Bexiga hiperativa: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Dbastro (discussão | contribs)
m peq. ajustes utilizando AWB
OTAVIO1981 (discussão | contribs)
Etiqueta: Inserção de predefinição obsoleta
Linha 1: Linha 1:
'''Bexiga hiperativa''' ('''OAB''') é uma condição em que há um sentimento frequente da necessidade de [[Micção|urinar]] em um nível que afeta negativamente a vida de uma pessoa.<ref name="AUA2015">{{Citar periódico|titulo=Diagnosis and Treatment of Overactive Bladder (Non-Neurogenic) in Adults: AUA/SUFU Guideline Amendment.|jornal=The Journal of Urology|volume=193|doi=10.1016/j.juro.2015.01.087|pmid=25623739}}</ref> A necessidade frequente de urinar pode ocorrer durante o dia, [[Noctúria|à noite]], ou ambos.<ref>{{Citar web|url=https://www.nlm.nih.gov/cgi/mesh/2015/MB_cgi?field=uid&term=D053201|titulo=Urinary Bladder, Overactive}}</ref> Se há [[Incontinência urinária|perda de controle da bexiga]], em seguida, é conhecida como '''incontinência de urgência'''. Mais de 40% das pessoas com bexiga hiperativa tem incontinência.<ref name="Ron2008">{{Citar livro|url=https://books.google.ca/books?id=v4krPhqFG8sC&pg=PA890|título=Danforth's obstetrics and gynecology|ultimo=Gibbs|primeiro=Ronald S.|data=2008|isbn=9780781769372|urlmorta=no}}</ref> Cerca de 40% a 70% da incontinência urinária é devido a bexiga hiperativa,<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.ca/books?id=YJtodBwNxokC&pg=PA339|título=Mayo Clinic internal medicine concise textbook|ultimo=Ghosh|primeiro=Amit K.|data=2008|isbn=9781420067514|urlmorta=no}}</ref> mas não representa risco à vida. A maioria das pessoas com a condição têm problemas por anos.<ref name="AUA2014">{{Citar web|url=http://www.auanet.org/common/pdf/education/clinical-guidance/Overactive-Bladder.pdf|titulo=Diagnosis and Treatment of Overactive Bladder (Non-Neurogenic) in Adults: AUA/SUFU Guideline|urlmorta=yes}}</ref>
{{Sem-fontes|ciência=sim|data=agosto de 2010}}
'''Bexiga hiperativa''' é uma das disfunções da [[Incontinência Urinária]]


A causa da bexiga hiperativa é desconhecida.<ref name=AUA2014/> Fatores de risco incluem obesidade, cafeína, e [[Obstipação|prisão de ventre]].<ref name=Ron2008/> [[Diabetes mellitus|Diabetes]] mal controlada, mobilidade funcional reduzida e dor pélvica crônica podem agravar os sintomas. Pessoas muitas vezes têm os sintomas por um longo tempo antes de procurar tratamento e a doença é, muitas vezes, identificadas por cuidadores. O diagnóstico é baseado nos sinais e sintomas e requer que outros problemas, tais como [[Infecção do trato urinário|infecções do trato urinário]] ou [[Bexiga neurogênica|condições neurológicas]], sejam excluídos.<ref name=AUA2014/><ref name=AUA2015/> A quantidade de urina em cada micção é relativamente pequeno. Dor ao urinar sugere que há um outro problema além da bexiga hiperativa.<ref name=AUA2014/>
Normalmente quem tem [[bexiga]] hiperativa sofre contração inadequada do [[músculo]] detrusor durante a fase de armazenamento do [[ciclo miccional]].


