Venceu
17ª MAUAL - Mostra de Audiovisual Universitário América Latina UFMT Mostra Competitiva Indicado
5º Lumiar - Festival Interamericano de Cinema Universitário Mostra Competitiva Indicado
Cinefest Gato Preto 2018 Roteiro Indicado
4º Toró - Festival Audiovisual Universitário de Belém Mostra Competitiva Indicado
2019 Festival Internacional de Cinema Universitário de Pernambuco Menção Honrosa Venceu
Jogo de Cena Venceu
2020 23ª Mostra de Cinema de Tiradentes Melhor Filme: Mostra Foco EGUM Venceu

Referências

  1. a b c «Yuri Costa». IMDb. Consultado em 14 de julho de 2020  [fonte confiável?]
  2. a b «ELEGUÁ | Assista agora». Barcaaberta. Consultado em 14 de julho de 2020 
  3. a b c d «Premiação da 23ª Mostra de Tiradentes | cinematório - Observando a sétima arte.». cinematório. 3 de fevereiro de 2020. Consultado em 14 de julho de 2020 
  4. a b c d e f g costa, yuri. «Currículo Lattes». Lattes. Consultado em 14 de julho de 2020 
  5. Simões, Nataly. «Cineastas negras e negros são destaque na 23ª edição da Mostra de Cinema de Tira». Alma Preta. Consultado em 14 de julho de 2020 
  6. a b «Egum». Almanaque Virtual. 30 de janeiro de 2020. Consultado em 14 de julho de 2020 
  7. «EGUM - Um filme de terror preto». Benfeitoria: crowdfunding com comissão livre e metas múltiplas. Consultado em 14 de julho de 2020 
  8. a b Oliveira, Joana (31 de janeiro de 2020). «Traumas e consequências da escravidão tomam o foco do cinema nacional». EL PAÍS. Consultado em 14 de julho de 2020 
  9. «Vencedores da Mostra de Tiradentes conferem novos sentidos ao terror». Folha de S.Paulo. 9 de fevereiro de 2020. Consultado em 14 de julho de 2020 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]