Genocídio circassiano: diferenças entre revisões

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Outra cena grotesca é descrita no livro do historiador galês Oliver Bullough "Let Our Fame Be Great: Journeys Among the Defiant People of the Caucasus" e outros jornalistas: cabeças de circassianos derrotados na guerra sendo coletadas como troféus<ref>http://www.balcanicaucaso.org/eng/Regions-and-countries/Russia/Sochi-the-Circassian-factor-146582</ref><ref>http://www.kavkazcenter.com/eng/content/2011/05/21/14348.shtml</ref>.


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Revisão das 03h37min de 16 de abril de 2014

Soldado circassiano
Bandeira da Circássia

Genocídio Circassiano

O Genocídio Circassiano foi um massacre étnico que aconteceu[1][2][3] em 21 de maio de 1864, completando 150 anos em 2014. De acordo com o Instituto Cultural Circassiano, de 1 milhão a 1,5 milhão de circassianos foram mortos e outro milhão foi deportado. A diáspora circassiana é a maior do mundo, com 86% de toda a população vivendo no exílio, em vários países. O território original da Circássia foi dividido em três partes (Carachai-Circássia, Adiguésia e Cabárdia-Balcária).

Apesar de ser considerado o primeiro genocídio da Era Moderna, por ter acontecido na segunda metade do século XIX, só recebeu reconhecimento formal de um único governo em todo o mundo, até hoje; o governo da Geórgia[4][5]. O evento foi resultado da Guerra Russo-Circassiana[6] e ocorreu em Sochi, local escolhido para as Olimpíadas de Inverno de 2014, na Rússia; provocando vários protestos[7] ao redor do mundo contra o evento esportivo.

2014 não só é o aniversário de 150 anos do Genocídio Circassiano, como também a véspera do centenário do Genocídio armênio/ Genocídio assírio/ Genocídio grego que ocorreu em 1915 no Império Otomano.

Sendo a Rússia e a Turquia, inimigos históricos[8], os supostos aliados de um país são as vítimas do outro país. Assírios e armênios massacrados pelos turcos buscaram refúgio na Rússia; enquanto muçulmanos do Cáucaso (sobretudo Chechenos e circassianos) constituíram uma vasta comunidade na Turquia.

Em 2014, comunidades de armênios e circassianos nos Estados Unidos deixaram essas diferenças de lado e se comprometeram a trabalhar juntos pelo reconhecimento de ambos genocídios[9].

Outra interessante coincidência que entrelaça os circassianos a outro povo é o aniversário de 700 da independência escocesa que ocorreu na época de William Wallace, em 1314, depois da vitória na Batalha de Bannockburn; celebrado com um referendo pela independência da Escócia[10].

A ligação entre os dois países vai além da bandeira circassiana ter sido desenvolvida por um diplomata escocês, e envolve algumas semelhanças culturais[11], inclusive de danças como a dança escocesa curiosamente chamada de círculo circassiano[12].

Um trecho traduzido da segunda página do único livro inteiramente dedicado a essa tragédia[13]: O oficial russo Ivan Drozdov descreveu a cena ao redor de Sochi enquanto os russos estavam celebrando: “Na estrada nossos olhos encontraram uma imagem atordoante: corpos de mulheres, crianças e idosos, esquartejados e parcialmente devorados por cães. Deportados abatidos por fome e doenças, quase fracos demais para movimentar as pernas, colapsando de exaustão e se tornando presas para cães enquanto ainda vivos.”

Em 1869 Qbaada foi estabelecida por imigrantes russos e renomeada Krasnaya Polyana (Campina Vermelha), uma referência a todo o sangue derramado no campo, durante a batalha final.

Outra cena grotesca é descrita no livro do historiador galês Oliver Bullough "Let Our Fame Be Great: Journeys Among the Defiant People of the Caucasus" e outros jornalistas: cabeças de circassianos derrotados na guerra sendo coletadas como troféus[14][15].

Referências

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