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Thermotoga: diferenças entre revisões

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Revisão das 01h05min de 8 de novembro de 2017

Thermotoga é um género de bactérias pertencentes ao filo Thermotogae. As espécies de Thermotoga são hipertermófilas e a sua célula está envolta numa membrana externa especial semelhante a uma bainha, chamada toga.

Os membros de todo o filo são bactérias gram-negativas, uma vez que possuem uma fina camada de peptidoglicano localizada entre duas bicamadas lipídicas, ambas peculiares.[2] O seu peptidoglicano é pouco comum, uma vez que estabelece ligações cruzadas não apenas com meso-diaminopimelatos tal como acontece na Proteobacteria, mas também com D-lisina.[3][4]

As espécies do genero são organismos anaeróbicos com diferentes graus de tolerância ao oxigénio. Podem podem reduzir enxofre elementar (S0) para sulfureto de hidrogénio, que por sua vez pode ser posteriormente utilizado.[2]

Não está claro se a termófila é uma inovação da linhagem ou uma traço ancestral.

O genoma da Thermotoga maritima foi sequenciado em 1999, revelando a presença de vários genes de origem arqueana, que possivelemente permitiram a sua adaptação biológica para a termofilia.[5] O conteúdo GC (citosina-guanina de T. maritima é de 46,2%;[2] como a maioria dos termófilos têm alto teor de CG, isto leva-nos a especular que o alto conteúdo CG pode ser uma conseqüência não essencial da termofilia e não impulso face à termofilia.[6][7]

Nome

O nome neo-latino feminino "thermotoga", origina-se por sua vez a partir do nome grego θέρμη (therme, calor) ou mais exactamente do θερμός, ή, όν (thermos, e, on, quente) e da palavra latina feminina toga (vestimenta romana).[2]

O artigo e o capítulo do manual de Bergey onde se descreve o género foi escrito por vários autores, como Karl Stetter e Carl Woese.[2]

Referências

  1. a b LPSN bacterio.net
  2. a b c d e Huber, R.; T. A. Langworthy; H. Konig; M. Thomm; C. R. Woese; U. B. Sleytr; K. O. Stetter (1986). «Thermotoga maritima sp. nov. represents a new genus of unique extremely thermophilic eubacteria growing up to 90°C». Arch. Microbiol. 144 (4): 324–333. doi:10.1007/BF00409880 
  3. Todos os aminoácidos proteinogénicos têm a configuração L; Nos peptidoglicanos encontram-se presentes alguns aminoácidos com configuração D.
    A lisina sintetíza-se a partir de meso-diaminopimelatos pela diaminopimelato descarboxilase.
  4. Boniface, A.; Parquet, C.; Arthur, M.; Mengin-Lecreulx, D.; Blanot, D. (2009). «The Elucidation of the Structure of Thermotoga maritima Peptidoglycan Reveals Two Novel Types of Cross-link». Journal of Biological Chemistry. 284 (33): 21856–21862. PMC 2755910Acessível livremente. PMID 19542229. doi:10.1074/jbc.M109.034363 
  5. Fraser, C. M.; Clayton, K. E.; Gill, R. A.; Gwinn, S. R.; Dodson, M. L.; Haft, R. J.; Hickey, D. H.; Peterson, E. K.; Nelson, J. D.; Ketchum, W. C.; McDonald, K. A.; Utterback, L.; Malek, T. R.; Linher, J. A.; Garrett, K. D.; Stewart, M. M.; Cotton, A. M.; Pratt, M. D.; Phillips, M. S.; Richardson, C. A.; Heidelberg, D.; Sutton, J.; Fleischmann, G. G.; Eisen, R. D.; White, J. A.; Salzberg, O.; Smith, S. L.; Venter, H. O.; Fraser, J. C. (1999). «Evidence for lateral gene transfer between Archaea and bacteria from genome sequence of Thermotoga maritima». Nature. 399 (6734): 323–329. Bibcode:1999Natur.399..323N. PMID 10360571. doi:10.1038/20601 
  6. Pasamontes, A.; Garcia-Vallve, S. (2006). «Use of a multi-way method to analyze the amino acid composition of a conserved group of orthologous proteins in prokaryotes». BMC Bioinformatics. 7. 257 páginas. PMC 1489954Acessível livremente. PMID 16709240. doi:10.1186/1471-2105-7-257 
  7. Puigbò, P.; Pasamontes, A.; Garcia-Vallve, S. (2008). «Gaining and losing the thermophilic adaptation in prokaryotes». Trends in Genetics. 24 (1): 10–14. PMID 18054113. doi:10.1016/j.tig.2007.10.005