O tratamento específico nem sempre é necessário. Se for desejado, [[exercícios Kegel]], [[treinamento da bexiga]], e outros métodos comportamentais são, inicialmente, recomendados.<ref name="AUA2012">{{Citar periódico|titulo=Diagnosis and treatment of overactive bladder (non-neurogenic) in adults: AUA/SUFU guideline.|jornal=The Journal of Urology|volume=188|doi=10.1016/j.juro.2012.09.079|pmid=23098785}}</ref> A [[perda de peso]] em pessoas que estão [[Sobrepeso|acima do peso]], redução no consumo de [[cafeína]], e ingestão moderada de fluídos, também podem ter benefícios. Medicamentos, normalmente do tipo anti-muscarínicos, são recomendados somente se outras medidas não forem eficazes. Eles não são mais eficazes do que os métodos comportamentais; no entanto, estão associados a efeitos colaterais, particularmente em pessoas mais velhas.<ref>{{Citar periódico|titulo=Drugs with anticholinergic effects and cognitive impairment, falls and all-cause mortality in older adults: A systematic review and meta-analysis.|jornal=British Journal of Clinical Pharmacology|volume=80|doi=10.1111/bcp.12617|pmc=4541969|pmid=25735839}}</ref> Alguns métodos de estimulação elétrica não-invasiva parecem ser eficazes, enquanto estão em uso.<ref name=":0">{{Cite journal|ultimo=Stewart|primeiro=Fiona|ultimo2=Gameiro|primeiro2=Luis F.|ultimo3=El Dib|primeiro3=Regina|ultimo4=Gameiro|primeiro4=Monica O.|ultimo5=Kapoor|primeiro5=Anil|ultimo6=Amaro|primeiro6=Joao L.|date=9 Dec 2016|titulo=Electrical stimulation with non-implanted electrodes for overactive bladder in adults|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27935011|jornal=The Cochrane Database of Systematic Reviews|volume=12|páginas=CD010098|doi=10.1002/14651858.CD010098.pub4|issn=1469-493X|pmid=27935011|via=|deadurl=no|archiveurl=https://web.archive.org/web/20170806130301/https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27935011|archivedate=2017-08-06|df=}}</ref> Injeções de [[toxina botulínica]] na bexiga é outra opção. [[Sonda vesical|Cateteres urinários]] ou [[cirurgia]] geralmente não são recomendados. Um registro diário para acompanhar a doença pode ajudar a determinar se os tratamentos estão funcionando.<ref name=AUA2012/>
Tais contrações dão origem a uma micção frequente e anormal, ou uma grande vontade de [[urina]]r.


Estima-se que a bexiga hiperativa afete 7-27% dos homens e 9-43% das mulheres, tornando-se mais comum com a idade. Alguns estudos sugerem que a condição é mais comum em mulheres, especialmente quando associada a perda de controle da bexiga.<ref name=AUA2014/> Os custos econômicos da bexiga hiperativa foram estimados nos Estados Unidos em 12,6 bilhões e 4,2 bilhões de Euros em 2000.<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.ca/books?id=i3xiBr2m0pkC&pg=PT23|título=Overactive bladder syndrome and urinary incontinence|ultimo=Abrams|primeiro=Paul|data=2011|isbn=9780199599394|urlmorta=no}}</ref>
Ocorre que se a perda de urina ou [[incontinência]] e a vontade de urinar não puder ser suprimida, pode levar ao sintoma de uma bexiga hiperativa.


{{Referências}}
Com uma ocorrência maior em mulheres em relação homem. Os indivíduos com bexiga hiperativa tendem a manifestar com uma frequência anormal de micções durante a noite ou nocturia.


A fim de evitar o gotejamento de grandes volumes de urina, os indivíduos com bexiga hiperativa tendem a urinar frequentemente, para manterem um volume relativamente baixo de urina na bexiga. No entanto, apesar deste mecanismo adaptativo, a incontinência continua a ser um problema incômodo e limitante para estas pessoas.

Recomenda-se pois sempre a consulta de um médico urologista.

== Causas e Sintomas ==
A causa da bexiga hiperativa ainda necessita de maiores investigações, pois em muitos pacientes não é possível identificar o fator desencadeante. Resumidamente, o que ocorre é uma perda do controle sobre a bexiga pelo córtex cerebral. Isso ocorre devido a alterações macro ou micro estruturais na inervação da bexiga.

Na prática, o indivíduo com bexiga hiperativa não consegue comandar a bexiga para que ela permaneça em estado de repouso. Com isso, o músculo da bexiga contrai, independentemente, gerando um grande desconforto e desejo iminente de urinar (urgência), algumas vezes com perda de urina (incontinência por urgência).

== Ligações externas ==
* {{Link||2=http://www.eutenhobexigahiperativa.com.br/ |3=Site sobre Bexiga Hiperativa da Disciplina de Urologia da Escola Paulista de Medicina.}}
* {{Link||2=http://www.drfernandoalmeida.com.br/trat_i_bexiga-hiperativa.html |3=Dr Fernando Almeida - Texto sobre tratamento de Bexiga Hiperativa.}}

{{esboço-medicina}}
{{Portal3|Saúde}}

{{DEFAULTSORT:Bexiga Hiperativa}}
[[Categoria:Doenças urológicas]]
[[Categoria:Doenças urológicas]]

Revisão das 21h42min de 3 de janeiro de 2018

Bexiga hiperativa (OAB) é uma condição em que há um sentimento frequente da necessidade de urinar em um nível que afeta negativamente a vida de uma pessoa.[1] A necessidade frequente de urinar pode ocorrer durante o dia, à noite, ou ambos.[2] Se há perda de controle da bexiga, em seguida, é conhecida como incontinência de urgência. Mais de 40% das pessoas com bexiga hiperativa tem incontinência.[3] Cerca de 40% a 70% da incontinência urinária é devido a bexiga hiperativa,[4] mas não representa risco à vida. A maioria das pessoas com a condição têm problemas por anos.[5]

A causa da bexiga hiperativa é desconhecida.[5] Fatores de risco incluem obesidade, cafeína, e prisão de ventre.[3] Diabetes mal controlada, mobilidade funcional reduzida e dor pélvica crônica podem agravar os sintomas. Pessoas muitas vezes têm os sintomas por um longo tempo antes de procurar tratamento e a doença é, muitas vezes, identificadas por cuidadores. O diagnóstico é baseado nos sinais e sintomas e requer que outros problemas, tais como infecções do trato urinário ou condições neurológicas, sejam excluídos.[5][1] A quantidade de urina em cada micção é relativamente pequeno. Dor ao urinar sugere que há um outro problema além da bexiga hiperativa.[5]

O tratamento específico nem sempre é necessário. Se for desejado, exercícios Kegel, treinamento da bexiga, e outros métodos comportamentais são, inicialmente, recomendados.[6] A perda de peso em pessoas que estão acima do peso, redução no consumo de cafeína, e ingestão moderada de fluídos, também podem ter benefícios. Medicamentos, normalmente do tipo anti-muscarínicos, são recomendados somente se outras medidas não forem eficazes. Eles não são mais eficazes do que os métodos comportamentais; no entanto, estão associados a efeitos colaterais, particularmente em pessoas mais velhas.[7] Alguns métodos de estimulação elétrica não-invasiva parecem ser eficazes, enquanto estão em uso.[8] Injeções de toxina botulínica na bexiga é outra opção. Cateteres urinários ou cirurgia geralmente não são recomendados. Um registro diário para acompanhar a doença pode ajudar a determinar se os tratamentos estão funcionando.[6]

Estima-se que a bexiga hiperativa afete 7-27% dos homens e 9-43% das mulheres, tornando-se mais comum com a idade. Alguns estudos sugerem que a condição é mais comum em mulheres, especialmente quando associada a perda de controle da bexiga.[5] Os custos econômicos da bexiga hiperativa foram estimados nos Estados Unidos em 12,6 bilhões e 4,2 bilhões de Euros em 2000.[9]

Referências

  1. a b «Diagnosis and Treatment of Overactive Bladder (Non-Neurogenic) in Adults: AUA/SUFU Guideline Amendment.». The Journal of Urology. 193. PMID 25623739. doi:10.1016/j.juro.2015.01.087 
  2. «Urinary Bladder, Overactive» 
  3. a b Gibbs, Ronald S. (2008). Danforth's obstetrics and gynecology. [S.l.: s.n.] ISBN 9780781769372 
  4. Ghosh, Amit K. (2008). Mayo Clinic internal medicine concise textbook. [S.l.: s.n.] ISBN 9781420067514 
  5. a b c d e «Diagnosis and Treatment of Overactive Bladder (Non-Neurogenic) in Adults: AUA/SUFU Guideline» (PDF) [ligação inativa] 
  6. a b «Diagnosis and treatment of overactive bladder (non-neurogenic) in adults: AUA/SUFU guideline.». The Journal of Urology. 188. PMID 23098785. doi:10.1016/j.juro.2012.09.079 
  7. «Drugs with anticholinergic effects and cognitive impairment, falls and all-cause mortality in older adults: A systematic review and meta-analysis.». British Journal of Clinical Pharmacology. 80. PMC 4541969Acessível livremente. PMID 25735839. doi:10.1111/bcp.12617 
  8. Stewart, Fiona; Gameiro, Luis F.; El Dib, Regina; Gameiro, Monica O.; Kapoor, Anil; Amaro, Joao L. (9 Dec 2016). «Electrical stimulation with non-implanted electrodes for overactive bladder in adults». The Cochrane Database of Systematic Reviews. 12: CD010098. ISSN 1469-493X. PMID 27935011. doi:10.1002/14651858.CD010098.pub4. Cópia arquivada em 6 de agosto de 2017  Verifique data em: |data= (ajuda)
  9. Abrams, Paul (2011). Overactive bladder syndrome and urinary incontinence. [S.l.: s.n.] ISBN 9780199599394